O Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresenta no 51º Congresso Brasileiro de Geologia (CBG) mais de 80 trabalhos sobre diversas temáticas, incluindo minerais estratégicos que contribuem para a utilização de alta tecnologia.

Com o tema “Geologia e Sociedade na era da Inteligência Artificial”, o evento acontece até hoje (17) no CenterMinas Expo, em Belo Horizonte (MG).

Na abertura, o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Valdir Silveira, pontuou que o CBG assume uma relevância ainda maior no contexto atual de mudanças climáticas e da urgência da transição energética para uma matriz de baixo carbono.

“A geologia tem um importante papel tanto para a compreensão dos impactos dessas mudanças no território quanto para fornecer as bases científicas para o uso responsável dos recursos naturais e o desenvolvimento de alternativas energéticas mais limpas”, ressaltou.

O SGB é uma das principais instituições participantes do evento, que divulga mais de 80 trabalhos de pesquisadores, analistas, residentes e estagiários, que abordam pesquisas nas mais diversas temáticas das ciências geológicas.

“A participação do SGB no congresso é essencial, pois a instituição fornece dados sobre minerais estratégicos, como lítio, níquel e cobalto, fundamentais para tecnologias de energia renovável, além de realizar estudos hídricos e de desastres naturais, importantes para a adaptação climática”, pontuou.

O diretor acrescentou que, no âmbito da transição energética, o SGB também apoia o governo e as indústrias no planejamento estratégico, equilibrando a demanda por recursos com a preservação ambiental.

Durante o evento, o destaque foi a apresentação do PlanGeo 2025-2034, que apresenta o planejamento decenal do SGB para o mapeamento geológico do Brasil.

“A contribuição do SGB reforça o compromisso do país com a pesquisa e a inovação, consolidando sua importância na construção de políticas públicas que integrem ciência geológica, sustentabilidade e adaptação climática", informou Silveira.

A presidente da Sociedade Brasileira de Geologia - Núcleo Minas Gerais, Joana Magalhães, comentou que o congresso é um dos maiores e mais abrangentes eventos de geociências da América do Sul.

“É bienal e ocorre de maneira ininterrupta desde a década de 1950, sendo um relevante espaço de difusão dos avanços das Ciências da Terra que tem como objetivo integrar a academia, empresas e profissionais em uma jornada de aprendizado e colaboração”, observou.

Ela também destacou que o evento constitui uma aproximação entre diferentes setores, caracterizando um importante hub geocientífico.

“O CBG proporciona um espaço plural e inclusivo para a apresentação de pesquisas e inovações na área de Geologia, evidenciando a relevância e o papel dela para o desenvolvimento sustentável do país”, comentou.

“É uma oportunidade para geólogos, acadêmicos, estudantes e profissionais da indústria se conectarem, trocarem experiências e estabelecerem parcerias que podem levar a colaborações futuras”, disse ela.

Outro destaque foi a apresentação, na quarta-feira (16), do Plano Decenal de Mapeamento Geológico (PlanGeo 2025-2034), consolidado após os resultados da consulta pública realizada pelo SGB.

O planejamento é realizado a partir da proposição de três cenários de execução, que consideram o incremento progressivo da capacidade operacional e orçamentária do SGB.

O objetivo do PLanGeo 2025-2034 é promover o avanço do conhecimento geológico do país, otimizando recursos e potencializando resultados, com participação do público interessado.

O SGB é uma das principais instituições participantes desse evento, em que serão divulgados mais de 80 trabalhos de pesquisadores, analistas, residentes e estagiários da empresa, abrangendo pesquisas nas mais diversas temáticas das ciências geológicas.