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Trabalhadores de obras em Suape, PE, fazem paralisação de advertência

Obras da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica foram paralisadas. Manifestantes alegam que patrões estão descumprindo acordo

G1

01/11/2012 08h11 | Atualizada em 01/11/2012 16h52


Os funcionários das obras da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica no Complexo Industrial e Portuário de Suape, no Grande Recife, fizeram na terça-feira (30) uma paralisação de advertência. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), um acordo firmado nas negociações salariais deste ano não está sendo cumprido.

O assessor do sindicato, Rogério Rocha, afirma que a adesão à paralisação no canteiro de obras é de 100% dos trabalhadores. Somando-se os dois canteiros de obra, o total é de cerca de 51 mil trabalhadores. Os funcionários bateram o ponto, mas não chegaram a trabalhar."Essa foi uma paralisação de advertê

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Os funcionários das obras da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica no Complexo Industrial e Portuário de Suape, no Grande Recife, fizeram na terça-feira (30) uma paralisação de advertência. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), um acordo firmado nas negociações salariais deste ano não está sendo cumprido.

O assessor do sindicato, Rogério Rocha, afirma que a adesão à paralisação no canteiro de obras é de 100% dos trabalhadores. Somando-se os dois canteiros de obra, o total é de cerca de 51 mil trabalhadores. Os funcionários bateram o ponto, mas não chegaram a trabalhar."Essa foi uma paralisação de advertência. Amanhã, vamos fazer uma assembleia para votar pela greve ou não. Estamos pedindo a equiparação salarial, que foi prometida e não está sendo cumprida. Eles estão descumprindo a convenção coletiva, o acordo que fizemos", afirma Rocha.

A advogada do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) em Pernambuco, Margareth Rubem, explica que não está havendo descumprimento do acordo por parte dos patrões. "Existe uma cláusula pragmática na convenção coletiva que afirma que, 90 dias após a assinatura da convenção, seria formada uma comissão para estudar uma possível equiparação salarial dos valores praticados nas obras", diz Margareth.

Os dois sindicatos teriam tentado chegar a um denominador comum  sobre os salários que poderiam ser praticados, mas sem sucesso. "Estivemos ontem [segunda] no Ministério Público do Trabalho para uma mediação, mas o Sintepav não aceitou porque eles querem o teto máximo. Só que, quando vemos a questão da equiparação salarial, temos que ver os requisitos, tempo de trabalho, se a função é a mesma. Mas o sindicato não quis isso, não se ateve a esses detalhes", explica a advogada.

Margareth afirma ainda que o Sintepav-PE não está obedecendo à legislação, uma vez que faz uma paralisação sem notificar com 48 horas de antecedência. "Eles estão agindo arbitrariamente e começando errado. Vamos entrar na justiça e essa greve certamente vai ser considerada abusiva", acredita a representante do Sinicon.

Greve

Os 51 mil trabalhadores que atuam nas obras da Refinaria Abreu e Lima e PetroquímicaSuape ficaram em greve do dia 1º ao dia 16 de agosto. No dia 8, o clima começou a ficar mais tenso no complexo após uma assembleia realizada pelos operários. Houve quebra-quebra e ônibus foram queimados. No dia 10, os trabalhadores foram liberados pelas empresas, que estavam com receio de novos tumultos. Na segunda-feira, 13 de agosto, o Sintepav orientou os trabalhadores a não voltarem aos postos, por considerar injusta a decisão de descontar os dias paralisados, já que os tumultos teriam sido promovidos apenas por um grupo. O sindicato dos trabalhadores e das empresas entraram em acordo na noite do dia 15, depois de dias de reuniões sem avanços na negociação.

 

 

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