Inaugurado na primeira quinzena de novembro de 2013, o One World Trade Center é o principal edifício do complexo WTC de Nova York. O prédio ocupa o chamado “Marco Zero”, local dos atentados de 2001, e onde estavam as torres gêmeas do antigo WTC. O empreendimento, com 541 metros de altura, foi construído com concreto ultrarresistente e especialmente personalizado. O uso do material também reforça o simbolismo da recuperação da capital mais poderosa do mundo. Os detalhes da obra foram relatados por vários portais especializados, caso do The Concrete Producer e do Concrete Construction. No total, a Eastern Concrete Materials, responsável pela fabricação do material, teria usado cerca de 114,6 mil metros cúbicos de concreto. A mistura pronta foi entregue ao longo de três anos no canteiro e com a quantidade usada seria possível construir nada menos do que dez cópias do Edifício Itália, um dos arranha-céus de São Paulo.
A entrega do One World Trade Center envolveu uma operação complexa de engenharia, iniciada com a limpeza e reciclagem dos entulhos das antigas torres gêmeas. Com isso, a con
Inaugurado na primeira quinzena de novembro de 2013, o One World Trade Center é o principal edifício do complexo WTC de Nova York. O prédio ocupa o chamado “Marco Zero”, local dos atentados de 2001, e onde estavam as torres gêmeas do antigo WTC. O empreendimento, com 541 metros de altura, foi construído com concreto ultrarresistente e especialmente personalizado. O uso do material também reforça o simbolismo da recuperação da capital mais poderosa do mundo. Os detalhes da obra foram relatados por vários portais especializados, caso do The Concrete Producer e do Concrete Construction. No total, a Eastern Concrete Materials, responsável pela fabricação do material, teria usado cerca de 114,6 mil metros cúbicos de concreto. A mistura pronta foi entregue ao longo de três anos no canteiro e com a quantidade usada seria possível construir nada menos do que dez cópias do Edifício Itália, um dos arranha-céus de São Paulo.
A entrega do One World Trade Center envolveu uma operação complexa de engenharia, iniciada com a limpeza e reciclagem dos entulhos das antigas torres gêmeas. Com isso, a construção do novo edifício teve início em 2006, cinco anos após a tragédia, e terminou apenas em novembro de 2013. Para evitar a repetição do atentado, as colunas estruturais do novo prédio recém-inaugurado foram preparadas em aço e concreto de alta resistência, variando de 12.000 a 14.000 psi, nos primeiros 40 andares, e de 8.600 a 10.000 psi no restante da torre de 104 pavimentos.
Em razão do projeto e design sustentáveis, a Port Authority New York and New Jersey (agência americana que é dona da obra) também pediu o uso do concreto personalizado para criar salas e ambientes mais amplos. Isso acontece porque o concreto de maior resistência exige um número menor de paredes e colunas estruturais. Além do conforto estético e físico, o valor do edifício igualmente aumentou com a medida. Aliás, em termos de sustentabilidade, o novo edifício possui certificado da LEED Gold e é considerado o mais sustentável de seu tamanho no mundo. Com um sistema de refrigeração alimentado com água da chuva e geração de eletricidade a partir da reciclagem do lixo gerado, o empreendimento conseguiu exceder em 20% a redução máxima exigida em consumo de energia.
Em termos de segurança, não foi a primeira vez que um concreto com resistência de 14.000 psi foi adotado, mas nenhum projeto da complexidade do One WTC tinha sido atendido pela fabricante de concreto até então. De acordo com a Eastern Concrete Materials, após 56 dias de operação o concreto aplicado no prédio atingiu até 18.000 psi em alguns pontos. A resistência do produto provém da mistura de materiais cimentícios que suprem características de trabalho oferecidas por outros mixes com maior quantidade de água. A nova tecnologia de preparo também pesou a favor, possibilitando baixíssimos níveis de água na mistura e conferindo maior resistência ao produto final.
Para reforçar ainda mais a obra, a Port Authority New York and New Jersey exigiu que não fossem utilizados mais de 181 quilogramas de cimento por jarda quadrada (yd²) construída. Trata-se de uma concentração abaixo da média usada em aplicações comuns, casos de pisos de garagem e calçadas. Na avaliação dos especialistas, o pedido foi feito em razão de o concreto atender aos ideais de sustentabilidade do projeto e para substituir o cimento Portland por materiais cimentícios suplementares (SCM), incluindo cinza volante e escória. Pelas informações da fabricante, o resultado na produção foi significativo e trouxe uma redução significativa total de 30 mil galões de água, 8 milhões de kWh de energia e 5,4 milhões de kg de dióxido de carbono e 340,2 mil kg de combustíveis fósseis.
Um dos maiores desafios do processo de aplicação do concreto foi o transporte do material, exigindo um controle rígido na hidratação e conservação durante as duas horas de movimentação até a obra. Na avaliação da fabricante, trata-se de um tempo relativamente longo para manter o concreto trabalhável, especialmente no caso de produtos ultrarresistentes. Além do transporte da usina até a obra, é preciso considerar os 104 andares. Aliás, a construção marcaria o recorde – em altura – de bombeamento de concreto no continente norte-americano. A mistura pronta foi lançada com uma única bomba, movendo o material do solo até a altura final de concretagem. Ou seja: quase 540 metros de altura, com o adicional de descartar a necessidade de transferência para outra bomba em estação intermediária.
O uso do produto com alta resistência complementa ainda a demanda de novas tecnologias, caso do concreto autorreparável e sustentável. Os especialistas ouvidos pelos portais de notícias especializadas indicam uma tendência crescente de uso desse tipo de concreto nos últimos 15 anos. No final dos anos 1990, os concretos de 7.000 ou de 8.000 psi eram considerados altamente resistentes. O que era caro no começo daquela década passou a ser normal atualmente. Com as novas soluções introduzidas pela indústria em termos de durabilidade do concreto, os engenheiros e arquitetos aproveitaram para desenhar novos projetos tirando partido da tecnologia.
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