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Revista GC - Ed.41 - Setembro 2013
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Concreto Hoje

Concreteiras ampliam participação no cenário da construção civil

Apesar do índice de 4% previsto para a construção civil em 2013, a indústria do concreto mantém um crescimento firme. O cenário foi particularmente bom para as concreteiras, responsáveis pela produção do material em nível industrial. Dados da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) apontam que o consumo de cimento no Brasil avançou em mais de 80% no período de 2005 a 2012. O incremento ocorreu, principalmente, devido à produção nas centrais de concreto, cujos índices teriam chegado a 180% no mesmo período. Estima-se que somente no ano passado, a produção desse setor tenha sido de 51 milhões  de m³. "Considerando a projeção do PIB brasileiro atual e do PIB da construção, estimamos que para 2017 o volume nas centrais atinja 72,3 milhões de m³, representando um crescimento de 41,2% no período de cinco anos", avalia Valter Frigieri, diretor de Mercado da ABCP.

Segundo ele, o que puxa o aumento é a preferência crescente das construtoras pelo concreto fornecido das concreteiras, substituindo as centrais próprias no canteiro pelo produto entregue via caminhões betoneira. Comprovando


Apesar do índice de 4% previsto para a construção civil em 2013, a indústria do concreto mantém um crescimento firme. O cenário foi particularmente bom para as concreteiras, responsáveis pela produção do material em nível industrial. Dados da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) apontam que o consumo de cimento no Brasil avançou em mais de 80% no período de 2005 a 2012. O incremento ocorreu, principalmente, devido à produção nas centrais de concreto, cujos índices teriam chegado a 180% no mesmo período. Estima-se que somente no ano passado, a produção desse setor tenha sido de 51 milhões  de m³. "Considerando a projeção do PIB brasileiro atual e do PIB da construção, estimamos que para 2017 o volume nas centrais atinja 72,3 milhões de m³, representando um crescimento de 41,2% no período de cinco anos", avalia Valter Frigieri, diretor de Mercado da ABCP.

Segundo ele, o que puxa o aumento é a preferência crescente das construtoras pelo concreto fornecido das concreteiras, substituindo as centrais próprias no canteiro pelo produto entregue via caminhões betoneira. Comprovando a afirmação, a pesquisa elaborada pela ABCP aponta que entre 2006 e 2011 a demanda por concreto fornecido pelas concreteiras cresceu 136% no período. Adicionalmente, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), o aumento da participação das concreteiras no consumo de cimento passou de 13,1%, em 2006, para 20,7%, em 2012.

Embora a construção civil brasileira tenha avançado na aquisição de concreto direto das concreteiras, os índices locais ainda não estão próximos do que se pratica em países desenvolvidos. “No mercado norte-americano, por exemplo, foi constatado que cerca de 70% do cimento vendido no começo desse ano acontece via concreteiras”, afirma Frigieri. Mesmo em países emergentes como a China, cerca de 40% do cimento consumido tem sido destinado às concreteiras, reforçando o papel do setor. Em resumo: a utilização de cimento dosado cresce nas centrais, mas o Brasil ainda permanece distante da evolução observada em países mais desenvolvidos.

O papel dos projetos de infraestrutura e edificação é claro no incremento do consumo de concreto via concreteiras. Eles têm sido responsáveis por parte do aumento de produção, mas foi a necessidade por soluções logísticas e ambientais que levaram as construtoras a adotar novos padrões de produção e utilização. Um deles é a adoção do sistema construtivo de paredes de concreto nas edificações. Números da ABCP mostram tal solução como a que mais ganhou espaço, posicionando-se agora com 20% de participação entre as opções de sistemas construtivos usando o concreto.

Impulsionado por programas como o Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, o sistema se mostrou o mais eficiente entre os 59 protótipos construídos no país. Com isso, provou ser o mais econômico e com maior apelo social nas obras de casas populares de 42 m² de área. “Antes, era comum a construção bloco por bloco nas edificações. Hoje utilizamos paredes de concreto, o que impacta diretamente no mercado da mistura dosada em central”, avalia Arlindo Vaquero Y Mayor, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc).

Quem consome o concreto?

Além de mapear a produção do concreto, o levantamento da ABCP também mostra onde está o consumo do produto. De acordo com a entidade, três canais respondem pela demanda no Brasil. O primeiro é formado pelas construtoras de edificações, que preferem o consumo dosado em centrais. Em segundo aparecem as obras de infraestrutura que, apesar de serem grandes consumidoras de concreto, são parte importante na montagem de centrais no próprio canteiro. Por último, o nicho das autoconstruções fecha o ciclo. Nesse caso, opta-se também pela compra do material via concreteiras em função, principalmente, da presença em áreas urbanas. "É um mercado que possui possibilidades altíssimas de expansão", complementa Eliana Taniguti, diretora geral da E8 Inteligência, parceira da ABCP em pesquisas de mercado.

A especialista acredita que as obras urbanas serão o nicho que mais aumentará o consumo de concreto nos próximos anos, principalmente em razão do crescimento de investimentos no segmento e da necessidade de melhorias. Dados da ABCP mostram que somente entre 2010 e 2011, o consumo das obras urbanas do total de concreto produzido no país praticamente dobrou para 12%. O PIB da construção no Brasil no mesmo período apresentou queda de 8%, conforme mostrado na tabela. Ou seja, o segmento de obras urbanas cresce acima da freada da construção civil no país.

ABCP lança primeira pesquisa completa do setor de concreto

Lançada em agosto de 2013, a primeira Pesquisa sobre o Panorama e Tendências Técnico-mercadológicas do Setor de Concreto foi apresentada pela ABCP em parceria com a E8 Inteligência e a UBM Brazil. A pesquisa é a primeira do segmento no Brasil e contemplou mais de 300 entrevistas com profissionais de toda a cadeia, desde referências do setor até concreteiras, construtoras, bem como laboratórios e projetistas de concreto.

Segundo Renato José Giusti, presidente da ABCP, o setor é muito carente de informações e, por conta disso, a pesquisa propôs estruturar um mapa completo envolvendo os especificadores, fornecedores de equipamentos e insumos, bem como os produtores e sistemas construtivos empregados no concreto. "O cimento depende de toda essa cadeia para servir seu propósito, gerando enormes impactos e responsabilidades sociais, econômicas e ambientais. Considerar essa dimensão foi fundamental para iniciarmos esse projeto", ressalta o executivo.

 

 

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