Dotar uma cidade como o Rio de Janeiro, carente de infraestrutura em diversos aspectos, de todos os requisitos necessários para sediar um evento da proporção dos Jogos Olímpicos não é tarefa fácil. Nem sai barato. E quando não existem recursos públicos sobrando, esse esforço exige, ainda, uma engenharia financeira sofisticada Do total de dinheiro mobilizado, chega-se à cifra de R$ 37,6 bilhões, sendo 57% originários de Parcerias Público Privadas (PPP) e 43% exclusivamente dos cofres públicos, federais, estaduais e municipais. A Matriz de Responsabilidade, que é tudo aquilo que não seria feito sem a Olimpíada, está orçada em R$ 6,5 bilhões. São basicamente as instalações desportivas, construídas com R$ 632 milhões em verbas do município; R$ 1,654 bilhão em investimentos do governo federal e R$ 4,2 bilhões de recursos privados.
Mas tanto investimento não teria o menor sentido se os Jogos não deixassem, para grande parte da população do Rio de Janeiro, benefícios duradouros, capazes de assegurar melhorias significativas na qualidade de vida na cidade. Estamos fala
Dotar uma cidade como o Rio de Janeiro, carente de infraestrutura em diversos aspectos, de todos os requisitos necessários para sediar um evento da proporção dos Jogos Olímpicos não é tarefa fácil. Nem sai barato. E quando não existem recursos públicos sobrando, esse esforço exige, ainda, uma engenharia financeira sofisticada Do total de dinheiro mobilizado, chega-se à cifra de R$ 37,6 bilhões, sendo 57% originários de Parcerias Público Privadas (PPP) e 43% exclusivamente dos cofres públicos, federais, estaduais e municipais. A Matriz de Responsabilidade, que é tudo aquilo que não seria feito sem a Olimpíada, está orçada em R$ 6,5 bilhões. São basicamente as instalações desportivas, construídas com R$ 632 milhões em verbas do município; R$ 1,654 bilhão em investimentos do governo federal e R$ 4,2 bilhões de recursos privados.
Mas tanto investimento não teria o menor sentido se os Jogos não deixassem, para grande parte da população do Rio de Janeiro, benefícios duradouros, capazes de assegurar melhorias significativas na qualidade de vida na cidade. Estamos falando dos Legados dos Jogos que, segundo cálculos da Prefeitura do Rio, deverão gerar impactos positivos diretos sobre a vida de dois milhões de pessoas. Essa parte dos investimentos está estimada em R$ 24 bilhões, sendo R$ 14,2 bilhões do município, R$ 9,7 bilhões do governo estadual e R$ 111 milhões dos cofres públicos federais.
Compreendem: novas áreas esportivas; melhorias no sistema de transportes, como BRTs, ônibus rápidos, de média capacidade, VLT e extensão do metrô até a Barra da Tijuca; obras contra enchentes; novas escolas públicas; e, por fim, a revitalização da Região Portuária do Rio.
Da parte que cabe à prefeitura do Rio, (R$ 14,2 bilhões) destinada a obras de infraestrutura e a políticas públicas para sediar a Olímpíada, 86% dos projetos encontram-se em fase bem avançada. Para medir o avanço desses projetos foi criada uma escala de Graus de Maturidade, em que o grau 1 é o mais baixo e o 6, o mais elevado, conforme os seguintes indicadores:
Projeto conceitual em elaboração baseado nos compromissos de candidatura.
Anteprojeto ou projeto básico/termo de referência em elaboração.
Edital de licitação publicado (para projetos de governo) ou Pedido de Proposta Publicado/privado, contendo escopo, custo e cronograma.
Contrato assinado.
Obra concluída ou serviço disponível.
Projeto entregue (status “Pronto para Operação” concedido).
Num balanço geral, as obras do Legado estão com Graus de Maturidade. Mas a Prefeitura do Rio já assumiu que há obras que, definitivamente, não serão feitas. É o caso do projeto da Despoluição da Baía de Guanabara, preocupação de atletas e do Comitê Olímpico Internacional, que há décadas faz descer pelo esgoto milhões de dólares em recursos, bancos internacionais de fomento, sem, no entanto, apresentar nenhuma melhoria.
Anunciada durante a Conferência Internacional para o Meio Ambiente Rio 92, o programa para limpar as águas da baía começou a ser executado em 1995, com financiamento de US$ 1,17 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A previsão era de conclusão em cinco anos mas, de lá para cá, a situação só piorou. Atualmente, a baía recebe, em média 10 mil litros por segundo de esgoto in natura.
LINHA 4 DO METRÔ RIO
Com orçamento de R$ 8,79 bilhões, a Linha 4 (Barra da Tijuca - Ipanema) é a obra mais cara em execução no Rio. A previsão é transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e aproximadamente 16 km de extensão. As obras foram iniciadas em junho de 2010 com recursos do governo estadual e privados.
Situação
A entrega está prevista para primeiro trimestre de 2016, após uma fase de testes. Na Matriz de Responsabilidades da Autoridade Pública Olímpica, o projeto está com índice de maturidade 4, equivalente a mais de 70% da obra pronta
VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS (VLT)
Com 28 quilômetros e 32 paradas, a versão moderna e mais rápida dos bondes tradicionais tende a substituir ônibus e automóveis, conectando a Região Portuária ao Centro e ao Aeroporto Santos Dumont. A previsão é beneficiar 300 mil passageiros por dia, com a integração ao sistema do metrô, trens, barcas, BRT e o teleférico da Providência. O sistema será um dos primeiros do mundo a trafegar sem as chamadas catenárias - cabos suspensos para transmissão de energia -, uma vez que trabalha com base em um mecanismo que permite o veículo ser energizado a partir de pontos distribuídos ao longo da linha.
A ideia é que a circulação do VLT seja feita de maneira compartilhada com os carros.
O sistema de VLT vai dispor de um código próprio de sinalização luminosa, que será respeitado pelo condutor bem como a sinalização viária e ferroviária, acatando normas acordadas entre a Concessionária VLT e a Secretaria Municipal de Transportes, através da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio, a CET-Rio.
As obras foram iniciadas em fevereiro de 2014, e são executadas pela prefeitura com recursos do governo federal e da iniciativa privada.
Situação atual
A um custo total de R$ 1,18 bilhão, as obras têm entrega prevista para o 2º trimestre de 2016. Na Matriz de Responsabilidades da Autoridade Pública Olímpica, o projeto está com índice de maturidade 4, equivalente a cerca de 80% da obra pronta.
BRT TRANSOLÍMPICA
O BRT Transolímpica vai atender 70 mil passageiros por dia e reduzir o tempo de viagem entre a Barra da Tijuca e Deodoro em 54%. Durante os Jogos, vai ligar o Parque Olímpico da Barra da Tijuca ao Complexo Esportivo de Deodoro. Serão 26 km de extensão (13 km de Via Expressa) e 17 estações. Quando estiver pronto, o tempo de viagem entre a Barra e Deodoro deve ser reduzido em 80%. Os investimentos incluem as obras da Via Expressa, a Conexão Magalhães Bastos-Deodoro e as desapropriações para a construção do BRT.
Situação
Com 90% de execução, as obras do BRT Transolímpica incluem dois novos túneis, mais uma pista e uma ciclovia, a Tim Maia. Orçada em R$ 1,6 bilhão, a previsão de conclusão das obras é para o primeiro semestre de 2016.
BRT TRANSOESTE
O Transoeste, inaugurado parcialmente em 2012, está sendo ampliado para se integrar à Linha 4 do metrô. A previsão é beneficiar 230 mil passageiros.. A linha, que liga Santa Cruz e Campo Grande ao Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, segundo a prefeitura, já reduz o tempo de viagem dos passageiros em até 50%. A extensão do BRT terá 59 km com 66 estações/terminais. Haverá ligação com a Transcarioca, em Curicica (Jacarepaguá), com a Transoeste (Recreio dos Bandeirantes) e com trens da Supervia, em Deodoro.
Situação
A Prefeitura já inaugurou 95% deste corredor expresso, com 59 km de extensão, beneficiando mais de 120 mil pessoas. A última etapa do projeto, que faz parte do Plano de Políticas Públicas, prevê a conclusão do trecho Alvorada-Shopping Città America e a conexão com o Jardim Oceânico para integração com a Linha 4 do metrô.
Com entrega prevista entre o primeiro e o segundo trimestre de 2016, na Matriz de Responsabilidades da Autoridade Pública Olímpica, o projeto está com índice de maturidade 4, equivalente a mais de 70% da obra pronta.
PORTO MARAVILHA
As obras foram iniciadas em junho de 2011, com o objetivo de recuperar a infraestrutura urbana da Região Portuária, uma área total de 5 milhões de m². Um dos marcos da revitalização, orçada em R$ 8,2 bilhões, foi a derrubada do Elevado da Perimetral, iniciada em novembro de 2013. São 70 km de urbanização de ruas e vias, além da construção de quatro túneis e a renovação de praças e sistemas de transporte. Na região, a cidade ganhará o Museu do Amanhã, que começou a ser erguido em 2012. Criação do espanhol Santiago Calatrava, o prédio é inspirado na natureza brasileira. No final de julho, o Porto Maravilha informou que o museu estava 98% pronto.
Situação
Com entrega prevista para 2º trimestre de 2016, na Matriz de Responsabilidades da Autoridade Pública Olímpica, o projeto está com índice de maturidade 4, equivalente a mais de 70% da obra pronta
AMPLIAÇÃO DO ELEVADO DO JOÁ
Com orçamento de R$ 457,95 milhões, a ampliação do Elevado do Joá vai servir para melhorar o acesso entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca. Estão sendo construídas duas novas pistas e dois novos túneis paralelos aos atuais, com 5 km de extensão. A obra, iniciada em abril de 2014 com dinheiro da prefeitura, vai aumentar em aproximadamente 35% a capacidade viária do elevado. Também haverá uma ciclovia no viaduto atual, com vista para a praia de São Conrado.
Situação
Com entrega prevista para 2º trimestre de 2016, na Matriz de Responsabilidades da Autoridade Pública Olímpica, o projeto está com índice de maturidade 4, equivalente a mais de 70% da obra pronta.
OBRAS CONTRA ENCHENTES
Cerca de R$ 590 milhões foram gastos pela prefeitura em obras contra enchentes, que ocorrem em duas fases. A primeira, iniciada em maio de 2012, é para construção de cinco reservatórios para retenção da água da chuva. O primeiro reservatório, na Praça da Bandeira, na Tijuca, Zona Norte, foi inaugurado em dezembro de 2013. Acima do reservatório subterrâneo, a comunidade ganhou uma praça com equipamentos para ginástica e áreas de lazer. O segundo reservatório, na rua Niterói, também na Tijuca, entrou em operação em outubro de 2015 e a praça será inaugurada em dezembro. A segunda etapa do projeto, iniciado em agosto de 2012, é o desvio do curso do Rio Joana. A execução do projeto é da prefeitura, com recursos dos governos municipal e federal.
Situação
Com entrega prevista para 2º trimestre de 2016 na Matriz de Responsabilidades da Autoridade Pública Olímpica, o projeto está com índice de maturidade 4,equivalente a mais de 70% da obra pronta.
BAÍA VIVA
A Baía de Guanabara é a principal preocupação da organização dos Jogos 2016. Na candidatura, em 2009, o Rio assumiu o compromisso de coletar e tratar 80% do esgoto despejado na Baía, mas as autoridades já assumiram que a meta era inviável e não será cumprida. Para as Olimpíadas, serão instaladas ecobarreiras e ecobarcos. As ecobarreiras são dispositivos flutuantes colocados nos rios e canais para controlar o lixo flutuante. Serão 17 ecobarreiras, mais resistentes do que as 11 que o governo já havia instalado em vários pontos e se romperam. Também serão contratadas 10 embarcações (ecobarcos) para coletar o lixo que interfere na navegação e na prática de esportes.
Situação
Com entrega prevista para 2º trimestre de 2016, na Matriz de Responsabilidades da Autoridade Pública Olímpica, o projeto está com índice de maturidade 4, equivalente a mais de 70% da obra pronta. O custo total é de R$ 43,23 milhões.
Alstom inaugura primeira linha de produção de VLTs na América Latina
A Alstom inaugurou uma nova linha de produção dedicada ao Citadis, seu modelo de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), em Taubaté, no interior de São Paulo. Essa nova linha de produção - na qual a Alstom investiu cerca de R$ 50 milhões – atenderá ao mercado brasileiro e, em um futuro próximo, à América Latina, onde os projetos de VLTs estão a todo vapor. Quando estiver em operação plena, a fábrica irá gerar cerca de 150 empregos diretos.
Os primeiros VLTs a serem produzidos em Taubaté são parte dos 32 trens modelo Citadis encomendados para a cidade do Rio de Janeiro, para o consórcio do VLT Carioca, em setembro de 2013. Esse contrato é parte do projeto Porto Maravilha, liderado pelo município, para modernizar a zona portuária do Rio. A expectativa é que os modais sejam entregues entre 2015 e meados de 2016, a tempo para os Jogos Olímpicos.
A nova fábrica possui cerca de 16 mil metros quadrados e é capaz de produzir de 7 a 8 trens por mês. A unidade preza por boas práticas ambientais e utilizará, por exemplo, água proveniente de chuva para os testes feitos com água nos trens.
A Alstom já vendeu 1.900 Citadis para 49 cidades ao redor do mundo. 1500 já estão em circulação e já transportaram mais de 6 bilhões de passageiros.
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