Mineração
Diário do Comércio
11/12/2013 19h56
As siderúrgicas brasileiras devem aumentar o preço dos aços planos vendidos às montadoras nacionais mesmo em um ambiente desfavorável para o setor automotivo - que teve retração de 10,7% nas vendas de novembro em relação a outubro, segundo informações divulgadas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na quinta-feira passada -, que convive com nível de estoque elevado e com a expectativa da volta gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o segmento a partir de janeiro.
Especialistas ouvidos pela reportagem acreditam que já é hora de as siderúrgicas negociarem novos valores para o preço das bobinas a frio uma vez que esses produtos praticamente não sofreram reajustes desde 201
...As siderúrgicas brasileiras devem aumentar o preço dos aços planos vendidos às montadoras nacionais mesmo em um ambiente desfavorável para o setor automotivo - que teve retração de 10,7% nas vendas de novembro em relação a outubro, segundo informações divulgadas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na quinta-feira passada -, que convive com nível de estoque elevado e com a expectativa da volta gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o segmento a partir de janeiro.
Especialistas ouvidos pela reportagem acreditam que já é hora de as siderúrgicas negociarem novos valores para o preço das bobinas a frio uma vez que esses produtos praticamente não sofreram reajustes desde 2011, ao contrário de outros itens, como as bobinas a quente. Na quinta-feira, as ações da siderúrgicas lideraram as altas da Bovespa, impulsionada, principalmente, pelo possível reajuste de 8% a 12% para as montadoras.
'Acredito que algum aumento deve acontecer por causa da defasagem no preço das bobinas a frio. Já é uma alta esperada e a expectativa é que esse reajuste deve mesmo acontecer mesmo o ambiente não sendo o mais propício', avaliou o analista de Mineração e Siderurgia da Tendências Consultoria Bruno Rezende.
Nas contas do analista, o reajuste deve ser da ordem de 8%. Ele lembra que os contratos das siderúrgicas com as fabricantes de veículos são de longo prazo e normalmente negociados anualmente ou a cada seis meses, dependendo das condições do mercado.
Enquanto alguns especialistas acreditam que a alta pode chegar a 12%, para o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, a situação atual do setor automotivo, com estoques elevados e expectativa de volta gradual do IPI, além das previsões tímidas para o desempenho da economia nacional em 2014, devem influenciar nos índices dos reajustes. 'Não acredito que o aumento vai ser tão alto', avaliou.
Entre as companhias que seriam beneficiadas pelos reajustes estão a Usiminas, maior fornecedora de aço ao setor automotivo do país, que deve algo próximo de um terço da receita às vendas para montadoras, e a CSN, ambas com atividades no Estado, essa última somente de extração de minério.
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