Construção Imobiliária
DCI
12/03/2010 14h34
De olho na alta demanda do mercado brasileiro por imóveis corporativos e no interesse de investidores estrangeiros no segmento, a incorporadora multinacional americana Tishman Speyer inicia a captação de seu terceiro fundo, com a meta de captar US$ 400 milhões. Os dois primeiros fundos captados pela empresa, denominados Fundos Brasil Tishman Speyer, totalizaram R$ 1,5 bilhão e foram aplicados na construção de grandes empreendimentos comerciais, em São Paulo e Rio de Janeiro, construídos em parceria com construtoras como a Brookfield e Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI). Neste tipo de negócio, os fundos compram os terrenos, incorporam os imóveis e depois vendem com lucro.
"Nossa meta é dobrar de tamanho nos próximos
...De olho na alta demanda do mercado brasileiro por imóveis corporativos e no interesse de investidores estrangeiros no segmento, a incorporadora multinacional americana Tishman Speyer inicia a captação de seu terceiro fundo, com a meta de captar US$ 400 milhões. Os dois primeiros fundos captados pela empresa, denominados Fundos Brasil Tishman Speyer, totalizaram R$ 1,5 bilhão e foram aplicados na construção de grandes empreendimentos comerciais, em São Paulo e Rio de Janeiro, construídos em parceria com construtoras como a Brookfield e Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI). Neste tipo de negócio, os fundos compram os terrenos, incorporam os imóveis e depois vendem com lucro.
"Nossa meta é dobrar de tamanho nos próximos três anos, em desenvolvimento de projetos. Ainda não temos bem definido o número de projetos, mas já iniciamos a captação de um novo fundo e queremos levantar US$ 400 milhões. Apostamos na atratividade que o Brasil desperta hoje nos investidores estrangeiros", afirma Daniel Cherman, presidente da Tishman.
Atualmente, a companhia desenvolve R$ 740 milhões em projetos deste segmento só no Rio de Janeiro, provenientes do valor captado pelos fundos, e deve anunciar, em breve, outros dois empreendimentos em São Paulo e Brasília, avaliados em R$ 400 milhões e R$ 200 milhões. "O nosso objetivo é crescer de forma orgânica, acompanhando o crescimento do País. Hoje temos dois escritórios, em São Paulo e Rio de Janeiro, e vamos abrir outro em Brasília", explica.
A entrada na capital federal pode ser interpretada como uma forma de diversificar o portfólio de imóveis da companhia sem perder a rentabilidade, já que na capital federal estão instaladas estatais como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Petrobras, que são locatários de seus imóveis no Rio de Janeiro. Outro fator é a saturação do mercado imobiliário de São Paulo e Rio de Janeiro, com demanda em alta e poucos espaços para novos projetos.
"Percebemos que empresas em expansão têm poucas alternativas de produtos de qualidade a um preço acessível nessas capitais. Essa situação tende a piorar, com a economia crescendo nos próximos 2 a 3 anos, e a pressão por novas áreas crescerá", pontua o empresário.
A dificuldade acaba se refletindo na busca por áreas para novos projetos. Na maioria das vezes, a empresa busca incorporadoras com experiência no mercado para desenvolver projetos em parceria. "Hoje, o processo entre a compra do terreno à aprovação de um projeto de grande porte pode durar de 1 ano a 1,5 ano. Os novos projetos existem, mas não serão suficientes para conter a demanda", acredita.
Por conta disso, a expectativa para a comercialização dos projetos em andamento é bastante alta. A empresa acaba de fechar um segundo contrato de locação com o BNDES, no no Rio de Janeiro, e um novo com a Philips, em um grande empreendimento comercial na Rodovia Castelo Branco, em São Paulo.
Localizado no centro do Rio de Janeiro, o Ventura Corporate Towers, tem previsão de entrega da segunda torre em junho. Vendida em 2008, a primeira torre já está quase totalmente ocupada pela Petrobras, que deixou apenas 8 mil metros quadrados para o BNDES. O banco acaba de fechar contrato para locação de 20,5 mil metros quadrados da Torre 2 (40% do imóvel), que será entregue em julho deste ano. "A taxa de vacância no Rio de Janeiro hoje é de apenas 2%, por isso, a disputa pelo espaço é elevada. E o empreendimento está sendo muito bem recebido pelo mercado", comemora.
Por razões contratuais, as partes não divulgam o valor do contrato, mas o preço do metro quadrado do Ventura pode chegar a R$ 140, acima da média de R$ 90, praticada no mercado de alto padrão da cidade. Além da segunda torre do Ventura Corporate Towers, que receberá investimentos de R$ 500 milhões, a empresa está finalizando as obras de retrofit do Edifício Sul América (R$ 120 milhões) e a construção do Edifício Presidente Vargas (R$ 120 milhões). Os três empreendimentos representam um total de 135 mil metros quadrados de escritórios a serem entregues até 2012.
Como comparação, em todo o ano de 2009, foram entregues 92 mil metros quadrados de escritórios na cidade do Rio de Janeiro. "Chegaremos em um bom momento ao mercado", como acredita o executivo.
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