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Vendas de cimento desaceleram no primeiro semestre

O mês de junho atingiu 5,3 milhões de toneladas de vendas, registrando um ganho de 1,3% se comparadas ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC)

Assessoria de Imprensa

11/07/2023 10h04 | Atualizada em 12/07/2023 14h07


Após um primeiro semestre instável para a economia brasileira marcado por juros elevados, alto endividamento e inadimplência das famílias, as vendas de cimento acumularam queda de 1,8% em relação ao mesmo período de 2022 com a comercialização de 30,3 milhões de toneladas nos seis primeiros meses do ano.

O mês de junho atingiu 5,3 milhões de toneladas de vendas, registrando um ganho de 1,3% se comparadas ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Ao se analisar o despacho de cimento por dia útil em junho de 228,4 mil toneladas, há um aumento de 1,4% sobre junho do ano

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Após um primeiro semestre instável para a economia brasileira marcado por juros elevados, alto endividamento e inadimplência das famílias, as vendas de cimento acumularam queda de 1,8% em relação ao mesmo período de 2022 com a comercialização de 30,3 milhões de toneladas nos seis primeiros meses do ano.

O mês de junho atingiu 5,3 milhões de toneladas de vendas, registrando um ganho de 1,3% se comparadas ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Ao se analisar o despacho de cimento por dia útil em junho de 228,4 mil toneladas, há um aumento de 1,4% sobre junho do ano passado e de queda de 1,6% em relação ao primeiro semestre de 2022.

Os principais indutores do consumo de cimento, construção imobiliária e infraestrutura, desaceleraram no período em virtude da dificuldade no acesso ao crédito, em meio a taxa de juros elevada, redução de lançamentos, operações de financiamento imobiliário e renda no nível do período anterior a pandemia.

Dentre os setores da economia pesquisados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) – indústria, serviço, comércio e construção – a confiança desta última foi a única que apresentou queda em junho, devido a percepção de uma fraca demanda nos próximos meses.

Porém, esse viés pessimista não se estendeu em todas as áreas da construção, influenciadas pelas novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) anunciadas pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS), que aumentam o subsídio para unidades habitacionais, o valor do imóvel financiado e redução da taxa de juros para famílias de baixa renda impulsionando a construção residencial.

Houve, também, uma melhora na confiança da indústria e do consumidor que avançou em junho, atingindo o maior nível desde fevereiro de 2019. Os resultados foram motivados pelo alívio da inflação e a expectativa de queda dos juros.

No entanto, ainda é cedo para confirmar um otimismo devido a situação de alto endividamento das famílias, baixo nível dos estoques de obras e a fraca demanda.
A taxa de juros continua dificultando o acesso ao crédito, sendo responsável ainda pela diminuição nas vendas de unidades imobiliárias, o que compromete ainda mais o desempenho da indústria do cimento.

Com tantas incertezas, o setor segue atento à possível redução da Selic a partir de agosto, a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária – imprescindível para equalizar a carga tributária e promover a reindustrialização tão necessária para o crescimento do país.

“A economia do Brasil começa a apresentar sinais de recuperação com a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), controle da inflação e melhora dos indicadores do mercado de trabalho. Ainda assim, a indústria brasileira do cimento segue cautelosa na sua avaliação de desempenho, apontando para uma estabilidade de vendas em 2023 com relação ao ano anterior”, conclui Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.

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