Há pouco mais de dois anos, o primeiro mastro distribuidor de concreto foi utilizado em grande operação no solo brasileiro. A precursora foi a Kaiobá Equipamentos, que em parceria com a norte-americana C&C Concrete Pumping trouxe o primeiro equipamento da marca Schwing Stetter para operar na construção do REC Berrini, um edifício empresarial localizado na Av. Eng. Luís Carlos Berrini (SP), construído pela Hochtief. Nessa operação, quando o equipamento em destaque ainda era referenciado pelo seu nome norte-americano, Placing Boom, foram concretadas as lajes dos 35 andares, além de cinco lajes do subsolo.
Desde então, o mastro distribuidor de concreto tem se popularizado no Brasil, a exemplo do que já ocorre há alguns anos no exterior (veja detalhes sobre a concretagem do Freedom Tower, nos EUA, a seguir) e, atualmente, compõe a gama de produtos de prateleira de marcas mundiais como a própria Schwing Stetter, a Putzmeister e a Sany. Esta última, inclusive, divulgou recentemente a utilização de um mastro distribuidor da marca na concretagem do prédio mais alto de Curitiba (PR).
<Há pouco mais de dois anos, o primeiro mastro distribuidor de concreto foi utilizado em grande operação no solo brasileiro. A precursora foi a Kaiobá Equipamentos, que em parceria com a norte-americana C&C Concrete Pumping trouxe o primeiro equipamento da marca Schwing Stetter para operar na construção do REC Berrini, um edifício empresarial localizado na Av. Eng. Luís Carlos Berrini (SP), construído pela Hochtief. Nessa operação, quando o equipamento em destaque ainda era referenciado pelo seu nome norte-americano, Placing Boom, foram concretadas as lajes dos 35 andares, além de cinco lajes do subsolo.
Desde então, o mastro distribuidor de concreto tem se popularizado no Brasil, a exemplo do que já ocorre há alguns anos no exterior (veja detalhes sobre a concretagem do Freedom Tower, nos EUA, a seguir) e, atualmente, compõe a gama de produtos de prateleira de marcas mundiais como a própria Schwing Stetter, a Putzmeister e a Sany. Esta última, inclusive, divulgou recentemente a utilização de um mastro distribuidor da marca na concretagem do prédio mais alto de Curitiba (PR).
O equipamento, modelo HGR28, trabalhou na construção do Universe Life Square, de 150 metros, e cujo pico das operações de concretagem ocorreu em janeiro deste ano. A máquina em questão tinha alcance vertical de 32 metros e alcance horizontal de 28 metros, com a facilidade de realizar giro de 360 graus, alcançando todas as extremidades das lajes que foram concretadas.
Diomar Martins Barbosa, diretor da Kaiobá, relata que o alcance nas periferias das lajes concretadas é uma das principais qualidades desse tipo de equipamento, pois com isso, se reduz o número de operários necessário para a realização de grandes concretagens. Ele ainda complementa que o mastro distribuidor pode atuar com concreto autoadensável, o que reduz a necessidade de vibração após a concretagem, diminuindo ainda mais os custos operacionais. “Nas obras em que temos atuado com a tecnologia, é possível que o mastro distribuidor bombeie concreto à velocidade de até 60m³/hora, dando mais produtividade às concreteiras, já que os caminhões betoneiras podem retornar mais rapidamente para a usina”, diz ele, com a ressalva de que essa produtividade é alcançada até mesmo com equipamentos com lança de 28 metros, mas é preciso primar pela operação perfeita do mastro distribuidor e de todos os equipamentos auxiliares.
E quando Martins se refere a equipamentos corretos, há uma gama de observações a serem feitas, começando pela qualidade do bombeamento do concreto que seguirá até o mastro distribuidor, algo que pode ser realizado com bombas-lança ou bombas estacionárias. Nesse caso, Martins adverte que é necessário que o conjunto da bomba de concreto seja de boa qualidade, com tubulação de grande diâmetro e com paredes mais grossas, para prover a melhor alimentação de material possível para o mastro distribuidor de concreto e também evitar acidentes graves. “O rompimento de uma tubulação a alturas elevadas pode ocasionar acidentes de proporções inimagináveis”, reforça o especialista.
Voltando ao caso da concretagem do prédio curitibano, a Sany relatou que a utilização do mastro distribuidor seguiu preceitos de qualidade e, por isso, adiantou o cronograma de obra em cerca de doze meses, algo que ocorreu não somente pela produtividade imposta naturalmente pelo equipamento, como também pela redução do tempo de instalação da sua estrutura, já que a montagem da máquina se deu em apenas um dia, graças ao apoio de uma equipe de profissionais certificada pelo fabricante.
Para Gabriel Carramenha, diretor da Rental Mix , empresa que adquiriu o mastro de distribuição para operação no Universe Life Square –, a escolha pela tecnologia foi feita em função de diversos parâmetros, mas entre eles se destacou a flexibilidade, já que ele pôde ser instalado junto à grua, que já estava sendo utilizada na obra.
Sucesso também no exterior
Assim como nos casos do Universe Life Square, de Curitiba, e do Rec Berrini, em São Paulo, além de diversos outros arranha-céus em execução e já realizados pelo Brasil, a primeira Torre do Freedom Tower – que é popularmente chamado como o novo World Trade Center, por estar sendo construído como resposta simbólica aos ataques terroristas no mesmo local das torres gêmeas, atacadas em 2001 – também ilustra a versatilidade dos mastros distribuidores de concreto. Nesse caso, trata-se do bombeamento de concreto a até 541 metros de altura, que será a altura total do edifício.
Essa obra, de responsabilidade da construtora norte-americana Collavino, diz respeito a dois núcleos de concreto e decks de metal e conta a combinação de bombas de concreto avançadas, atuando em conjunto com mastros de distribuição. Quando concluída, a obra representará uma torre de 105 andares, ocupando um espaço de 241,5 mil m² e cujos investimentos totais devem somar mais de US$ 3,1 bilhões, com 46 mil toneladas de aço e 160 mil m³ de concreto.
Para entender a complexidade na atuação dos mastros distribuidores nessa obra, é preciso avaliar a operação desde os primeiros pavimentos, constituídos por um buraco de fundação de 80 metros de profundidade e que está localizado sobre uma laje original do antigo World Trade Center. A laje separa a escavação de uma linha de metrô já existente e os colaboradores trabalham em torno desse local, onde cerca de 300 mil passageiros utilizam o sistema de metrô diariamente e ilustram a criticidade da operação. Para vencer esse desafio, as concretagens da fundação são realizadas por autobombas que alimentam mastros distribuidores de concreto, compondo novas lajes que variam de 305 a 915 mm de espessura, além de colunas centrais gigantescas, com 2 metros de diâmetro cada.
A combinação dos mastros distribuidores com bombas para concreto na fundação é uma inovação do empreendimento, no qual os cinco níveis de lajes abaixo do solo foram concretados com o uso da tecnologia, num volume total de 38.200 m³ de concreto. “A solução proporcionou alta produtividade e versatilidade, pois essa combinação de tecnologia funciona perfeitamente para o estilo nova-iorquino de construção de edifícios altos, em que o aço é aplicado na frente do núcleo e dos decks, permitindo bombear concreto em vários níveis simultaneamente”, sintetiza Renzo Collavino, presidente da construtora responsável pela obra em depoimento para a Schwing Stetter, fabricante das máquinas de concretagem em questão.
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