A produção brasileira de cimento, principal insumo na produção de concreto, continua crescente. A afirmativa está baseada nos números mais recentes divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Os dados preliminares de 2012 estão disponíveis no site da entidade e abrangem o período de janeiro a outubro e podem ser revistos. Considerando os valores atuais publicados e adotando uma média da produção dos dez primeiros meses do ano passado, pode-se estimar que teriam sido produzidas cerca de 68,8 milhões de toneladas de cimento. Com isso, o setor reforçaria a curva ascendente de incremento de produção nos últimos oito anos. A exceção fica por conta de 2009, quando houve uma ligeira queda em relação ao período anterior, na verdade uma redução que praticamente configura um empate.
Segundo o SNIC, foram produzidas 57,4 milhões de toneladas de cimento de janeiro a outubro do ano passado, com uma média mensal oscilando, grosso modo, de cinco a se
A produção brasileira de cimento, principal insumo na produção de concreto, continua crescente. A afirmativa está baseada nos números mais recentes divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Os dados preliminares de 2012 estão disponíveis no site da entidade e abrangem o período de janeiro a outubro e podem ser revistos. Considerando os valores atuais publicados e adotando uma média da produção dos dez primeiros meses do ano passado, pode-se estimar que teriam sido produzidas cerca de 68,8 milhões de toneladas de cimento. Com isso, o setor reforçaria a curva ascendente de incremento de produção nos últimos oito anos. A exceção fica por conta de 2009, quando houve uma ligeira queda em relação ao período anterior, na verdade uma redução que praticamente configura um empate.
Segundo o SNIC, foram produzidas 57,4 milhões de toneladas de cimento de janeiro a outubro do ano passado, com uma média mensal oscilando, grosso modo, de cinco a seis milhões. O incremento em 2012 chegaria a 7%, uma ligeira queda em relação a 2011 (8,4%, de acordo com os dados do SNIC, sujeitos a revisão). De 2005 a 2011, os dados do Sindicato apontam que a produção nacional teria aumentado em 65%, excluindo os valores de produção do cimento branco. Se o valor de 68,8 milhões de toneladas para o ano passado for confirmado, o aumento chegaria a quase 78%.
Os indicadores de janeiro a outubro de 2012 mostram ainda a produção concentrada no Sudeste, que concentra 49% do volume. Minas Gerais, sozinho, responde por 22,5%. Aliás, a indústria mineira equivale a toda produção dos nove estados do Nordeste. São Paulo é o segundo maior produtor, com 27,8% do volume dos dez primeiros meses. De forma geral, o cenário observado em 2012 foi bastante similar ao de 2011: o Sudeste fabrica metade do cimento do Brasil e Minas Gerais responde por 50% da produção dessa região. A estatística oficial do SNIC para o ano passado confirma ainda o Nordeste como importante região produtora, com um volume de 11,3 milhões de toneladas, destacando-se Sergipe (2,5 milhões ou quase um quarto do total). Os estados do Norte, Sul e Centro-Oeste, juntos, somaram aproximadamente 18 milhões de toneladas ou 31,% da produção nacional.
O SNIC também divulga os dados de cada grupo fabricante. Os números publicados, no entanto, se referem a 2011. Na região Sudeste, a Votorantim teria produzido 8,4 milhões dos 32 milhões de toneladas. A corporação produziu 23,4 milhões de toneladas, respondendo por 36% do volume total brasileiro naquele ano. Com isso, a Votorantim teria tido um aumento de 14,5% em relação a 2010.
O grupo João Santos, com 6,8 milhões de toneladas, aparece como segundo maior produtor, seguido da Cimpor, que registrou 5,5 milhões de toneladas produzidas em 2011, estatística mais recente do setor. Além desses três grupos, o relatório do SNIC cita cinco outras corporações: Intercement, Holcim, Ciplan, Itambé e Lafarge.
É interessante notar que na região Sudeste, a produção de outras empresas que não integram os oito grupos citados nominalmente, chegou a 7,1 milhões de toneladas. Com isso, um universo mais pulverizado teria respondido por cerca de 11% do volume nacional de cimento de 2011. O SNIC também apontou uma redução na importação de cimento no ano passado. Em 2011, foram trazidas 1,1 milhão de toneladas contra as 826 mil registradas em 2012. A mobilidade também acontece dentro do país: parte da produção nas regiões Centro-Oeste e Sudeste foi direcionada para outros locais.
Como era de se esperar, o estado de São Paulo apresentou liderança de destaque com consumo de cimento nos últimos dois anos: uma média de 22% no biênio 2011-12 (considerando os dez meses no caso do ano passado). O principal mercado consumidor de cimento continua sendo o segmento de revenda, com 50,6% da demanda, abastecendo a rede de lojas de materiais de construção e outros distribuidores similares.
Os consumidores industriais responderam por 29,7% do total, sendo que as concreteiras continuam tendo um peso considerável, consumindo 64% do cimento absorvido pela indústria. Outros subsegmentos com menor demanda, caso dos pré-moldados, fibrocimentos, artefatos e argamassas, completam o rol de consumidores industriais, mas em grau menor. A indústria de pré-moldados, por exemplo, consumiu 7,5% do volume destinado ao segmento. As construtoras e empreiteiras fazem parte do grupo dos consumidores finais na terminologia do SNIC e responderam por 13% da demanda do cimento no Brasil. Para fins de ajustes, é importante ressaltar ainda que o cimento despachado por misturadores e fábricas integradas não associadas equivale a 5,5% do total consumido de janeiro a outubro de 2012.
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