O conglomerado industrial alemão ThyssenKrupp espera mais adversidades nas siderúrgicas europeias e, por isso, busca formas de melhorar a eficiência na região. “Sabemos que o clima na indústria siderúrgica na Europa piorou e estamos investigando oportunidades de crescimento externo e orgânico para responder à essas mudanças”, afirmou Heinrich Hiesinger, presidente-executivo, em teleconferência referente ao resultado do quarto trimestre fiscal de 2012, concluído em setembro.

Hiesinger não especificou quais medidas a companhia avalia para melhorar a eficiência na divisão europeia. Entretanto, negou reportagens recentes, que afirmam que a revisão das operações foi concluída e que a companhia pode vender o negócio. “Todas as declarações sobre as conclusões desta revisão estão incorretas”, disse o executivo.

Na noite de ontem, a ThyssenKrupp fez uma baixa fiscal de 3,6 bilhões de euros por conta da futura venda de negócios no continente americano, que inclui ativos no Brasil e Estados Unidos. Isso resultou em um prejuízo de 4,7 bilhões para o ano fiscal de 2012, assim como a suspensão de dividendos pagos pela companhia. Sem comprador definido, a ThyssenKrupp afirmou que está determinada a encontrar investidores para unidades nos mercados americano e brasileiro no ano fiscal de 2013.

Hiesinger também informou que a companhia estenderá o turno reduzido em siderúrgicas na Alemanha, iniciado em agosto e com prazo de término em janeiro de 2013. Cerca de dois mil funcionários adotam o esquema de trabalho, que pode perdurar por mais seis meses a um ano, conforme proposto pelo governo. No período, o Estado fica encarregado de compensar os salários reduzidos devido ao menor número de horas trabalhadas.