Mineração
Valor
15/03/2013 11h05 | Atualizada em 15/03/2013 18h33
Uma da Ternium, empresa do grupo Techint, pela Cia. Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Brasil, e outra do consórcio ArcelorMittal / NipponSteel & Sumitomo, pela laminadora do Alabama, nos EUA. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que mostrou interesse pelos dois ativos, segundo apurou o Valor, não entregou proposta ao grupo alemão.
A expectativa de fontes próximas às negociações é de que não está descartada uma prorrogação do prazo para a ThyssenKrupp fechar o negócio até o fim do primeiro semestre. O adiamento daria tempo para uma retomada das conversas com a CSN, cuja oferta pelos dois ativos estaria dependente de acerto com o BNDES, envolvendo empréstimo ou
...Uma da Ternium, empresa do grupo Techint, pela Cia. Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Brasil, e outra do consórcio ArcelorMittal / NipponSteel & Sumitomo, pela laminadora do Alabama, nos EUA. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que mostrou interesse pelos dois ativos, segundo apurou o Valor, não entregou proposta ao grupo alemão.
A expectativa de fontes próximas às negociações é de que não está descartada uma prorrogação do prazo para a ThyssenKrupp fechar o negócio até o fim do primeiro semestre. O adiamento daria tempo para uma retomada das conversas com a CSN, cuja oferta pelos dois ativos estaria dependente de acerto com o BNDES, envolvendo empréstimo ou uma sociedade no negócio.
Procurada, a CSN informou que não comentaria o assunto.
O alongamento do prazo, no entanto, vai depender da pressa que o grupo alemão tem para vender os dois ativos. A direção da ThyssenKrupp disse no início de dezembro que quer finalizar todo o processo de venda até o fim do atual ano fiscal, que termina em 30 de setembro.
Um problema, segundo disse uma fonte, é que a proposta de compra da Ternium pela CSA é financeiramente pouco atrativa.
O processo de auditorias das duas usinas, iniciado em novembro, já se encerrou e as duas propostas vinculantes foram entregues em 22 de fevereiro. Dessa "due dilligence" participaram inicialmente seis interessados CSN, ArcelorMittal, Nucor, Ternium, Nippon Steel e US Steel.
Enquanto não avança o processo de venda da ThyssenKrupp Steel Americas, que controla a usina brasileira e a liminadora americana, a usina da CSA, situada em Santa Cruz, no Rio, ainda depende de autorização ambiental para operar a plena capacidade, informou Carlos Minc, secretário de Ambiente do Estado do Rio, ao Valor. Segundo ele, a usina trabalha hoje com uma licença de operação provisória, apta a rodar com 75% de sua capacidade.
Minc informou que a licença de operação definitiva só deverá ser concedida à siderúrgica nos próximos quatro meses, depois que ela cumprir 100% de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com 130 ítens, com aporte de recursos avaliado em R$ 100 milhões em ações antipoluentes, assinado com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), no ano passado. Esse TAC tinha por objetivo melhorar seu processo de produção.
Até agora, a CSA cumpriu 60% das medidas determinadas pelo TAC. A questão mais complexa desse grupo de medidas, que pôs um ponto final na "chuva de prata" emitida pela usina sobre o seu entorno, já foi resolvida, adiantou Minc. "A medida mais importante foi cumprida pela CSA. Trata-se do enclausuramento do poço de emergência, que originou a 'chuva de prata', uma nuvem de poeira de partículas de grafite".
O TAC foi feito por recomendação da consultoria internacional Conestoga Rovers, contratada pelo Inea, devido aos problemas ambientais ocorridos na CSA. O pior foi acidente conhecido como "chuva de prata", uma nuvem de poeira de grafite, que contaminou o ar ao redor da fábrica afetando a saúde dos moradores das comunidades do entorno do empreendimento.
A CSA informou ao Valor, em nota, que até 16 de abril vai concluir 123 ações do TAC, entre elas o sistema de despoeiramento dos poços de emergência (relevante), concluído em abril de 2012, e cuja eficácia foi comprovada pelo INEA. "A empresa está em momento de negociação com o INEA e SEA das condições e prazos para a concessão da licença de operação definitiva", diz a nota. A empresa diz ainda: "Atualmente, a CSA opera acima de 80% de sua capacidade e em contínua elevação seguindo a demanda de mercado e trabalha sem qualquer restrição das autoridades para atingir a capacidade máxima de 5 milhões de toneladas ao ano".
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