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Revista GC - Ed.59 - Maio 2015
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Concreto Hoje

Areia artificial pode ser solução para o mercado de concreto

É possível tornar a areia artificial equivalente à natural, com o uso de equipamentos especiais, como os britadores de última geração

A areia natural é a fonte de suprimentos de  mais de 80% das necessidades dessa matéria-prima na área de construção. Mas a escassez de reservas de areia natural, em alguns mercados, faz da areia artificial uma alternativa

A areia é um dos principais componentes do concreto e atualmente o de extração mais complexa, em função das restrições ambientais. Cada vez mais os portos de areia se distanciam dos centros urbanos e o transporte acaba tendo o mesmo peso do custo de produção. Muitas normas ambientais impedem que mais areia possa ser retirada das fontes mais próximas, o que está abrindo espaço para a utilização da areia artificial, também conhecida como areia de brita ou manufaturada, obtida a partir da britagem de rochas, como calcários, granitos e basaltos.

Em entrevista exclusiva a essa coluna, Fernando Valverde, presidente executivo da Associação Nacional das Entidades Produtoras de Agregados para a Construção Civil (Anepac), destaca as vantagens do produto, incluindo a homogeneidade e a compacidade, além da falta de impurezas. Quanto à sustentabilidade dos dois tipos de areia – natural e de brita - Valverde avalia que “ambas são ambientalmente sustentáveis e fundamentais para a indústria da construção”. Ele afirma que a areia natural é indispensável, porque é a fonte de suprimentos de mais de 80% das necessidades dessa matéria-prima na área de construção. “Porém, em alguns mercados, devido à escassez de reservas de areia natural, o suprimento via areia de brita torna-se uma alternativa”, diz.

Valverde também destaca outras características da areia artificial, incluindo o material pulverulento – pequenas partículas bem finas, que se assemelham ao pó – que ela carrega. Se por um lado ele pode ser bem útil, preenchendo corretamente os espaços vazios do concreto, também é necessário utilizar mais água para a massa ser trabalhável, caso a quantidade de material pulverulento seja alta. “Normalmente é aconselhada a eliminação ou redução desse tipo de material para que os produtos sejam tecnicamente eficazes”, explica o executivo da Anepac.

Já quando se fala em qualidade, as duas mostram o mesmo desempenho, na avaliação dele. Valverde comenta que é possível tornar a areia artificial


A areia natural é a fonte de suprimentos de  mais de 80% das necessidades dessa matéria-prima na área de construção. Mas a escassez de reservas de areia natural, em alguns mercados, faz da areia artificial uma alternativa

A areia é um dos principais componentes do concreto e atualmente o de extração mais complexa, em função das restrições ambientais. Cada vez mais os portos de areia se distanciam dos centros urbanos e o transporte acaba tendo o mesmo peso do custo de produção. Muitas normas ambientais impedem que mais areia possa ser retirada das fontes mais próximas, o que está abrindo espaço para a utilização da areia artificial, também conhecida como areia de brita ou manufaturada, obtida a partir da britagem de rochas, como calcários, granitos e basaltos.

Em entrevista exclusiva a essa coluna, Fernando Valverde, presidente executivo da Associação Nacional das Entidades Produtoras de Agregados para a Construção Civil (Anepac), destaca as vantagens do produto, incluindo a homogeneidade e a compacidade, além da falta de impurezas. Quanto à sustentabilidade dos dois tipos de areia – natural e de brita - Valverde avalia que “ambas são ambientalmente sustentáveis e fundamentais para a indústria da construção”. Ele afirma que a areia natural é indispensável, porque é a fonte de suprimentos de mais de 80% das necessidades dessa matéria-prima na área de construção. “Porém, em alguns mercados, devido à escassez de reservas de areia natural, o suprimento via areia de brita torna-se uma alternativa”, diz.

Valverde também destaca outras características da areia artificial, incluindo o material pulverulento – pequenas partículas bem finas, que se assemelham ao pó – que ela carrega. Se por um lado ele pode ser bem útil, preenchendo corretamente os espaços vazios do concreto, também é necessário utilizar mais água para a massa ser trabalhável, caso a quantidade de material pulverulento seja alta. “Normalmente é aconselhada a eliminação ou redução desse tipo de material para que os produtos sejam tecnicamente eficazes”, explica o executivo da Anepac.

Já quando se fala em qualidade, as duas mostram o mesmo desempenho, na avaliação dele. Valverde comenta que é possível tornar a areia artificial equivalente à natural. “O uso de equipamentos especiais, como os britadores VSI, aprimora a qualidade da areia de brita promovendo melhorias na cubicidade do material”.

Um bom exemplo de uso da areia artificial é encontrado no modelo de negócio da mineradora Incopel, localizada na cidade de Estância Velha, Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). Por causa das limitações de extração da areia natural e do custo do transporte, a solução foi a produção de areia artificial de uma jazida de basalto localizada entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha. Jorge Felippe Gewehr, diretor da Incopel, em material divulgado pela fabricante de equipamento Metso, explica que a companhia forneceu areia britada para uma construtora gaúcha, responsável pela pavimentação de uma rodovia com 60 km de extensão.

As regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, a cerca de 100 km distantes dos portos de areia natural, usam o produto artificial

Nesse caso específico, a construtora usou cerca de 20% de areia artificial na produção de um microasfalto na estrada, como camada superior do pavimento. A iniciativa mostrou que pode ser comum o uso mesclado entre os tipos de matéria-prima, pois é uma forma de compensar o preço da areia natural sem abrir mão totalmente dela.

Gewehr também ressalta que um de seus clientes mais ativos é uma concreteira que retira quatro caminhões de areia britada por dia, para a produção de tubos de concreto e blocos intertravados usados na instalação de pisos. “Ela reclamava da inconsistência da areia natural, o que levava à produção de um concreto muito variável em termos de resistência”, informa o diretor da Incopel. Após adotar essa solução, o cliente elogiou a granulometria consistente e a cubicidade, fatores que aumentam a resistência do concreto.

Quem também corrobora o uso da areia artificial é o informativo Massa Cinzenta, da Cimento Itambé. De acordo com a publicação, as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro estão a cerca de 100 km distantes dos portos de areia natural. Dada a importância da areia e seu custo para a obra, o uso da areia artificial é uma solução viável para esse problema. Valverde, da Anepac, lembra, no entanto, que o mercado de areia britada é relativamente limitado, dependendo do interesse de cada mercado. “Tem apelo comercial com algumas empresas de segmentos específicos que utilizam o produto”, finaliza.

 

 

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