Usina de Santo Antônio/RO – Programa Acreditar qualificou mais de 30 mil trabalhadores
A revista Grandes Construções selecionou três empreendimentos já retratados em suas reportagens, em cinco anos, para lembrar algumas das principais obras realizadas pela Odebrecht, assim como destacar a rápida evolução e os desafios da infraestrutura brasileira, neste curto período, e que coincidem com a criação da própria revista. São empreendimentos que revelam o know-how da companhia, não apenas na área de Engenharia, mas também no campo da inovação técnica, tecnológica, e de gestão de pessoas.
Teleférico do Alemão
Publicada na Edição 6, de outubro de 2010, a reportagem No céu do Alemão, mostrava que a implantação do sistema de teleférico ligando cinco morros do Complexo de Favelas do Alemão, no subúrbio do Rio de Janeiro estava praticamente concluída, com finalização do cabeamento. Àquela época, ainda se tinha dúvida sobre a conclusão e o
Usina de Santo Antônio/RO – Programa Acreditar qualificou mais de 30 mil trabalhadores
A revista Grandes Construções selecionou três empreendimentos já retratados em suas reportagens, em cinco anos, para lembrar algumas das principais obras realizadas pela Odebrecht, assim como destacar a rápida evolução e os desafios da infraestrutura brasileira, neste curto período, e que coincidem com a criação da própria revista. São empreendimentos que revelam o know-how da companhia, não apenas na área de Engenharia, mas também no campo da inovação técnica, tecnológica, e de gestão de pessoas.
Teleférico do Alemão
Publicada na Edição 6, de outubro de 2010, a reportagem No céu do Alemão, mostrava que a implantação do sistema de teleférico ligando cinco morros do Complexo de Favelas do Alemão, no subúrbio do Rio de Janeiro estava praticamente concluída, com finalização do cabeamento. Àquela época, ainda se tinha dúvida sobre a conclusão e operacionalidade do sistema, diante do grande desafio social da obra instalada em uma das regiões mais violentas do Rio de Janeiro, o que a transformaria em uma das obras mais emblemáticas dessa década. Um dos motivos foi a necessidade de partir do zero, uma vez que inexistia qualquer informação sobre o tipo de solo da região. Sem falar na questão social da violência e domínio do tráfico na região, que mais tarde receberia a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
Para enfrentar essas dificuldades, uma das estratégias foi a contratação, no maior volume possível, de moradores da própria comunidade, que conseguiam acessar áreas onde havia dificuldade para os profissionais de fora. O trabalho de cálculo seguia os passos da sondagem, em um movimento paciente e metódico, dada a dificuldade de avançar sobre as áreas mais violentas com a devida velocidade.
Primeiro sistema de transporte de massa por cabos no Brasil, o Teleférico do Complexo do Alemão foi inaugurado em 7 de julho de 2011 e já alcançou a marca de mais de 4 milhões de passageiros transportados. Atualmente, cerca de 10 a 12 mil moradores e turistas utilizam o transporte diariamente nas comunidades do Complexo do Alemão. A obra ficou a cargo do consórcio Rio Melhor, liderado pela construtora Norberto Odebrecht, e que inclui ainda as empresas OAS e Delta. Considerando todos os investimentos federais, estaduais e municipais, a soma de investimentos no Complexo do Alemão chega a R$ 601,7 milhões, dentro do PAC Favelas.
Contou a experiência da Odebrecht em Caracas, onde também foi construído um sistema de 1.700 m na comunidade de San Augustin. Mas as dimensões no Alemão são bem maiores. As estações distribuem-se em duas estruturas autônomas, a de sustentação do teleférico, com 25 pilares de concreto, além das responsáveis pela estação propriamente dita. Essas torres têm como principal diferencial pilares circulares, que contaram com a utilização de um conjunto especial de formas. Construídos parte em concreto e parte em estrutura metálica, medem entre 12 m e 40 m de altura. Para sua execução, foi desenvolvido um tipo de fôrma para atender aos diâmetros de 2,5, e 2,8 m dos pilares. Essas estruturas apresentam dimensões variadas em torno de 60 m³ de concreto e 10 t de aço, com estacas de 5 a 20 m de profundidade.
Nos rincões da Amazônia
Localizado na parte oeste da Região Norte do Brasil, entre o estado da Amazônia e do Mato Grosso, Rondônia é o Eldorado do passado. A região sempre foi encarada como fronteira de conquista por novos colonizadores. Primeiro, foi palco de um dos maiores épicos mundiais: a construção da ferrovia Madeira-Mamoré em plena selva amazônica, para a extração da borracha. A cada novo ciclo econômico (madeira, garimpo) novos forasteiros chegavam atrás de enriquecimento rápido, deixando uma legião de viúvas, como são chamadas as mulheres que viviam, tinham filhos e depois eram abandonadas por esses homens.
Este foi um dos primeiros diagnósticos de Antônio Aparecido Cardilli, da Odebrecht, que chegou a Porto Velho, em Rondônia nos idos de 2000, para preparar o caminho para a construção da Usina de Santo Antonio, a primeira no Rio Madeira e na região Norte. Sua função era montar o canteiro para receber o exército de operários que deveriam vir de outros estados, uma vez que a região não dispunha de mão de obra qualificada para enfrentar esse desafio. Mas durante as audiências públicas com as comunidades, a conversa ouvida por Cardilli era sempre a mesma, “vocês vêm, constroem, vão embora, e depois fica o problema com a gente”.
Esse foi o pontapé inicial para tornar realidade o programa Acreditar, que projetava a requalificação da mão-de-obra local, tornando-a apta a atuar no projeto da usina. O programa tinha como base o próprio sistema de treinamento e qualificação adotado dentro da construtora Odebrecht, que mescla uma carta de princípios com ênfase na prática, no treinamento e na atenção à realidade local, denominada Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO). Esse trabalho pioneiro foi tema de reportagem na revista Grande Construções, em setembro de 2011, retratava a construção da usina na reportagem Santo Antonio gera energia, sonhos e mudanças sociais para várias gerações.
Foram feitas parcerias com governos, para aproveitar a estrutura de programas governamentais já existentes, como a Educação para Jovens e Adultos (EJA) e a diretriz principal era não restringir nenhum interessado, a não ser pela condição da maioridade e a capacidade de ler e escrever. Com isso muitas pessoas foram estimuladas a voltar para a escola para entrar no programa.
O enfoque inicial não era técnico, mas de segurança, higiene e prevenção de acidentes no canteiro de obras. Só depois, os estudantes eram conduzidos a suas respectivas áreas de interesse. Os alunos recebiam todo um pacote de benefícios para estudar, como uniforme, refeição e transporte. Foram mais de 67 mil inscritos nos cursos, 37 mil qualificados, 26 mil pessoas empregadas, das quais 11 mil foram direcionadas para a usina. “Dê o máximo e receberá o máximo. Procuramos demonstrar nossa confiança e respeito por essas pessoas e o nosso compromisso com o objetivo do programa, que não era somente gerar um emprego, mas permitir uma evolução profissional de cada um” destacou Cardilli lembrando a cartilha de Norberto Odebrecht.
Um país ainda com fronteiras a serem desbravadas
De uma década para cá, o Brasil avançou na construção de hidrelétricas, mudando o vetor deste tipo de empreendimento que até então se concentrava nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. As obras das usinas de Santo Antônio e de Jirau, no Estado de Rondônia, a usina de Belo Monte, no Pará, e a usina de Teles Pires, no extremo Oeste do Mato Grosso, deixam claro que o Brasil não abrirá mão de explorar seu potencial hidrográfico, mesmo nas regiões distantes.
A construção de Teles Pires foi retratada pela revista Grandes Construções em sua edição 42, de outubro de 2013, na matéria A nova fronteira de energia em plena floresta amazônica. Os Estudos de Inventário da Bacia Hidrográfica do Rio Teles Pires aprovados pela Aneel, indicaram, em julho de 2006, o potencial de construção de um conjunto de seis usinas hidrelétricas, totalizando uma geração de cerca de 3.600 megawatts (MW) na bacia, da qual a Usina Hidrelétrica Teles Pires, com potência instalada de 1.820 MW, é responsável por 50,55%.
A obra está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o investimento totaliza R$ 4 bilhões, metade desse valor aplicado nas obras. Depois do leilão, foi criada a Companhia Hidrelétrica Teles Pires S/A, Sociedade de Propósito Específico (SPE), responsável por construir e fazer operar a UHE Teles Pires, constituída pelas empresas Neoenergia (50,1%), Eletrobras-Eletrosul (24,5%), Eletrobras-Furnas (24,5%) e Odebrecht Energia (0,9%).
A UHE Teles Pires aperfeiçoou o projeto de engenharia original, propondo a instalação de apenas cinco turbinas (364 MW cada uma), mantendo a mesma potência instalada de 1.820 MW – no projeto inicial aprovado em leilão estavam previstas seis turbinas. O Consórcio Construtor Teles Pires foi contratado em regime EPC (Engineering, Procurement and Construction), sendo formado pelas Odebrecht, Voith, Alstom, PCE e Intertechne.
Do ponto de vista da gestão da obra, o consórcio construtor propôs um novo modelo de distribuição de trabalhadores ao longo da implantação do projeto, buscando maior racionalização da ocupação das áreas, evitando a concentração em apenas um núcleo e facilitando o acesso dos trabalhadores às instalações de apoio e serviços, assim como refeitório e acomodações. Ao mesmo tempo, foi pensada uma distribuição dos empregos diretos ao longo da obra, diminuindo a concentração no pico, e a decisão de contratação de 45% dos trabalhadores na região, além de implantação do Programa de Qualificação Profissional Continuada – Acreditar, desenvolvido pela construtora Odebrecht.
Para reduzir o número de trabalhadores, inicialmente previsto para 7 mil, optou-se pelo uso de equipamentos de grande porte, capazes de suportar altas cargas de trabalho, praticamente ininterruptas. Foram investimentos US$ 180 milhões de dólares em equipamentos novos para atender às obras. O investimento inclui desde sistemas de corte e dobra de aço, formas diferenciadas e equipamentos de terraplenagem de maior porte e capacidade operacional. Dentre os equipamentos utilizados, estão guindastes de alto desempenho, centrais de concreto, central de britagem e de concreto refrigerado, com água fria e central de gelo, além de diversos equipamentos de terraplenagem.
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