Absolar
07/10/2021 11h00 | Atualizada em 07/10/2021 12h23
Embora o Leilão de Energia Nova (LEN A-5), realizado no dia 30 pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), tenha aumentado a contratação das fontes renováveis mais baratas, o volume arrematado de fontes mais caras (biomassa) ainda foi maior no certame, o que traz um sinal de alerta para o Governo Federal e consumidores.
A análise é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo o presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia, os resultados do certame reforçam a competitividade da fonte solar fotovoltaica, bem como sinalizam um norte de planejamento com este aumento da participação
...Embora o Leilão de Energia Nova (LEN A-5), realizado no dia 30 pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), tenha aumentado a contratação das fontes renováveis mais baratas, o volume arrematado de fontes mais caras (biomassa) ainda foi maior no certame, o que traz um sinal de alerta para o Governo Federal e consumidores.
A análise é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo o presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia, os resultados do certame reforçam a competitividade da fonte solar fotovoltaica, bem como sinalizam um norte de planejamento com este aumento da participação nos montantes negociados pela fonte.
“Contudo, o volume contratado foi muito baixo em comparação ao número elevadíssimo de projetos participantes do leilão”, comenta.
“Isso ocasionou uma alta competição entre os empreendedores, produzindo preços-médios abaixo da referência para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, o que demonstra uma alta capacidade competitiva da fonte, mesmo em momentos de turbulência macroeconômica”, prossegue.
Segundo ele, o setor solar ofertou mais de 800 projetos, porém o volume reduzido contratado da fonte frente à oferta desapontou o mercado e os investidores.
“Perde-se a oportunidade de dar um final claro à sociedade de expansão das renováveis, especialmente da fotovoltaica, uma das mais competitivas do país”, acrescenta Sauaia.
Com deságio de 12,63% em relação ao preço inicial de R$ 191,00/MWh, a fonte solar atingiu preço médio de venda de energia elétrica de R$ 166,89/MWh (equivalente a US$ 30,90/MWh).
Os preços médios da fonte eólica foram de R$ 160,36/MWh, enquanto biomassa chegou a R$ 271,26/MWh e resíduos sólidos a R$ 549,35/MWh.
Os projetos solares fotovoltaicos contratados pelo LEN A-5 estão localizados nos estados do Ceará (96,24 MW), Piauí (60 MW) e São Paulo (80,16 MW).
Foram arrematadas 20 novas usinas da fonte, totalizando 236,40 MW de potência e novos investimentos privados de mais de R$ 901 milhões até 2026.
Em média 47% da energia elétrica das usinas serão destinados aos consumidores cativos das distribuidoras no ambiente de contratação regulada (ACR). O restante da energia será comercializado no ambiente de contratação livre (ACL).
“A escassez hídrica reforça ainda mais o papel estratégico da energia solar como parte da solução para diversificar e fortalecer o suprimento de eletricidade do país, fundamental para a retomada do crescimento econômico nacional”, complementa Anderson Garofalo Concon, vice-presidente de geração centralizada da Absolar.
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