Mineração
Infomet
21/10/2013 14h36
Apesar do acesso a matérias-primas de baixo custo e alta qualidade, como minério de ferro e carvão coqueificável, a indústria siderúrgica brasileira é amplamente caracterizada como um setor de altos custos, baixo lucro líquido, protecionismo governamental e risco regulatório, segundo analistas da UBS Securities LLC. Eles veem pouco potencial de valor no investimento para aumento do volume de aço, cuja margem é baixa ou inexistente, e recomendam que as usinas invistam na redução de custo e não em expansão.
'Preferimos investimentos em alternativas de custo mais baixo, como em energia hidráulica. Além disso, com a escassez de ferrovias e portos no Brasil, as produtoras de aço devem investir em infraestrutura e reduzir os custos do
...Apesar do acesso a matérias-primas de baixo custo e alta qualidade, como minério de ferro e carvão coqueificável, a indústria siderúrgica brasileira é amplamente caracterizada como um setor de altos custos, baixo lucro líquido, protecionismo governamental e risco regulatório, segundo analistas da UBS Securities LLC. Eles veem pouco potencial de valor no investimento para aumento do volume de aço, cuja margem é baixa ou inexistente, e recomendam que as usinas invistam na redução de custo e não em expansão.
'Preferimos investimentos em alternativas de custo mais baixo, como em energia hidráulica. Além disso, com a escassez de ferrovias e portos no Brasil, as produtoras de aço devem investir em infraestrutura e reduzir os custos do uso de infraestrutura de terceiros', disseram os analistas em um relatório.
Os custos das matérias-primas são, sem dúvida, o item de maior custo na produção de aço em todo o mundo e, portanto, representam o maior potencial de lucro. 'É melhor ser uma mineradora de minério de ferro lucrativa que uma produtora de aço deficitária', acrescentou a UBS no relatório.
Em virtude do contínuo aumento dos salários e dos altos níveis dos impostos, além das altas despesas com juros, a indústria siderúrgica brasileira está entre as produtoras de maior custo no mundo.
'Nossa análise de preço indica que a BQ brasileira está 30-40% supervalorizada a US$ 1.100/t (incluindo impostos), enquanto os preços de importação giram entre US$ 700-750/t. Essa inflação do custo é atualmente repassada aos consumidores de aço, como montadoras de automóveis e fabricantes de eletrodomésticos da linha branca, bem como a desenvolvedores de infraestrutura e propriedade, e no fim das contas representa um risco de inflação do preço para os usuários finais', disse o relatório.
Devido aos contínuos esforços políticos para conter a inflação, o governo pretende reduzir a tarifa de importação do aço, ou possivelmente eliminá-la totalmente com o tempo. 'Uma eliminação total da tarifa de importação é improvável, visto que isso pode resultar na paralisação da produção, consolidação e possíveis falências, enquanto a manutenção da estrutura tarifária pode limitar a lucratividade', segundo os analistas.
Por sua vez, 'o governo deve implementar incentivos fiscais que levem ao aumento do lucro das produtoras de aço'.
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