P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista GC - Ed.21 - Novembro 2011
Voltar
Especial Portos

R$ 1,5 bilhão para melhorar acessos ao Porto de Santos

Intervenções incluem obras da passagem subterrânea da região do Valongo e a de melhorias do sistema viário na região do Saboó

Sob a coordenação da Secretaria de Portos (SEP), a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) lançou, em novembro de 2011, duas licitações  visando melhoras aos acessos ao Porto de Santos. Uma para a elaboração do projeto executivo das obras da passagem subterrânea da região do Valongo, o chamado Mergulhão, e a segunda para a execução de obras para melhoria do viário na região do Saboó. As ações contam com recursos da SEP, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e terão as propostas abertas ainda este ano. A Codesp publicou no dia 31 de outubro, no Diário Oficial da União (DOU),  o aviso de licitação para abertura das propostas até o final de 2011.

O projeto do Mergulhão deve ser concebido considerando duas diretrizes: viabilizar o cruzamento em desnível entre os fluxos rodoviário e ferroviário existentes no local com a harmonização da interface com a área urbana do centro antigo, garantindo a manutenção ininterrupta da operação do Porto e de seus acessos com a preservação dos locais de patrimônio histórico.

O pré-projeto prevê a transposição da atual via po


Sob a coordenação da Secretaria de Portos (SEP), a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) lançou, em novembro de 2011, duas licitações  visando melhoras aos acessos ao Porto de Santos. Uma para a elaboração do projeto executivo das obras da passagem subterrânea da região do Valongo, o chamado Mergulhão, e a segunda para a execução de obras para melhoria do viário na região do Saboó. As ações contam com recursos da SEP, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e terão as propostas abertas ainda este ano. A Codesp publicou no dia 31 de outubro, no Diário Oficial da União (DOU),  o aviso de licitação para abertura das propostas até o final de 2011.

O projeto do Mergulhão deve ser concebido considerando duas diretrizes: viabilizar o cruzamento em desnível entre os fluxos rodoviário e ferroviário existentes no local com a harmonização da interface com a área urbana do centro antigo, garantindo a manutenção ininterrupta da operação do Porto e de seus acessos com a preservação dos locais de patrimônio histórico.

O pré-projeto prevê a transposição da atual via portuária para a passagem subterrânea, com 1,5 km entre a região do prédio da Alfândega, na av. Perimetral Portuária, até a altura da rua Cristiano Otoni. A ferrovia será mantida acima da terra, o que significará a eliminação de um conflito rodoferroviário histórico. É prevista ainda a reurbanização da área de influência das obras, de forma a harmonizar o túnel subterrâneo com o centro histórico.

O Mergulhão do Valongo é parte integrante da Avenida Perimetral da Margem Direita, iniciando-se  na região do prédio da Alfândega, na avenida Perimetral Portuária, estendendo-se por aproximadamente 1,5 km, até a altura da rua Cristiano Otoni, interligando-se novamente ao viário existente.

Para o desenvolvimento do projeto estão previstas, em ordem prioritária de implantação, a própria passagem, que contará com três faixas de tráfego em cada sentido, com as respectivas alças de acesso, conexões e centro de controle operacional; o remanejamento do ramal ferroviário existente, com novo alinhamento, em via dupla, transpondo a Avenida Perimetral sobre o trecho rebaixado da passagem subterrânea em desnível e a reurbanização da área de influência das obras.

As obras para melhoria do sistema viário na região do Saboó também integram as intervenções para melhorias da Avenida Perimetral, abrangendo a construção de uma via atrás da área do Tecondi, local de grande fluxo em função da alta  movimentação de contêineres na região e por ser um ponto situado próximo ao extremo do Porto, recebendo tráfego que demanda de e para  praticamente todos os terminais.

As obras terão início na Avenida Engenheiro Augusto Barata (reta da Alemoa), próximo à entrada do terminal, estendendo-se por 822 metros, até que se interliguem com a Avenida Engenheiro Antonio Alves Freire. Quando concluída, a nova pista atenderá ao tráfego de passagem, sem impactar o fluxo viário do Saboó.

A concorrência para as obras da região do Saboó deverá ser decidida ainda em dezembro deste ano, o mesmo devendo ocorrer com a disputa para a elaboração do projeto executivo do mergulhão.

Essa intervenção faz parte do bloco de ações que a SEP vem realizando em todos os portos brasileiros, no qual o Porto de Santos receberá o investimento total de R$ 1,5 bilhão.

Parte dos acessos já remodelados

Em janeiro deste ano, a Codesp entregou ao tráfego o viaduto da Santa, que integra o traçado da Avenida Perimetral da Margem Direita. Com a inauguração do viaduto, a Avenida Eduardo Guinle passou a ser  mão única no trecho entre o canal do Mercado e a praça da Santa, completando a proposta de alteração do viário no local, permitindo um fluxo muito mais ágil aos veículos que demandam aos terminais da região.

A integração do novo viaduto ao sistema viário contempla a proposta conceitual do projeto da Perimetral de redução do fluxo na região, eliminação do cruzamento com linha férrea e estabelecimento de mão única na Eduardo Guinle, com ganho de espaço para faixas de estacionamento rotativo ao longo dessa via. Com o viaduto, os caminhões que operam nos terminais entre o Paquetá e Outeirinhos podem retornar direto para São Paulo sem qualquer cruzamento em nível.

A Avenida Perimetral da Margem Direita é um complexo viário totalmente remodelado para reordenar os acessos terrestres do porto, através da implantação de viadutos, que eliminam conflitos rodoferroviários e facilitam o acesso a terminais, além de separar e direcionar o trânsito das cargas de maior demanda como açúcar, granéis sólidos de origem vegetal e contêineres. Projetada para atender à crescente demanda do tráfego de cargas no Porto de Santos, a Avenida Perimetral foi entregue para o tráfego em 2010.

Ela possui uma estrutura capaz de suportar o peso de carretas que chegam a 70 toneladas, o que demandou, inclusive, a troca de solo ao longo da nova via para garantir um leito que não sofra impactos com esse tráfego. O redimensionamento das vias, com maior número de faixas de rolagem, proporciona maior agilidade ao fluxo. Já o traçado privilegiou o incremento de linhas ferroviárias, aumentando, significativamente, a participação desse modal no transporte de cargas.

O projeto contempla a implantação de pistas de entrada e saída, cada uma com 10,5 metros de largura, com 3 faixas de rolagem, separadas por canteiro central de 1,5 metro, dois viadutos e acessos aos terminais. São, no total, 6 quilômetros de vias, desde a Praça Barão do Rio Branco, no Centro,  até o Canal 4, no bairro do Macuco.

A partir da Praça Barão do Rio Branco, o complexo se estende com as pistas de entrada e saída em linha paralela até a altura do viaduto de Outeirinhos, em forma de “Y”. Essa obra de arte encontra-se na confluência com a Rua João Pessoa, permitindo o tráfego de acesso ao Porto a partir do bairro do Paquetá até a Praça da Santa, através da pista de entrada que contorna os terminais açucareiros na região de Outeirinhos.

No viaduto, a pista no sentido Ponta da Praia sofre bifurcação, separando o tráfego para transporte de açúcar das carretas de granel vegetal e contêineres. O primeiro flui por uma alça em direção aos terminais na Avenida Eduardo Guinle, enquanto as carretas seguirão pela outra alça de descida, em direção aos terminais do bairro da Ponta da Praia.

Com essa configuração, o viaduto agiliza e separa o fluxo de chegada das cargas de maior demanda rodoviária, além de eliminar o cruzamento com a ferrovia e entre as pistas de entrada e saída. O tráfego rodoviário de saída do porto fica restrito à pista de saída que passa por baixo do viaduto.

Um segundo viaduto (da Santa) na Praça da Santa recebe o tráfego das carretas que já descarregaram nos terminais para açúcar e deixarão o porto através da Avenida Eduardo Guinle.  Essa via tem mão única no sentido Praça da Santa, onde o viaduto recebe esse tráfego e o escoa pela pista de saída do contorno de Outeirinhos, também eliminando qualquer interferência entre tráfegos ferroviário e rodoviário que se destinam aos terminais localizados no bairro da Ponta da Praia.

A partir do trecho que se estende da Santa até o Canal 4, o complexo viário segue novamente com as pistas de entrada e saída em linha paralela, integrando-se com a Avenida Governador Mário Covas (Avenida Portuária) até o extremo sul do Porto de Santos.

A obra contemplou, também, a instalação de ciclovia com três metros de largura desde o Canal 4, onde se conecta com a ciclovia da Avenida Mário Covas, até o viaduto da Rua João Pessoa para, a partir daí, interligar-se ao projeto de ciclovia previsto pela Prefeitura Municipal de Santos.

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP

Telefone (11) 3662-4159

© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade