NT Expo
19/07/2022 08h35 | Atualizada em 20/07/2022 16h57
Com o avanço da agenda ESG, o uso de trens tende a aumentar, tendo em vista que o transporte ferroviário demanda menos energia e emissões de CO2 no ambiente.
Com isso, a expectativa é de que a locomoção de cargas e passageiros mais que dobrará até 2050. Em meio a esse cenário, os trens estão ganhando relevância, principalmente com o surgimento das chamadas Ferrovias 4.0.
E são as novas tecnologias, como a IoT e o Big Data, que podem tornar o modal ainda mais eficiente e interessante.
Para Alessander Boslooper, CEO do Grupo Boslooper, empresa que já executou projetos de ferrovias e instalação de
...Com o avanço da agenda ESG, o uso de trens tende a aumentar, tendo em vista que o transporte ferroviário demanda menos energia e emissões de CO2 no ambiente.
Com isso, a expectativa é de que a locomoção de cargas e passageiros mais que dobrará até 2050. Em meio a esse cenário, os trens estão ganhando relevância, principalmente com o surgimento das chamadas Ferrovias 4.0.
E são as novas tecnologias, como a IoT e o Big Data, que podem tornar o modal ainda mais eficiente e interessante.
Para Alessander Boslooper, CEO do Grupo Boslooper, empresa que já executou projetos de ferrovias e instalação de tecnologia embarcada em locomotivas, a IoT (ou internet das coisas) faz parte da revolução tecnológica que está modificando o transporte ferroviário no mundo.
O monitoramento de dados, por meio das ferramentas de Big Data, também contribui para o avanço das Ferrovias 4.0.
“Alguns sistemas não tinham comunicação com nada, ou seja, não havia monitoramento supervisionado ou supervisão remota de equipamento em campo”, diz o empresário, que também faz parte do Comitê de Mobilidade da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC).
“Com a chegada da IoT, tornou-se possível colocar alguns sensores para medir a tensão de bateria, verificar se o painel solar está mandando corrente para a bateria e saber o status do equipamento, se está ligado ou não etc.”, ele prossegue. “Tudo instalado ao longo da linha.”
Ainda sobre os benefícios da IoT e do Big Data no setor ferroviário, Boslooper afirmou haver otimização do trabalho dos técnicos e, de quebra, economia financeira para as empresas administradoras.
“Antes, a estrutura de operação fazia com que os técnicos de campo tivessem que passar uma vez por mês em cada um dos equipamentos e sistemas para verificar se estavam funcionando ou não”, comenta.
“No caso, estamos falando de ativos de campo. A mesma coisa se emprega a locomotivas, que hoje têm diversos tipos de comunicação no meio da linha”, afirma.
“O conceito geral de aproveitamento da IoT e do Big Data, com um monte de ativos que está em campo, representa economia de combustível aliada a um trânsito mais rápido”, ressalta.
No que se refere aos desafios para a implementação das Ferrovias 4.0, Boslooper destaca que o Brasil está avançado neste processo, inclusive posicionando-se à frente de países mais desenvolvidos.
“Como já visitei ferrovias fora do Brasil, acho que estamos muito bem-posicionados em termos de tecnologia”, opina.
“O Trip Optimizer, da General Electric, por exemplo, é o maior projeto de tecnologia embarcada do mundo e foi feito no Brasil”, aponta o especialista.
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