Assessoria de Imprensa
11/05/2022 15h14 | Atualizada em 12/05/2022 13h30
As vendas da indústria do cimento no mês de abril seguiram a tendência de retração do primeiro trimestre de 2022 e registraram queda de 2,9% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Em termos nominais foram comercializadas 5,2 milhões de toneladas, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
O ambiente de instabilidade geopolítica, somado aos indicadores internos desfavoráveis como o recorde no endividamento das famílias, juros em patamares elevados (12,75%) e a maior inflação registrada em 27 anos continuam a impactar o setor. No cenário externo, a produção industrial global caiu e
...As vendas da indústria do cimento no mês de abril seguiram a tendência de retração do primeiro trimestre de 2022 e registraram queda de 2,9% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Em termos nominais foram comercializadas 5,2 milhões de toneladas, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
O ambiente de instabilidade geopolítica, somado aos indicadores internos desfavoráveis como o recorde no endividamento das famílias, juros em patamares elevados (12,75%) e a maior inflação registrada em 27 anos continuam a impactar o setor. No cenário externo, a produção industrial global caiu em abril pela primeira vez desde junho de 2020, influenciada principalmente pela guerra da Rússia x Ucrânia e o lockdown chinês, afetando negativamente a economia brasileira.
Diante desse cenário, a indústria cimenteira verifica ainda importantes reajustes em seus insumos, tais como: refratários, gesso, sacaria, frete marítimo e rodoviário e coque de petróleo, que encarecem os custos de produção.
Todos esses fatores foram determinantes para que as vendas de cimento apresentassem retração de 2,6% no quadrimestre em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 20 milhões de toneladas comercializadas.
O volume de vendas de cimento por dia útil apresentou alta de 3,8%, em relação ao mês de março influenciado pelos feriados de abril. No acumulado do ano (jan-abril), seguindo a tendência dos números absolutos, o desempenho é de queda de 2,7%.
Apesar da mencionada conjuntura econômica desfavorável, os índices de confiança caminham em direções opostas. O índice de confiança do consumidor avançou em abril e atingiu o maior nível desde agosto de 2021 devido ao arrefecimento da pandemia, a liberação do FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS e melhoria no acesso ao crédito imobiliário pela Caixa, principalmente.
Houve uma diminuição do pessimismo com relação ao mercado de trabalho, ainda que a estabilização do nível do desemprego esteja em 11%, segundo IBGE. A ampliação da redução do IPI em 35% também sinaliza otimismo, pois significa preços mais baixos para a população, fazendo aumentar o poder de compra.
O índice de confiança da construção avançou em abril para o maior nível desde janeiro de 2014.
As expectativas dos empresários da construção melhoraram, porém desde setembro essa percepção oscila entre altos e baixos com dificuldades no desenvolvimento do programa Casa Verde Amarela e evolução no mercado imobiliário de maior poder aquisitivo.
Apesar da alta no número de lançamentos, o volume de unidades vendidas influenciada principalmente pelo aumento dos juros registra queda. Esse movimento faz com que o estoque de imóveis cresça, indicando uma tendência para o futuro de redução de novos empreendimentos, gerando insegurança para a indústria do cimento.
Em um ano com tantas incertezas no cenário político e econômico, nacional e internacional, a indústria do cimento segue cautelosa.
Com o encaminhamento do fim da pandemia, o nível do desemprego estabilizou em um patamar ainda alto, a inflação permanece acima de dois dígitos, há perspectivas de novos aumentos da taxa de juros e as expectativas são de uma continuidade nos incrementos dos custos de produção, principalmente em razão da imprevisibilidade do fim do conflito entre Rússia e Ucrânia.
“Os resultados sinalizam um horizonte ainda incerto, diante de um cenário de instabilidade geopolítica e de sucessivas altas na inflação, taxa de juros e nos custos dos insumos de produção. E nesse sentido, a indústria do cimento vem trabalhando fortemente em projetos de substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis, já atingindo 28% de taxa de conversão energética”, Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC
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