A OSX e a LLX, empresas de equipamentos e serviços para a indústria offshore de petróleo e gás natural e de logística do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, realizaram, nos dias 11 e 12 de janeiro, audiências públicas que antecedem o processo de licenciamento ambiental para a construção de um estaleiro no Complexo Industrial do Porto do Açu, em São João da Barra, litoral norte do estado do Rio de Janeiro.
O empreendimento é resultado de uma parceria com a sul-coreana Hyundai Heavy Industries (HHI), líder mundial em construção naval, que tem 10% de participação no negócio. O grande diferencial do projeto é que boa parte das suas instalações estão sendo desenvolvidas pela empresa EPC, dentro do conceito de green building. O conceito está presente no projeto básico e executivo, bem como no apoio técnico da construção do estaleiro. A EPC foi a responsável pela realização do projeto multidisciplinar do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, Pernambuco.
Batizado de Unidade de Construção Naval do Açu (UCN Açu), o estaleiro foi concebido com o objetivo de atender à demanda n
A OSX e a LLX, empresas de equipamentos e serviços para a indústria offshore de petróleo e gás natural e de logística do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, realizaram, nos dias 11 e 12 de janeiro, audiências públicas que antecedem o processo de licenciamento ambiental para a construção de um estaleiro no Complexo Industrial do Porto do Açu, em São João da Barra, litoral norte do estado do Rio de Janeiro.
O empreendimento é resultado de uma parceria com a sul-coreana Hyundai Heavy Industries (HHI), líder mundial em construção naval, que tem 10% de participação no negócio. O grande diferencial do projeto é que boa parte das suas instalações estão sendo desenvolvidas pela empresa EPC, dentro do conceito de green building. O conceito está presente no projeto básico e executivo, bem como no apoio técnico da construção do estaleiro. A EPC foi a responsável pela realização do projeto multidisciplinar do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, Pernambuco.
Batizado de Unidade de Construção Naval do Açu (UCN Açu), o estaleiro foi concebido com o objetivo de atender à demanda nacional por equipamentos navais para a indústria brasileira de petróleo e gás. O projeto representa um investimento de US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 3 bilhões) e vai gerar 3.500 empregos diretos na construção e 10 mil diretos na operação. Pelo acordo, a HHI irá transferir tecnologia em “estado da arte” e knowhow que permitirão à OSX atingir níveis de produtividade asiática em apenas dois anos de operação.
Certificação LEED – Gold
O escopo da EPC abrange todo o parque industrial e administrativo do novo Estaleiro, incluindo cais de acabamento, cais oeste, dique seco, casa de bombas, escritórios principais, centros de produção de navios e jaquetas, salas de treinamento, refeitórios, ambulatório, entre outros. A EPC irá fornecer ainda à construção apoio técnico, a cargo de profissionais seniores das áreas civil, marítima, elétrica e mecânica.
O gerente do projeto, Jorge Luiz Berta, explica que o principal objetivo é conquistar para o empreendimento a certificação LEED – Gold. O LEED, sigla para Leadership in Energy and Environmental Design, é um sistema de certificação americano para construções que, desde seu projeto até a implantação, busca soluções e métodos construtivos que reduzam o impacto causado pela construção civil ao meio ambiente. A certificação leva em conta ainda a eficiência energética, qualidade dos ambientes internos, entre outros, durante o ciclo de vida das edificações.
Para obter o certificado LEED, os empreendimentos devem atender a pré-requisitos e créditos que geram pontos e os classificam entre os quatro níveis da certificação – desde o simples “Certified” (atendimento apenas a pré-requisitos, pontuação mínima de 49), até os selos “Silver”, “Gold” e “Platinum” (além do atendimento aos pré-requisitos, pontuação acima de 80). Os pré-requisitos são relacionados a níveis de eficiência energética, consumo de água, não utilização de CFC nos sistemas de condicionamento de ar e outros. Os créditos premiam medidas como a implantação de coleta seletiva de resíduos, estacionamento para bicicletas e espaço para estacionamento de carros de baixa ou zero emissões.
A concepção de empreendimentos do tipo Green Building começa na aquisição do terreno, analisando sua localização, aproveitamento da topografia, e os possíveis impactos ambientais, sociais e urbanos. A análise dos acessos também é importante, determinando as medidas compensatórias a serem adotadas, como o alargamento de vias públicas e a implantação de áreas verdes.
Vencida essa etapa, parte-se para o projeto do empreendimento dentro do conceito de máxima eficiência energética e hídrica. A adoção do reuso de água e de tecnologias que proporcionam economia no consumo de energia e de demais recursos naturais figura entre as soluções adotadas nesses “edifícios verdes”.
No caso do estaleiro do Porto de Açu, o projeto prevê a reutilização da água, exploração da iluminação e ventilação natural e utilização de materiais recicláveis na construção. A água a ser utilizada na área industrial e administrativa será de poços artesianos que serão implantados. As águas das chuvas serão captadas e reutilizadas na irrigação dos jardins como também nos vasos sanitários. A estimativa é que haja redução de 36% no consumo de água.
Retorno em até cinco anos
O Green Building Council Brasil (GBC), organização não governamental, membro do World Green Building Council (entidade supranacional que regula e incentiva a criação de conselhos nacionais como forma de promover mundialmente tecnologias, iniciativas e operações sustentáveis na construção civil), estima que construções sustentáveis podem custar de 5% a 7% mais do que as obras convencionais. Mas, conforme o GBC, o gasto adicional com as obras sustentáveis é garantido por custos menores de operação.
Enquanto o prazo para o retorno do investimento em um edifício convencional seria de cinco a dez anos, o de empreendimentos certificados com o selo LEED Certified e Silver seria de três a cinco anos. Esses custos menores de operação, segundo os números do Green Building Council Brasil seriam reduções médias de 30% nos gastos de energia, 50% no consumo de água, 90% no gerenciamento de resíduos e de até 35% nas emissões de gás carbônico.
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