Energia
Jornal do Commercio (RJ)
24/08/2012 08h51 | Atualizada em 24/08/2012 13h01
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, já definiu qual deve ser o assunto a ser discutido de forma prioritária pelo setor energético após a definição da renovação das concessões com vencimento a partir de 2015, o modelo dos reservatórios a serem implementados em novos projetos. "A questão para mim é de natureza estrutural. Precisamos analisar o equilíbrio entre a contratação de usinas a fio d água e a contratação de térmicas", afirmou o executivo.
O modelo em vigor no Brasil, no qual é evitado ao máximo a formação de grandes reservatórios a fim de reduzir o impacto ambiental de projetos hídricos, reduz a previsibilidade do sist
...O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, já definiu qual deve ser o assunto a ser discutido de forma prioritária pelo setor energético após a definição da renovação das concessões com vencimento a partir de 2015, o modelo dos reservatórios a serem implementados em novos projetos. "A questão para mim é de natureza estrutural. Precisamos analisar o equilíbrio entre a contratação de usinas a fio d água e a contratação de térmicas", afirmou o executivo.
O modelo em vigor no Brasil, no qual é evitado ao máximo a formação de grandes reservatórios a fim de reduzir o impacto ambiental de projetos hídricos, reduz a previsibilidade do sistema e resulta no acionamento de térmicas em determinadas situações. "Qual é o ponto melhor? Não fazemos mais reservatórios, uma fonte com perfil altamente renovável, e depois colocamos térmicas na operação?", ponderou o executivo durante a VIII Conferência de Centrais Hidrelétricas, realizada em São Paulo.
Dizendo-se "entusiasta" em trabalhar a partir de um "ponto de equilíbrio" entre o meio ambiente e o setor elétrico, Chipp destacou que a maior presença de projetos eólicos nos leilões de energia pode implicar em custo de operação e emissão de CO2 muito maiores. A razão está justamente na possibilidade de menor incidência de ventos e necessidade de colocação de usinas térmicas no sistema.
A posição do diretor-geral da ONS foi compartilhada pelo diretor de estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos de Miranda Farias. "Acredito que bons reservatórios devem ser implementados. Não devemos ser totalmente contra os reservatórios pois há a possibilidade de termos reservatórios de baixo impacto ambiental, que podem trazer mais benefícios do que custos", destacou o executivo, que defendeu a realização de estudos racionais, "sem paixão".
Farias defendeu também a possibilidade do Brasil contar com novos projetos a partir de fontes não renováveis. O novo plano decenal de expansão de energia (PDE) deve ser encaminhado ao Ministério de Minas e Energia nas próximas semanas, para posterior avaliação em consulta pública.
"A linha mestra do governo é manter a matriz renovável e expandir prioritariamente com recursos renováveis. Só que o Brasil não pode perder algumas oportunidades, como é o caso do gás natural", afirmou o diretor da EPE, em referência às potenciais reservas de hidrocarbonetos no pré-sal.
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