Mineração
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19/03/2010 14h12
Com expectativa de que esteja pronta para operar em 2014, a Companhia Siderúrgica Ubu (CSU), terá a capacidade anual de produzir 5 milhões de toneladas de placa de aço utilizando dois terços de água do mar para suas operações. As modernas tecnologias que estão sendo projetadas para a Companhia Siderúrgica Ubu (CSU) permitirão equacionar um dos principais pontos de atenção do empreendimento: os recursos hídricos.
A siderúrgica que será instalada em Anchieta, deve criar cerca de 18 mil empregos, sendo que 6 mil serão diretos na operação de usina e 12 mil indiretos. Nas contratações, será priorizada a obra de mão local, tanto para a operação, quanto para a construção. Todos os contratados devem passar por um processo de capacitação
...Com expectativa de que esteja pronta para operar em 2014, a Companhia Siderúrgica Ubu (CSU), terá a capacidade anual de produzir 5 milhões de toneladas de placa de aço utilizando dois terços de água do mar para suas operações. As modernas tecnologias que estão sendo projetadas para a Companhia Siderúrgica Ubu (CSU) permitirão equacionar um dos principais pontos de atenção do empreendimento: os recursos hídricos.
A siderúrgica que será instalada em Anchieta, deve criar cerca de 18 mil empregos, sendo que 6 mil serão diretos na operação de usina e 12 mil indiretos. Nas contratações, será priorizada a obra de mão local, tanto para a operação, quanto para a construção. Todos os contratados devem passar por um processo de capacitação.
Nesta quinta-feira(18), em um seminário, no hotel Radisson, em Vitória, o coordenador executivo da CSU, Marcos Chiorboli, apresentou como será a siderúrgica com a apresentação de palestrantes.
Questionado sobre o motivo do não uso todo a água do mar para a produção das placas, o engenheiro Marcelo Mourão, disse que "para a realização do aço, é preciso de muita água, pois para cada tonelada, são usados 200 m³. Dessa, 89% será reutilizada. Se a produção de aço sobe, a reutilização deve subir também. Não dá para usar só a água do mar porque é uma água corresiva. Cerca de três meses depois teria que fazer troca de peças por conta do estrago que ela pode provocar", afirmou.
Do total de 5.800 m³/hora que serão captados para a usina, 4.000 m³/hora serão de água do mar. Com isso, a quantidade de água doce que deverá ser utilizada na planta será de menos de um terço, ou seja, 1.800 m³/hora serão captados nos rios da região. Além disso, o projeto prevê a recirculação de 97,5%, de toda a água doce captada e o armazenamento de água de chuva.
Germano Mendes, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia, informou que além da água poder ser reutilizada, o aço pode ser totalmente reciclável. "A sucata é matéria prima perfeita. Existem grandes esquemas para a reciclagem de todo aço produzido. Por ano, são gerado cerca de 8 milhões de sucata, mas não fazemos parte deste mercado porque não geramos muito e também não precisamos de mais", informou.
Sobre a crise mundial pela qual todos passaram no ano de 2009, Germano disse que foi um ano bem complicado para as siderúrgicas, mas que já em 2010, a recuperação está favorável. "De fato o ano anterior foi bem ruim, andamos fora da curva, mas já estamos nos recuperando. Mas siderúrgica é isso, não dá para se sair bem todos os anos. A siderúrgica recebe apoio estadual por gerar negócios muito bons. O Espírito Santo vai crescer ainda mais, pois tem grandes chances".
O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impactos ao Meio Ambiente (EIA-RIMA) está sendo avaliado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) do Estado. Entregue em dezembro do ano passado, o material foi elaborado por uma equipe multidisciplinar, composta por mais de 50 especialistas.
"A empresa antes de mais nada está preocupada com a questão da água. E faz muito bem, pois no mundo todo já está faltando, não é só em nosso país. Depois, se preocuparam em utilizar principalmente mão de obra local, priorizando a região de instalação, podendo melhorar as condições daquele do povo", disse o jornalista, Ricardo Voltolini, especialista em sustentabilidade nos negócios.
Faz parte da estratégia de longo prazo da Vale na siderurgia promover o desenvolvimento do setor no Brasil, agregando valor ao minério e gerando riqueza e desenvolvimento para o País. Além da CSU, a Vale está diretamente envolvida na viabilização de três grandes projetos siderúrgicos: ThyssenKrupp CSA - início das operações previsto para meados de 2010, em Santa Cruz (Rio de Janeiro), e produção de 5 milhões de toneladas métricas de placas de aço; ALPA (Aços Laminados do Pará) - empreendimento em Marabá, no Pará, com capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de aço e início das operações previsto para 2013; CSP (Companhia Siderúrgica do Pecém) - em parceria com a coreana Dongkuk, a usina terá capacidade de produção anual em sua primeira fase de 3 milhões de toneladas de placas de aço, com início de operação previsto para 2013.
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