Mineração
Valor
27/09/2013 13h29
A companhia decidiu suspender temporariamente, a partir de novembro, as operações da unidade de Fortaleza de Minas (MG). Segundo a companhia, a decisão foi tomada por causa do "desequilíbrio entra a oferta e a demanda global pelo metal".
Em nota, a VM afirma que o desequilíbrio do mercado resultou em "uma significativa queda nos preços dos metais e no desequilíbrio econômico-financeiro da unidade". O preço atual do níquel está em torno de US$ 13,7 mil por tonelada, bem abaixo do pico de US$ 48,7 mil em 2007 e do preço que especialistas consideram atraente para novos projetos, de US$ 22 mil a US$ 25 mil por tonelada.
Em entrevista ao Valor, em março deste ano, o presidente da Votorantim Metais, Tito Martins, havia afirmado
...A companhia decidiu suspender temporariamente, a partir de novembro, as operações da unidade de Fortaleza de Minas (MG). Segundo a companhia, a decisão foi tomada por causa do "desequilíbrio entra a oferta e a demanda global pelo metal".
Em nota, a VM afirma que o desequilíbrio do mercado resultou em "uma significativa queda nos preços dos metais e no desequilíbrio econômico-financeiro da unidade". O preço atual do níquel está em torno de US$ 13,7 mil por tonelada, bem abaixo do pico de US$ 48,7 mil em 2007 e do preço que especialistas consideram atraente para novos projetos, de US$ 22 mil a US$ 25 mil por tonelada.
Em entrevista ao Valor, em março deste ano, o presidente da Votorantim Metais, Tito Martins, havia afirmado que o baixo preço do níquel preocupava a companhia. Ele citou o crescimento da produção de ferro-gusa de níquel - tem propriedades inferiores, mas é mais barato e pode substituir o níquel em diversas aplicações - como um dos fatores que pressiona a cotação do metal atualmente.
Em Fortaleza de Minas, onde opera desde 1997, a companhia produz anualmente 13 mil toneladas de mate de níquel, um produto intermediário entre o concentrado de níquel e o metal refinado. Toda a produção é destinada à exportação, segundo afirmou a companhia por meio de sua assessoria de imprensa. A VM tem outras duas unidades dedicadas ao metal, uma em Niquelândia (GO), onde extrai minério e produz carbonato de níquel, somando 20 mil toneladas ao ano; e outra em São Miguel Paulista (SP), onde fabrica 23 mil toneladas de níquel eletrolítico anualmente. Nas unidades paulista e goiana as atividades não serão interrompidas, afirma a companhia.
Apesar de a receita da companhia com as operações de níquel ser bastante significativa - de R$ 685 milhões no primeiro semestre deste ano e R$ 1,4 bilhão em 2012 -, a conta já fica negativa assim que descontadas as despesas operacionais. A divisão de níquel da companhia vem operando com prejuízo operacional desde o ano passado, quando teve prejuízo de R$ 452 milhões de janeiro a dezembro. Neste ano, o prejuízo foi de R$ 696 milhões até junho.
Em nota, a empresa disse que está analisando a possibilidade de transferir os 400 empregados de Fortaleza de Minas para outras unidades. Outra opção é o remanejamento para as demais empresas do grupo. Além da área de metais, a Votorantim Industrial - braço de negócios industriais do grupo da família Ermírio de Moraes - atua em cimentos, siderurgia e papel e celulose. Segundo a VM, uma consultoria de recolocação será contratada para mapear oportunidades de mercado da região e assessorar os empregados.
A VM informou, na quarta-feira, seu principal fornecedor de minério de níquel, a australiana Mirabela Mineração, com produção na Bahia, que deixará de comprar a partir de novembro. Do total do minério utilizado em Fortaleza de Minas, 20% vem da própria unidade, 15% de Niquelândia e 65% da Mirabela.
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