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Revista GC - Ed.79 - Maio 2017
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Concreto Hoje

Os EUA terão cimento suficiente para os planos de Trump?

Segundo James G. Toscas, presidente e CEO da Portland Cement Association, a resposta é sim. Indústria norte-americana opera com 79% de sua capacidade e vem aumentando a produção a cada ano.

Para literalmente concretizar o projeto trilionário de investimento em infraestrutura, a administração Trump vai precisar de um componente que vem sendo usado há milênios: o cimento. A capacidade de fornecimento do insumo para fabricação do concreto que deve ser usado na reconstrução e construção de pontes, estradas, usinas, etc correspondeu a uma pequena parte das previsões dos estrategistas da Casa Branca, segundo o presidente e CEO da Portland Cement Association (PCA), James G. Toscas, entidade que reúne essa cadeia de produção nos Estados Unidos. “A revitalização da infraestrutura norte-americana depende de algo óbvio, mas raramente discutido, mesmo entre os formuladores de políticas que avaliam planos históricos para reconstruir as rodovias, pontes e vias navegáveis do país”, escreveu o executivo em um artigo amplamente divulgado nos Estados Unidos no final de março.

Apesar da não consideração do fator cimento nas previsões, Toscas avalia que o setor tem capacidade e qualidade para atender à provável demanda futura. De acordo com ele, o cimento tem sido um


Para literalmente concretizar o projeto trilionário de investimento em infraestrutura, a administração Trump vai precisar de um componente que vem sendo usado há milênios: o cimento. A capacidade de fornecimento do insumo para fabricação do concreto que deve ser usado na reconstrução e construção de pontes, estradas, usinas, etc correspondeu a uma pequena parte das previsões dos estrategistas da Casa Branca, segundo o presidente e CEO da Portland Cement Association (PCA), James G. Toscas, entidade que reúne essa cadeia de produção nos Estados Unidos. “A revitalização da infraestrutura norte-americana depende de algo óbvio, mas raramente discutido, mesmo entre os formuladores de políticas que avaliam planos históricos para reconstruir as rodovias, pontes e vias navegáveis do país”, escreveu o executivo em um artigo amplamente divulgado nos Estados Unidos no final de março.

Apesar da não consideração do fator cimento nas previsões, Toscas avalia que o setor tem capacidade e qualidade para atender à provável demanda futura. De acordo com ele, o cimento tem sido um componente essencial do concreto, mas “tornou-se um ingrediente secreto e muitas vezes esquecido pela civilização”. Ele lembra que, embora o presidente atual tenha destacado a necessidade de reconstrução da infraestrutura do país, a revitalização não acontecerá sem quantidades suficientes de cimento. A notícia boa? “Um novo exame da fabricação de cimento nos Estados Unidos concluiu que o país tem capacidade suficiente para produzir o cimento mais avançado e moderno necessário para o que a administração e o Congresso esperam para um programa abrangente de revitalização da infraestrutura”, disse ele.

A avaliação de Toscas está baseada no relatório dos principais fabricantes de cimento do país e leva em conta uma infinidade de projetos de infraestrutura discutidos em Washington. Nessa lista estão inclusive aqueles voltados para restaurar as rodovias, vias navegáveis, gasodutos, pistas e até mesmo um muro de fronteira com o México. A indústria teria condições de alimentar um programa de gastos ainda mais otimista do que o já declarado por Trump. "A taxa de utilização da capacidade da indústria de cimento dos Estados Unidos está melhorando, mas permanece bem abaixo de seu nível máximo potencial”, disse Toscas.

Hoje, a indústria de cimento do país estaria operando em cerca de 79% da capacidade total de produção, que é estimada em 108 milhões de toneladas métricas por ano, de acordo com a Portland Cement Association. Toscas lembra ainda que os fabricantes de cimento estão adicionando ainda mais capacidade de produção a cada ano: 1,3 milhões de toneladas só em 2016 e 1,6 milhão de toneladas adicionais planejadas até 2018. Adicionando sua capacidade de importação e exportação, a indústria de cimento dos Estados Unidos pode fornecer mais de 150 milhões de toneladas métricas de cimento a cada ano para o mercado interno. Em termos de distribuição, a indústria cimenteira tem uma presença extensa em todo o país, com mais de 90 fábricas em 32 estados, instalações de distribuição em todos os estados e remessas anuais avaliadas em US$ 9 bilhões.

O CEO da PCA avalia ainda que, entre as prioridades, a indústria cimenteira pode ajudar a expandir o desenvolvimento de petróleo, gás e outros gasodutos para fornecer energia doméstica de baixo custo, impulsionar a economia e proporcionar empregos, ao mesmo tempo em que se conservam os recursos naturais. Os fabricantes de cimento também apoiam a nova infraestrutura costeira de proteção contra desastres naturais. “E, é claro, precisamos reconstruir nossas estradas e pontes”, argumenta Toscas. Ele relembra ainda a famosa avaliação da Sociedade Americana de Engenheiros Civis que recentemente deu à infraestrutura dos Estados Unidos um grau quase de falha, de D+. “As empresas de cimento norte-americanas estão ansiosas para reverter esse declínio. Elas fizeram grandes investimentos para aumentar a capacidade, a produtividade e a eficiência energética”, defende o CEO da PCA.

China puxa produção mundial

Os números do site Statista (www.statista.com) indicam que os chineses lideram a produção mundial de cimento e que os Estados Unidos ocupariam o terceiro lugar, logo atrás da Índia, a segunda colocada. Os números do grande país asiático chegariam a 2,35 bilhões de toneladas métricas em 2015. Com isso, a China abriria um gap importante em relação à Índia, cuja produção no mesmo ano teria atingido 270 milhões de toneladas métricas de cimento. As previsões do site, baseada nas associações internacionais do setor, mostram que a produção mundial poderá pular das 3,27 bilhões de toneladas métricas (2010) para 4,83 bilhões de toneladas métricas em 2030. Entre 2010 e 2016, a análise do Statista inclui o Brasil na quinta posição, depois dos países já citados e da Turquia (quarta).

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