A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) expediu a ordem de serviço para a retomada dos trabalhos de dragagem para aprofundamento dos canais de acesso do Complexo Portuário do Itajaí, em Santa Catarina. Nos serviços autorizados também estão incluídos os trabalhos de desassoreamento do Rio Itajaí-Açu, que apresentou perda de profundidade em decorrência da última enchente ocorrida em Santa Catarina. Além do restabelecimento das profundidades, a draga Kaishuu, de propriedade da empresa belga Jan de Nul, dará continuidade ao processo de aprofundamento dos canais e bacia de manobras, de 11 para 14 metros. Cada centímetro a mais de profundidade nos canais possibilita um aumento de 60 toneladas na movimentação nominal de cargas por navio. Outra draga, a Charles Darwin, fará o trabalho de retirada de sedimentos do fundo do mar.
Os três metros que serão aumentados representarão a possibilidade de cada embarcação ampliar em 18 mil toneladas suas operações no Complexo, o que representa cerca de 600 contêineres por navio. Os recursos, na ordem de R$ 55 milhões, foram garantidos atrav
A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) expediu a ordem de serviço para a retomada dos trabalhos de dragagem para aprofundamento dos canais de acesso do Complexo Portuário do Itajaí, em Santa Catarina. Nos serviços autorizados também estão incluídos os trabalhos de desassoreamento do Rio Itajaí-Açu, que apresentou perda de profundidade em decorrência da última enchente ocorrida em Santa Catarina. Além do restabelecimento das profundidades, a draga Kaishuu, de propriedade da empresa belga Jan de Nul, dará continuidade ao processo de aprofundamento dos canais e bacia de manobras, de 11 para 14 metros. Cada centímetro a mais de profundidade nos canais possibilita um aumento de 60 toneladas na movimentação nominal de cargas por navio. Outra draga, a Charles Darwin, fará o trabalho de retirada de sedimentos do fundo do mar.
Os três metros que serão aumentados representarão a possibilidade de cada embarcação ampliar em 18 mil toneladas suas operações no Complexo, o que representa cerca de 600 contêineres por navio. Os recursos, na ordem de R$ 55 milhões, foram garantidos através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
Também estão previstas obras de reforço e alinhamento dos berços três e quatro do complexo portuário, bem como a ampliação da retroárea, com recursos na ordem de R$ 135 milhões. É um dos eventos mais importantes para o futuro do Complexo. Isso coloca o Porto de Itajaí em condições de serviços de primeiro mundo. O aprofundamento dos canais de acesso e bacia de evolução era para ter começado no ano passado, mas passou para 2011 por conta de atrasos no processo de licitação.
Além de beneficiar as operações portuárias, o aprofundamento irá garantir maior vazão das águas do Rio Itajaí-Açú. Um estudo realizado recentemente mostra que essa obra vai proporcionar uma vazão de água 36% maior, o que pode ajudar em caso de uma nova cheia do rio.
Molhe Norte na reta final
Outra obra importante para ampliar a capacidade do Porto de Itajaí é a do Molhe Norte, que se encontra na reta final, com inauguração prevista para abril de 2012. As obras protegerão estas embarcações de correntezas e ondas, por exemplo, garantindo mais segurança nas operações de navios. Elas permitirão o aumento da segurança do acesso ao complexo portuário de Itajaí e Navegantes, possibilitando manobras de navios com maior boca. O local hoje possui autorização para receber embarcações de até 275 metros.
A estrutura, localizada na foz do rio Itajaí-Açu, em Navegantes (SC), é parte integrante do canal de acesso ao porto. A intervenção está orçada em R$ 14 milhões; destes, R$ 10,5 milhões são provenientes do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 3,5 milhões investidos pela superintendência do porto.
O diretor técnico do Porto de Itajaí, Ricardo Faissal, explica que a recuperação do Molhe Norte será diferente daquela realizada no Molhe Sul. “Não iremos usar tetrapodes, pois o Molhe Norte não recebe o mesmo impacto ambiental que o Molhe Sul. Utilizaremos pedras de até 7,5 toneladas e a plataforma do molhe será asfaltada”, diz. Os trabalhos, lembra o executivo, estão sendo acompanhados por uma equipe formada por mergulhadores e topógrafos, além de profissionais de uma empresa especializada em fiscalização.
Os trabalhos de reestruturação do Molhe Sul – na margem do rio em Itajaí – foram reiniciados em 2005 após dois anos de embargados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ao todo, as obras exigiram investimentos de
R$ 16,5 milhões, recursos disponibilizados pelo programa Agenda Porto, do Governo Federal. A superintendência do Porto de Itajaí também alocou recursos, destinando R$ 5,5 milhões para a obra.
Movimentação em ritmo crescente
Reconhecido como o segundo maior porto do País em movimentação de contêineres, Itajaí encerrou o mês de outubro com uma movimentação acumulada de 829,52 mil TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), com avanço de 6% sobre a movimentação de 780,45 mil TEUs registrada nos dez primeiros meses de 2010. Em tonelagem, o avanço foi de 7% neste ano. Foram 8,73 milhões de toneladas de janeiro a outubro, ante 8,17 milhões em igual período do ano passado. As cargas de exportação representaram a fatia de 46% das operações, enquanto as exportações, 54%. O complexo recebeu 1.002 navios no período, com moderada retração, de 3%, sobre o número de atracações registradas nos dez meses do ano passado.
Ainda no mês de outubro, o complexo portuário retomou sua movimentação média de cargas, após os impactos das enchentes de setembro. Foram 90,61 mil TEUs em outubro, ante 69,14 mil TEUs em setembro.
Se analisadas as operações por terminais, o operador APM Terminals Itajaí, arrendatário de dois terminais no Porto Público de Itajaí, e o cais comercial, operaram 388,45 mil TEUs em 2011, ante 307,18 mil TEUs no exercício anterior, com elevação de 26%. Já a Portonave S/A – Terminais Portuários Navegantes, operou 440,19 mil TEUs em 2011, com retração de 7% sobre 2010.
Com relação aos terminais instalados a montante, a Braskarne, de propriedade da empresa Mafrig, registrou recuo de 45%, passando de 163,56 mil toneladas no ano passado, para 90,1 mil toneladas no período analisado.
O Teporti ampliou em 42% sua movimentação em tonelagem. O volume de cargas operado saltou de 39,68 mil toneladas para 58,49 mil toneladas. Já o Poly Terminais operou 35,81 mil toneladas em 2011 e 58,26 mil toneladas no ano passado. A queda foi de 38,56%. O Trocadeiro Terminais Portuários não está operando em 2011.
Tecnologia francesa nas obras do porto
No Porto de Itajaí, está sendo construída uma extensão do porto de contêineres. Para as obras, está sendo empregado um Vibrodriver 65HD da empresa francesa PTC, que impôs ritmo acelerado na cravação das camisas de 54 m, com inclinação de 15°.
As camisas estão sendo cravadas para a construção de estacas moldadas ‘in loco’. O concreto é derramado dentro das camisas depois que as armações (gaiolas) de aço de reforço são colocadas dentro dessas formas que permanecerão no local. O diâmetro das camisas ou formas de aço varia entre 800 mm e 1296 mm.
A cabeça de fixação (clamping head) usada para cravar as camisas é uma Duplex 2 x 120 t.
O trabalho de fundação do porto é realizado a partir de uma barcaça. O 65HD da PTC está sendo montado livremente, suspenso de um guindaste, e é alimentado por um conjunto de força PTC 600C com 403 Kw.
Legenda: A PTC tem quatro modelos de Vibrodrivers para serviços pesados, capazes de cravar estacas em posição inclinada a
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