Assessoria de Imprensa
10/01/2024 08h15 | Atualizada em 10/01/2024 12h11
As vendas de cimento em dezembro somaram 4,5 milhões de toneladas, um crescimento de 0,3% em relação ao mesmo mês de 2022, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Com esse resultado, o setor termina o ano de 2023, com um total de 62 milhões de toneladas de cimento vendidas, uma retração de 1,7%, ou seja, 1,1 milhão de toneladas a menos sobre o ano anterior.
É a segunda queda anual registrada após recuo de 2,8% em 2022. Até então, no triênio 2019-2021, mesmo com a pandemia, o setor registrava crescimentos de 3,8% em 2019, 10,8% em 2020 e 6,8% em 2021, tendo recuperado 12 milhões de toneladas
...As vendas de cimento em dezembro somaram 4,5 milhões de toneladas, um crescimento de 0,3% em relação ao mesmo mês de 2022, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Com esse resultado, o setor termina o ano de 2023, com um total de 62 milhões de toneladas de cimento vendidas, uma retração de 1,7%, ou seja, 1,1 milhão de toneladas a menos sobre o ano anterior.
É a segunda queda anual registrada após recuo de 2,8% em 2022. Até então, no triênio 2019-2021, mesmo com a pandemia, o setor registrava crescimentos de 3,8% em 2019, 10,8% em 2020 e 6,8% em 2021, tendo recuperado 12 milhões de toneladas das 19 milhões perdidas no período 2015-2018.
A taxa de juros se manteve elevada durante todo o ano de 2023, começando com 13,75% e fechando com 11,75%. Mesmo após o ciclo de queda iniciado em agosto, o mercado ainda não sentiu os efeitos da política do Banco Central.
A alta taxa de juros tem reflexo no preço final do financiamento imobiliário, incentiva uma migração para investimentos em produtos financeiros e tem forte impacto nos custos de produção.
Nesse sentido o setor imobiliário – atualmente o principal indutor do consumo de cimento – apresentou queda significativa no número de lançamentos, contribuindo negativamente para o ano 2023.
Dados até setembro apontam uma redução de 16% de novos empreendimentos e um crescimento de 6,5% nas vendas de imóveis, este movimento reduz o estoque de obras e consequentemente a demanda por cimento. O número de unidades imobiliárias financiadas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) caiu 39% no acumulado até outubro.
Em fevereiro, o governo retomou o Minha Casa Minha Vida (MCMV), entretanto, sua regulamentação só aconteceu em junho, fazendo com que o desempenho do programa só começasse a ser percebido no segundo semestre. A participação do MCMV nos lançamentos até junho era de aproximadamente 30% e no terceiro trimestre aumentou para 46%.
Apesar da recuperação do mercado de trabalho e a redução do desemprego, o rendimento da população não se comportou da mesma forma, os salários ainda estão no nível pré-pandemia, ou seja, em três anos não houve ganho real. Esse movimento reduziu o poder de compra da população e o resultado pode ser visto no alto endividamento das famílias, que atingiu 47,7% em setembro e na inadimplência recorde em 2023. O pico foi atingido em outubro, com 71,95 milhões de indivíduos inadimplentes.
As condições climáticas extremas enfrentadas ao longo do ano, com temperaturas e chuvas acima da média e seca em algumas regiões do país, refletiram na comercialização do cimento e comprometeram os cronogramas das obras.
Os baixos investimentos em infraestrutura também impactaram a venda do produto. Em 2023 o governo relançou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com previsão de desembolso de R$1,4 trilhão entre 2023 e 2026. Até o momento o programa não tomou a velocidade necessária e já sofreu cortes para o orçamento de 2024.
Para reverter esse cenário é imprescindível ampliar os investimentos na construção civil e incluir o pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas e rodovias, por ser um método construtivo de maior durabilidade, mais econômico, ter mais conforto e segurança para os usuários e ainda exercer menor impacto ambiental.
Em apoio à agenda climática, a indústria do cimento tem promovido esforços significativos para reduzir o impacto gerado ao meio ambiente, com ações que levaram o Brasil a se tornar uma das referências mundiais entre os países com a menor emissão de CO2 por tonelada de cimento produzida no mundo.
O coprocessamento, atividade responsável pela transição energética substituindo o combustível fóssil por resíduo industrial, comercial, doméstico e biomassas, alcançou 30% de participação na matriz energética do setor, antecipando a meta prevista para 2025.
A atividade, inserida na economia circular, atingiu sua melhor marca em 2022 desde o início das medições. Foram 3,035 milhões de toneladas de resíduos processados, sendo 2,856 milhões de toneladas de combustíveis alternativos e 179 mil toneladas de matérias-primas substitutas. Ao todo, a troca de combustíveis fósseis por alternativos contribuiu para que fossem evitadas cerca de 2,9 milhões de toneladas de CO2 no ano.
O desempenho da indústria do cimento vem em linha com as projeções do SNIC, que apontava a baixa performance dos setores habitacional, saneamento e logística, as altas taxas de juros e o elevado endividamento das famílias. As condições climáticas extremas com temperaturas e chuvas acima da média e seca em algumas regiões brasileiras impactaram diretamente as vendas do produto. Vale destacar os avanços ambientais da indústria brasileira do cimento como referência mundial com menores emissões de CO2 e seu projeto de neutralidade de carbono em franco desenvolvimento”, afirma Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
22 de novembro 2024
21 de novembro 2024
21 de novembro 2024
21 de novembro 2024
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade