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Revista GC - Ed.88 - Abril 2018
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Logística e Agronegócio

Ferrogrão para aliviar a BR-163

O corredor de exportação que liga a região produtiva de Mato Grosso aos portos do Arco Norte pode ganhar um grande reforço nos próximos anos. Está no papel o projeto para a construção de uma ferrovia paralela à BR-163, a Ferrogrão. A linha, que está em estudos, deverá ter 1.142 quilômetros de extensão, ligando Lucas do Rio Verde (MT) a Itaituba (PA). Estão previstos investimentos de R$ 12,6 bilhões, que incluem desde a desapropriação de áreas, passando pelas compensações ambientais, até o assentamento dos trilhos e a operação dos trens no transporte de cargas.

Um grupo de empresas tem interesse em construir e operar a ferrovia. Ele  reúne as maiores tradings de grãos do Brasil, como a Cargill, Bunge, ADM e AMaggi se consorciaram à Estação da Luz Participações (EDLP), empresa que estrutura projetos de logística. Cada um tem 16,6% de participação.

O que se espera da ferrovia é que ela aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro, reduzindo os impactos ambientais. Estudos feitos em 2015 pelo consórcio apontavam que, s


O corredor de exportação que liga a região produtiva de Mato Grosso aos portos do Arco Norte pode ganhar um grande reforço nos próximos anos. Está no papel o projeto para a construção de uma ferrovia paralela à BR-163, a Ferrogrão. A linha, que está em estudos, deverá ter 1.142 quilômetros de extensão, ligando Lucas do Rio Verde (MT) a Itaituba (PA). Estão previstos investimentos de R$ 12,6 bilhões, que incluem desde a desapropriação de áreas, passando pelas compensações ambientais, até o assentamento dos trilhos e a operação dos trens no transporte de cargas.

Um grupo de empresas tem interesse em construir e operar a ferrovia. Ele  reúne as maiores tradings de grãos do Brasil, como a Cargill, Bunge, ADM e AMaggi se consorciaram à Estação da Luz Participações (EDLP), empresa que estrutura projetos de logística. Cada um tem 16,6% de participação.

O que se espera da ferrovia é que ela aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro, reduzindo os impactos ambientais. Estudos feitos em 2015 pelo consórcio apontavam que, se em 2020 a ferrovia estivesse em operação, 87% da produção de Mato Grosso seria escoada por trem. Só pela Ferrogrão, seriam transportados cerca de 20 milhões de toneladas de grãos. O Ministério dos Transportes estima que, em 2050, o volume transportado pela estrada de ferro rumo a Miritituba seja superior a 42 milhões de toneladas.

Os estudos sobre a obra estão em fase final de ajuste pelo governo. Antes da publicação do edital, o projeto será submetido a consultas públicas e  passará pela avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). O leilão de concessão – válida por 65 anos – está previsto para o segundo semestre de 2018.

Caso vença o leilão, o consórcio formado pelas tradings de grãos e pela EDLP planeja construir a Ferrogrão em cinco anos. O investimento seria 30% de capital próprio e os outros 70% financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Inicialmente, seria construído o trecho entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), com 933 quilômetros (veja no quadro abaixo). A extensão até Lucas do Rio Verde dependeria da chegada de outros ramais ao município, diz Guilherme. “A Ferrogrão vai ter os trens dela, transportar para os sócios e outros clientes. Não será um departamento dessas empresas, mas um negócio em que elas são sócias”, explica.

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