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Revista GC - Ed.54 - Novembro 2014
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Matéria de Capa - Especial Odebrecht

Brasil trilha os passos para o futuro

Executivo fala dos 70 anos da Odebrecht, das perspectivas para o futuro da empresa e do Brasil, onde são prioritários os investimentos em educação, saúde, segurança, saneamento, logística e mobilidade urbana

O engenheiro Benedicto da Silva Junior formou-se pela Escola de Engenharia Civil de Lins (SP), em 1984. No ano seguinte ele ingressou na Organização Odebrecht, como trainee, ainda pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO). Conciliando o perfil do engenheiro de campo (barrageiro) com o de executivo, Benedicto atuou em obras como as das usinas hidrelétricas de Xingó, em Sergipe, e de Três Gargantas, na China, onde liderou um grupo de empresas brasileiras. Em 1994 assumiu a função de diretor superintendente para o sudeste Asiático, trabalhando a partir de Kuala Lumpur na avaliação de negócios em Cingapura, Malásia, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Indonésia, Filipinas e Brunei. Voltou ao Brasil em 1998, assumindo diversos cargos executivos na empresa, até tornar-se, em agosto de 2008, presidente da Odebrecht Infraestrutura.

É a partir dessa vivência global, que ele traça uma avaliação para as perspectivas futuras do Brasil no campo da Infraestrutura.  Em que pesem as carências do País em todos os setores, Benedicto destaca, nesta entrevista, o desbalanceamento, que exigirá es


O engenheiro Benedicto da Silva Junior formou-se pela Escola de Engenharia Civil de Lins (SP), em 1984. No ano seguinte ele ingressou na Organização Odebrecht, como trainee, ainda pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO). Conciliando o perfil do engenheiro de campo (barrageiro) com o de executivo, Benedicto atuou em obras como as das usinas hidrelétricas de Xingó, em Sergipe, e de Três Gargantas, na China, onde liderou um grupo de empresas brasileiras. Em 1994 assumiu a função de diretor superintendente para o sudeste Asiático, trabalhando a partir de Kuala Lumpur na avaliação de negócios em Cingapura, Malásia, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Indonésia, Filipinas e Brunei. Voltou ao Brasil em 1998, assumindo diversos cargos executivos na empresa, até tornar-se, em agosto de 2008, presidente da Odebrecht Infraestrutura.

É a partir dessa vivência global, que ele traça uma avaliação para as perspectivas futuras do Brasil no campo da Infraestrutura.  Em que pesem as carências do País em todos os setores, Benedicto destaca, nesta entrevista, o desbalanceamento, que exigirá esforços imediatos nas áreas de energia, abastecimento e tratamento de água. Ao lado dos setores já demandantes, como logística e mobilidade, ele enfatiza os investimentos necessários e urgentes nos setores de educação, saúde e segurança, ao lado dos já tradicionais setores de portos, aeroportos e ferrovias, que passam por uma fase de transição, com a retomada de investimentos privados.

Na área do Pré-sal, enfatiza que um salto tecnológico já foi dado, mas o setor ainda requererá grande capacidade de financiamento. A seguir, a entrevista concedida com exclusividade para a revista Grandes Construções.

Revista Grandes Construções - A Odebrecht está completando 70 anos de uma história que começou basicamente na área de Engenharia e de Construção. O grupo, no entanto, elaborou uma estratégia bem-sucedida para a diversificação das suas atividades. Como o senhor descreve essa trajetória?

Benedicto Barbosa da Silva Junior - Vale dizer que há exemplos de grupos empresariais oriundos da Engenharia e Construção em vários países, tais como Espanha, Itália, Coréia do Sul, para citar alguns. É de se destacar que, pelo menos no Brasil, os fundadores das empresas se caracterizaram pelo espírito realizador, intuitivo e determinado de vencer os desafios de gestão de pessoas, logística e recursos financeiros (predominantemente públicos), para transformar a natureza em infraestrutura de transporte, abastecimento d’água e energia, mobilidade, habitação etc.

Creio, sem ter o devido respaldo científico, que este espírito empreendedor, reforçado pelo aprendizado alcançado e pelo conjunto dos relacionamentos construídos, foi determinante para identificar e desenvolver oportunidades na indústria e na prestação de serviços, direta ou indiretamente relacionados com a engenharia e construção.

GC - Os 70 anos coincidem com um dos ciclos mais dinâmicos do Brasil, marcado principalmente pela mudança de um perfil totalmente agrário para o de um país (quase) moderno. Como o senhor vê a evolução da infraestrutura brasileira nesses últimos 20 anos e qual a perspectiva futura?

Benedicto Junior - Depois de duas décadas de quase estagnação, período em que a Odebrecht foi buscar na internacionalização a sua sobrevivência, o País voltou a investir em infraestrutura. Esta retomada se caracterizou pela maior participação privada nos investimentos, notadamente na gestão, implantação, melhoria, operação e manutenção de ativos existentes ou novos – privatizados, concessionados ou realizados através de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Nos últimos anos, a infraestrutura recebeu novo impulso através de programas governamentais focados em projetos estruturantes nas áreas social, logística, mobilidade e energética, com a adoção de incentivos fiscais/tributários e estímulo ao financiamento.  Apesar deste esforço, o ritmo de implantação da infraestrutura ainda esbarra em questões regulatórias, ambientais, financeiras e de gestão, que estão na pauta governamental para serem equacionadas.  A expectativa é do país passar por um período de equacionamento dos pontos acima, que destravarão vários projetos, e de discussão de aspectos importantes para melhoria dos custos de produção (reforma tributária e trabalhista), seguida de uma retomada dos investimentos.

GC – Os problemas de mobilidade urbana estão hoje na ordem do dia, entre as demandas por infraestrutura do País.  E voltam à discussão com a proximidades dos Jogos Olímpicos de 2016. Como o senhor vê essas questões?

Benedicto Junior - O projeto da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca – Ipanema), do Governo do estado do Rio de Janeiro, é o maior legado em transporte que a população do Rio de Janeiro ganhará com os Jogos Olímpicos. Representa a maior obra de infraestrutura urbana em execução na América Latina e entra em operação no primeiro semestre de 2016, após passar por uma fase de testes. A nova linha vai transportar diariamente mais de 300 mil pessoas e retirar das ruas cerca de dois mil veículos por hora/pico. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e aproximadamente 16 km de extensão. Será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos, e da Barra ao Centro em 34 minutos. Os usuários poderão ainda deslocar-se da Pavuna até a Barra da Tijuca, por exemplo, pagando apenas uma tarifa.

A Linha 4 do Metrô representa a execução, de uma só vez, da mesma extensão de metrô subterrâneo implantada nos últimos 30 anos no estado do Rio de Janeiro. Cerca de nove mil pessoas trabalham na obra. As estações Nossa Senhora da Paz, São Conrado e Jardim Oceânico estão 100% escavadas. Ao todo, já foram construídos mais de 9,3 mil metros de túneis e instalados cinco quilômetros de trilhos entre Barra da Tijuca e São Conrado, na via 1 do bitúnel, por onde os trens vão passar sentido São Conrado. Os trilhos já começaram a ser instalados na via 2. Os 2.754 anéis de concreto (aduelas) que formarão os túneis entre Ipanema e Gávea também já foram produzidos.​

GC - Quais são os setores de infraestrutura igualmente demandantes e promissores?

Benedicto Junior - O Brasil tem demanda de infraestrutura em todos os setores, mas é inegável que o desbalanceamento climático por que passa o País requererá esforços imediatos nas áreas de energia, abastecimento e tratamento de água. Igualmente demandantes são as infraestruturas logísticas que contribuam para melhorar o “custo Brasil” e as obras de infraestrutura urbana, notadamente transporte público e macrodrenagem. Finalmente, e não menos importante, o investimento em infraestrutura voltada para educação, saúde e segurança da população deverá estar entre as prioridades.

GC - Na área de energia, o Brasil construiu as usinas de Santo Antonio, Jirau, Teles Pires, agora Belo Monte e se prepara para mais usinas na região do rio Tapajós. Ainda há espaço para mais usinas na região Norte?

Benedicto Junior - A região norte do país é a última fronteira para a implantação das grandes usinas hidrelétricas com capacidade instalada acima de 2.000 MW, restando pelo menos três a serem construídas na região. O desafio principal de empreendimentos deste porte é a sua questão socioambiental, principalmente se for necessário criar condições para dotá-los de reservatórios. A regulamentação da questão indígena e a forma de tratar estes impactos são pré-requisitos para planejar novos projetos na região amazônica. A partir da viabilidade socioambiental, todos os demais desafios são dimensionados. A experiência recente na implantação de projetos de grande porte na região (Belo Monte, Santo Antônio e Jirau) certamente contribuirá para melhor contornar o desafio físico. Já o desafio financeiro depende diretamente da participação pública no processo e da atratividade do investidor privado, para o que uma revisão do marco regulatório poderá contribuir positivamente.

GC - A janela para grandes usinas no país está se fechando? Que outras opções devem ser analisadas?

Benedicto Junior – Existem projetos hidrelétricos de porte nas fronteiras do Brasil com países vizinhos, cuja implantação demanda muito tempo. Ainda há um mercado de hidrelétricas de porte médio e pequeno a ser explorado, mas cuja viabilidade econômica tende a ser mais difícil considerando-se o investimento totalmente privado.

Entre as outras opções a serem consideradas estão as fontes renováveis de energia (eólica, solar, biomassa), as termoelétricas a gás e a carvão, e mesmo as usinas nucleares, cuja implantação tem sido retomada em vários países por serem hoje mais seguras em relação a eventos observados em Fukushima e de baixa emissão de gases causadores do efeito estufa. Há de se ressaltar que dispomos de importante reserva de matéria prima, com baixo custo de exploração, e que o Brasil domina o ciclo de enriquecimento. Cada fonte de energia tem suas vantagens e desvantagens, em termos de custo, impacto ambiental, previsibilidade e dependência do clima. A opção de escolha cabe à sociedade, devidamente esclarecida a respeito pelas autoridades do setor.

GC -  O transporte logístico é o grande desafio do País, principalmente, para dinamizar a economia interna ou o comércio exterior. A seu ver, evoluímos algo nesse sentido?

Benedicto Junior - Sim, na medida em que está em andamento um programa de investimento em parceria com o setor privado para desenvolver e integrar os modais de transporte através de concessões rodo e ferroviárias, de aeroportos e de portos. Parte do programa já foi efetivada. Mais de sete mil quilômetros de rodovias foram concessionados, cinco dos principais aeroportos já estão em operação por parceiros privados. Na área de portos, alguns Terminais de Uso Privado (TUP) e Estações de Transbordo de Cargas (ETC) foram autorizados. Há editais publicados para serviços de dragagem e para arrendamento de áreas em portos organizados. Na área de ferrovias, foram lançados seis editais de chamamento público de estudos (PMI) totalizando mais de 4.600 quilômetros.

GC - O que falta hoje, depois de tantas idas e vindas, na área dos portos e ferrovias?

Benedicto Junior - No caso de arrendamento de áreas em portos organizados, falta concluir as modelagens regulatória e contratual, definir as condições de financiamento dos bancos públicos e, para as ferrovias, falta ainda definir as condições de garantia de pagamento pelo uso da infraestrutura.

GC - Quais seriam os projetos que interessam a empresa?

Benedicto Junior - Já recebemos autorização para um TUP na Bahia. Temos interesse também em projetos que se enquadram na macro estratégia de investimento da Odebrecht TransPort, empresa com delegação para investimento em logística e aeroportos.

GC - Os investidores internacionais veem o Brasil também como ambiente promissor e interessante. Parcerias serão ampliadas?

Benedicto Junior - Sim, além das parcerias em andamento em algumas empresas da Organização, estamos abertos a discutir a participação de parceiros estrangeiros nos negócios em andamento ou em prospecção.

GC - O Pré-sal já é uma realidade em termos de produção. Mas não está claro sobre as dificuldades que serão enfrentadas para a retirada do óleo das camadas profundas. Essa etapa tecnológica já foi superada?

Benedicto Junior - Considerando que a primeira descoberta de óleo e gás na região denominada de Pré-sal se deu em 2006, portanto somente há oito anos, e que já estamos produzindo uma quantidade de óleo equivalente superior a 500 mil barris diários, alcançando uma produção acumulada  superior a 360 milhões de barris equivalentes, não temos dúvidas em afirmar que o Pré-sal é uma realidade. Espera-se que até 2018 a Petrobras tenha 52% do seu óleo produzido provenientes dos campos do Pré-sal.

Do ponto de vista tecnológico, os desafios estão sendo gradativamente vencidos, utilizando-se de uma estratégia que combina os esforços do corpo técnico interno à Petrobras, com participação de empresas e universidades brasileiras, complementadas através de parcerias exitosas com entidades internacionais detentoras de tecnologias específicas. Com relação às instalações flutuantes necessárias, parte está sendo suprida através de contratos com empresas do exterior e parte através de empresas nacionais que participam da grande transformação e desenvolvimento da indústria naval brasileira. Dentre estas instalações destacamos sondas de perfuração, plataformas e navios de produção e navios de apoio a exploração, perfuração e produção.

Portanto, no nosso entender a etapa de superação dos obstáculos tecnológicos está sendo vencida com sucesso. No entanto, persiste um problema real, ainda não está equacionado, que consiste na obtenção dos fundos substanciais que serão necessários para desenvolver este negócio, vis-à-vis a evidente dificuldade de caixa da Petrobras de difícil solução a curto e médio prazos.

A Odebrecht tem posição bastante privilegiada neste negócio, pois tem posição destacada nas atividades de engenharia e construção das instalações flutuantes, através do seu Estaleiro Enseada, instalado em Maragogipe, na Bahia, e da Odebrecht Óleo & Gás, uma das mais importantes empresas operadoras do mercado de óleo e gás do país. Somando-se a isto, tem total capacidade de ter relevante papel na implantação da infraestrutura necessária e na solução dos problemas ambientais que advirão.

GC - Na área dos aeroportos, o desafio das primeiras concessões foi vencido?  O gargalo nos aeroportos de São Paulo e Rio finalmente serão superados. E o que pode ser esperado em outros aeroportos do País?

Benedicto Junior - O setor de transporte aéreo nacional superou recentemente o desafio de atender com eficiência aos passageiros durante a Copa do Mundo 2014. É desejável que este desempenho siga melhorando, mas também é preciso reconhecer que as concessões são relativamente recentes. Algumas mudanças operacionais são percebidas, mas a rigor somente três aeroportos já estão sendo integralmente operados sob o novo modelo e ainda assim há muito investimento a ser feito para oferecer melhor nível de serviço aos passageiros.  A expectativa é pelo lançamento de novos editais para modernização e ampliação de aeroportos nas principais capitais do país, além de aeroportos regionais, no âmbito do programa de desenvolvimento da aviação regional lançado no início deste semestre. O desafio do programa está no potencial da atratividade destes aeroportos

GC - Em termos de mercado exterior, quais são os mais interessantes atualmente em termos de infraestrutura?

Benedicto Junior - Para as empresas brasileiras os mercados mais interessantes estão situados na América Latina e África, onde a demanda por infraestrutura é muito grande.

GC - Obras de perfis tão variados, quanto diferentes, em regiões díspares. Qual é a espinha dorsal de uma empresa com esse perfil de negócio e com essa trajetória de sucesso?

Benedicto Junior - A nossa espinha dorsal e base cultural é a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), cuja prática visa manter a organização no rumo da sobrevivência, crescimento e perpetuidade. A partir dos princípios, conceitos e critérios nela contidos, o empresário responsável por cada contrato, com sua equipe, imbuídos do espírito de servir, tem buscado a satisfação dos seus clientes e a produção de riquezas maiores e melhores para clientes, comunidades e acionista.

GC - O Programa Acreditar traduz esse perfil empresarial para o campo educativo e treinamento de pessoas. Quais são os resultados mais importantes do Programa, e como ele pode ser estendido para outros campos de atuação?

Benedicto Junior - O Programa Acreditar qualificou mais de 55 mil pessoas e, destas, contratou mais de 35 mil. A oferta de formação profissional inicial gratuita e as oportunidades de emprego que nossos empreendimentos geram, sem dúvida, são os resultados mais importantes do Programa. Para isso, investimos  mais de R$ 36 milhões nos programas no Brasil. A experiência deu tão certo que implantamos o Acreditar em 13 países da América do Sul, América Latina e África. No exterior, investimos US$ 18 milhões na formação de 31 mil profissionais, dos quais contratamos aproximadamente 17 mil.

Nossos negócios e as comunidades são beneficiados pela formação da mão de obra local, já que reduz a migração de profissionais de outras regiões e estimula a economia local. Construímos com o Acreditar uma metodologia de educação profissional que pode ser adaptada para qualquer área de atuação. Acreditamos que as pessoas aprendem nas salas de aula e oficinas, mas consolidam e ampliam esse conhecimento na prática, trabalhando.  O reconhecimento dos benefícios desta iniciativa veio através do acordo de cooperação técnica firmado com o Governo Federal, representado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em 2009, e renovado em novembro de 2013. Esta é uma parceria muito representativa para nós.

GC - Quanto tempo será necessário para o país se assemelhar aos países mais modernos do mundo em termos de qualidade dos serviços públicos, segurança e padrão tecnológico?

Benedicto Junior - O tempo para consolidar os papéis e as áreas de atuação dos setores público e privado, regular adequadamente a relação entre eles, implantar a infraestrutura necessária, ampliar o acesso e melhorar a qualidade da educação no país.

GC -  Ao completar 70 anos, e com o falecimento de Norberto Odebrecht, a Organização Odebrecht completa um longo ciclo. Qual o legado deixado por ele, e o que se pode esperar para o futuro, seja em termos de expansão, de visão de negócio e atuação no Brasil e no exterior?

Benedicto Junior - A Organização teve o privilégio de receber de “Dr. Norberto”, sob a forma e conteúdo da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), um legado de cultura e filosofia de vida pautada na capacidade de todo ser humano de se desenvolver pelo trabalho, no espírito de servir sempre mais e melhor para então ser servido. Uma prática que, com disciplina, gera o respeito e consolida a confiança. A tarefa mais nobre de um líder é a de educar seu liderado. Isso se aplica à vida pessoal, familiar ou profissional de qualquer indivíduo que se disponha a praticá-la. Todo o resto é consequência.

Nossa expectativa de futuro tem no ano 2020 um primeiro horizonte, quando pretendemos ser uma Organização presente em mais de 30 países, com 300 mil integrantes de diferentes nacionalidades, unidos pela mesma cultura empresarial, e formados por líderes educadores, satisfazendo a Clientes que nos escolheram pela nossa capacidade de satisfazer suas necessidades e cuja confiança conquistamos através da nossa capacidade realizadora, cumprimento dos compromissos assumidos, excelência no que fazemos, transparência e boa governança. Neste horizonte, estaremos focados em trazer para nossos clientes soluções integradas e inovadoras para grandes desafios globais, incluindo disponibilidade de água, energia, infraestrutura, insumos industriais e alimento.

GC - Como foi possível manter o DNA da empresa, diante de seu crescimento dentro e fora do Brasil e o que diferencia a Odebrecht (no tocante ao seu perfil de empresa brasileira) no mundo globalizado em que ela atua?

Benedicto Junior - O DNA da Odebrecht se mantem pela prática da TEO pelos seus integrantes ao longo da sua história. O que nos diferencia no mundo globalizado é nossa capacidade de operar de forma descentralizada, através de empresários responsáveis por cada projeto, atuando com delegação plena previamente planejada, servindo a clientes e conquistando sua confiança em relacionamentos de longo prazo nos mercados onde atuamos. Tudo isso com base numa cultura empresarial única.

 

 

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