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Trabalhadores da construção civil estão entre os que mais morrem de Covid-19 na cidade de SP

Levantamento do Instituto Pólis indica necessidade de repensar quais são os serviços essenciais e que isolamento social seja política pública garantida pelo estado com auxílio

G1

10/06/2021 11h00 | Atualizada em 10/06/2021 14h00


Comerciantes e trabalhadores da construção civil são os profissionais que mais morreram por Covid-19 na cidade de São Paulo, de acordo com um estudo feito pelo Instituto Pólis divulgado na semana passada.

Para os pesquisadores, os números indicam a necessidade de repensar o que é serviço realmente essencial para a vida em um momento de emergência sanitária mundial.

Para o levantamento foram utilizados dados da Secretaria Municipal de Saúde, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, do período entre março de 2020 e março de 2021.

O período analisado somou 30.796 mortes registradas

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Comerciantes e trabalhadores da construção civil são os profissionais que mais morreram por Covid-19 na cidade de São Paulo, de acordo com um estudo feito pelo Instituto Pólis divulgado na semana passada.

Para os pesquisadores, os números indicam a necessidade de repensar o que é serviço realmente essencial para a vida em um momento de emergência sanitária mundial.

Para o levantamento foram utilizados dados da Secretaria Municipal de Saúde, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, do período entre março de 2020 e março de 2021.

O período analisado somou 30.796 mortes registradas por Covid-19 na capital paulista, sendo que os trabalhadores e as trabalhadoras empregados representaram a maior quantidade de vítimas (37,8%).

Analisando especificamente a ocupação, os pesquisadores descobriram que os comerciantes (5%), e os pedreiros e engenheiros da construção civil (4,1%), foram aqueles que mais morreram por Covid-19 entre março de 2020 e março de 2021 na cidade de São Paulo.

Ambas as profissões são enquadradas como serviço essencial, conforme o decreto federal de março de 2020, mas, por liderarem os números de vítimas da Covid na cidade, deveriam ser reavaliadas nesta categorização, na opinião dos pesquisadores do Instituto Pólis.

"O setor de alimentação, por exemplo, foi menos impactado do que essas duas classes na capital, com 1% de todas as mortes por Covid no período. Por quê? Porque houve uma política de restrição – ficou fechado e depois aberto com muitos protocolos. É difícil defender que a construção civil seja diferente do setor de alimentação e, este, sim, fundamental para a manutenção da vida. Esses 4% de mortes poderiam ser evitadas com a suspensão temporária das obras junto ao auxílio do governo", disse Danielle Klintowitz, arquiteta, urbanista e coordenadora do Instituto Pólis.

O Pólis estima que 6,5% de todas as mortes foram de pessoas que trabalhavam em atividades que poderiam ter sido consideradas como não essenciais, como empregadas domésticas, além da construção civil

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