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Revista GC - Ed.56 - Jan/Fev 2015
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Obras de Arte

Linha 4 do Metrô carioca: ponte estaiada sai do papel

Já foram concluídas as fundações daquela que será o mais novo cartão postal do Rio de Janeiro

As fundações para a construção da ponte estaiada da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca - Ipanema) foram concluídas com a execução de estacas de concreto pinadas em rocha.  A estrutura de concreto está sendo construída na Barra da Tijuca e vai ligar os túneis no Morro do Focinho do Cavalo à Estação Jardim Oceânico, que vai receber diariamente 91 mil pessoas, a partir de 2016. Foram cravadas 40 estacas de 1,40m de diâmetro, numa profundidade de aproximadamente 28 metros em areia e mais cinco metros em rocha.

Suspensa por cabos, ela passará sobre a Lagoa da Tijuca e terá extensão total de 420 metros, sendo 210 metros de tabuleiro estaiado com dois pilones inclinados de 72 metros de altura. A ponte terá 13,9 metros de largura e duas vias, uma para as composições que seguirão no sentido Barra, que fica na Zona Oeste da cidade e outra em direção a Ipanema, na Zona Sul carioca. Os funcionários do Consórcio Construtor Rio Barra (CCRB), responsável pelas obras entre a Barra e a Gávea, agora iniciam a execução dos pilones.

Esta será a primeira po


As fundações para a construção da ponte estaiada da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca - Ipanema) foram concluídas com a execução de estacas de concreto pinadas em rocha.  A estrutura de concreto está sendo construída na Barra da Tijuca e vai ligar os túneis no Morro do Focinho do Cavalo à Estação Jardim Oceânico, que vai receber diariamente 91 mil pessoas, a partir de 2016. Foram cravadas 40 estacas de 1,40m de diâmetro, numa profundidade de aproximadamente 28 metros em areia e mais cinco metros em rocha.

Suspensa por cabos, ela passará sobre a Lagoa da Tijuca e terá extensão total de 420 metros, sendo 210 metros de tabuleiro estaiado com dois pilones inclinados de 72 metros de altura. A ponte terá 13,9 metros de largura e duas vias, uma para as composições que seguirão no sentido Barra, que fica na Zona Oeste da cidade e outra em direção a Ipanema, na Zona Sul carioca. Os funcionários do Consórcio Construtor Rio Barra (CCRB), responsável pelas obras entre a Barra e a Gávea, agora iniciam a execução dos pilones.

Esta será a primeira ponte estaiada para o metrô no Rio de Janeiro e contará com projeto de iluminação cenográfica e será o único trecho onde os trens da Linha 4 poderão ser vistos fora do subterrâneo.

Os trens vindos da Zona Sul sairão do túnel e chegarão à Barrinha pela ponte estaiada, seguindo pela superfície até a Avenida Armando Lombardi, onde farão o "mergulho" para acessar a estação, que será subterrânea.

A ponte será uma bela obra de engenharia, localizada em um cenário onde a natureza foi pródiga, entre montanhas, lagoas e o mar da Barra da Tijuca. Acredita-se que esse conjunto de fatores tem tudo para originar mais um cartão postal do Rio de Janeiro.

O canteiro de apoio às obras da ponte foi instalado no Jardim Oceânico em uma área de cerca de 13 mil m², onde existia a comunidade Vila União. Para viabilizar o projeto, os 76 imóveis existentes no local foram desapropriados e as famílias e comerciantes indenizados e realocados. Às margens da Avenida Armando Lombardi, serão erguidos dois pilares inclinados e paralelos de 76m de altura, onde serão ancorados os cabos de sustentação da ponte.

A Intertechne é a responsável pela verificação técnica dos Projetos Civis e Eletromecânicos da linha 4 do metrô do Rio de Janeiro.

Tecnologia alemã

Uma tecnologia alemã está sendo utilizada pelo Consórcio Construtor Rio Barra para a construção das fundações da primeira ponte estaiada para metrô no Rio de Janeiro, na Linha 4. Trata-se do MultiHammer, equipamento destinado a serviços de escavação em rocha.

Ao todo, para a sua sustentação, serão cravadas no solo 38 estacas a cerca de 30 metros de profundidade média. Neste processo, primeiro são colocadas as camisas metálicas, que têm, cada uma, 1,4 metro de diâmetro e 14,5 metros de comprimento. As peças vão descer 25 metros na areia até chegar à rocha, que será escavada mais 5 metros.

Para a escavação na areia, está sendo utilizado um martelo vibratório convencional para cravar as camisas metálicas de 14,5 metros de comprimento. Após seu uso, uma perfuratriz faz a retirada da areia armazenada para que outra camisa seja soldada sobre ela e a cravação atinja toda a profundidade do terreno em areia.

Ao chegar à escavação da rocha, no entanto, entra a importância do MultiHammer. Essa tecnologia permite que a escavação seja feita com uma rapidez dez vezes maior que os métodos convencionais, retirando dois metros do material rochoso por hora. A ferramenta possui dez martelos no fundo de sua base que são ativados simultaneamente em frequências diferentes. Acima dos pistões que quebram a rocha, uma espécie de balde recolhe os resíduos. O sistema de circulação de ar comprimido da máquina eleva esse material descartável pela parte externa do equipamento, que acaba depositado no balde e transportado para fora da área perfurada.

A partir daí encerra-se a execução do processo com a colocação das armaduras e o preenchimento com concreto estrutural de alta resistência.

Mais de 300 mil usuários/dia

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca—Ipanema) é uma obra do Governo do Estado do Rio de Janeiro e vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e aproximadamente 16 quilômetros de extensão.

A Linha 4 entrará em operação no primeiro semestre de 2016, após passar por uma fase de testes. Será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos. Os usuários poderão ainda deslocar-se da Barra da Tijuca até a Pavuna, pagando apenas uma tarifa.

 

 

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