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Rio Tinto congela novos projetos no curto prazo, diz executivo

A Rio Tinto, mineradora anglo-australiana, não deve aprovar nenhum novo projeto de investimento no curto prazo, afirmou hoje Tom Albanese, presidente-executivo da companhia, em reunião com investidores.

Valor Econômico

10/10/2012 07h00


A queda nos preços de commodities e a desaceleração acima do esperado na economia chinesa resultam em um cenário cauteloso, justificou.

Segundo a companhia, os estímulos que seriam protagonizados pelo governo da China, no último trimestre deste ano, agora devem se concretizar apenas depois da mudança de governo neste ano. Sem a ajuda estatal, o crescimento do país deve ficar abaixo do patamar de 8%, estimado pela companhia há dois meses.

A mineradora manteve os US$ 16 bilhões previstos em investimentos para 2012, mas, segundo Albanese, este é o ponto máximo para os próximos anos, quando o patamar deve cair. O negócio de alumínio está na lista dos que devem ter os aportes reduzidos “em um futuro próximo”.

A Ri

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A queda nos preços de commodities e a desaceleração acima do esperado na economia chinesa resultam em um cenário cauteloso, justificou.

Segundo a companhia, os estímulos que seriam protagonizados pelo governo da China, no último trimestre deste ano, agora devem se concretizar apenas depois da mudança de governo neste ano. Sem a ajuda estatal, o crescimento do país deve ficar abaixo do patamar de 8%, estimado pela companhia há dois meses.

A mineradora manteve os US$ 16 bilhões previstos em investimentos para 2012, mas, segundo Albanese, este é o ponto máximo para os próximos anos, quando o patamar deve cair. O negócio de alumínio está na lista dos que devem ter os aportes reduzidos “em um futuro próximo”.

A Rio Tinto continua apostando no aumento da produção de minério de ferro em Pilbara, na Austrália, para competir com os planos de crescimento da BHP-Billiton no país. Entretanto, Albanese afirma que outros locais não escaparão de cortes de empregos.

Com a queda do preço do minério de ferro, algumas mineradoras australianas, como a BHP, cancelaram ou adiaram os planos de expansão em minério de ferro e em outras commodities. Esta parada de produção pode ajudar a Rio Tinto, se a empresa continuar a investir em minas competitivas, concluiu o executivo.

Volatilidade
A Rio Tinto espera que a urbanização em mercados emergentes conduza à alta da demanda por commodities. Mas alertou hoje que a perspectiva de curto prazo para o preço do minério de ferro e cobre é de volatilidade, pois o crescimento da China desacelerou mais rápido do que o previsto.

A companhia estima o avanço da economia da China abaixo de 8% neste ano em relação a 2011. Poucos meses atrás, projetava alta superior a 8%, considerando que os pacotes de estímulos impulsionariam a atividade do país.

Apesar dos sinais positivos sobre o desenrolar da crise europeia e o anúncio do QE3 (quantitative easing) - programa que injetará aproximadamente US$ 40 bilhões por mês na economia dos Estados Unidos, por tempo indeterminado - o crescimento em economias desenvolvidas permanece lento e desigual, afirmou a empresa.

“Com isso e as consideráveis flutuações de preço [de commodities] recentemente, estamos, de certa forma, mais cautelosos quanto às expectativas para os próximos trimestres”, disse Albanese em comunicado..

A análise da companhia sugere que cem milhões de toneladas da produção do minério de ferro na China deixaram de ser lucrativas e uma grande parte deste total foi interrompida.

A exploração de cobre deve aumentar a partir de 2013, mas a Rio Tinto afirma que, por enquanto, o preço deve seguir com fortes oscilações.

Albanese reforçou o compromisso de manter a nota de crédito A da Rio Tinto, e planeja novas reduções de custo para o negócio. Os esforços para reorganizar a estrutura de gastos da companhia rendem uma economia de US$ 500 milhões por ano, segundo o executivo.

Projeto na Mongólia
Andrew Harding, chefe da divisão de cobre da Rio Tinto, disse hoje em Londres que espera um contrato de fornecimento de energia com a China em breve para iniciar o projeto de produção do metal na Mongólia já no primeiro semestre do ano que vem.

O empreendimento vai ser responsável também pela extração de ouro, afirmou o executivo. Segundo a empresa, 97% do projeto já está pronto e agora só falta um acordo com estatais chinesas que possam garantir o fornecimento de eletricidade à produção no local.

A construção física de toda a infraestrutura para a transmissão de energia já foi completada, informou Harding. As linhas responsáveis pelo transporte da eletricidade cruzam a fronteira da China até Oyu Tolgoi, mina que fica próxima ao deserto de Gobi.

A Rio Tinto está administrando o projeto na Mongólia e tem 51% do capital social da Turquoise Hill Resources, que possui uma fatia de 66% no empreendimento. O governo local, por sua vez, tem 34% do negócio. Essa é uma das maiores minas não exploradas de cobre e ouro, com reservas estimadas em 18,57 bilhões de toneladas e 21 milhões de onças, respectivamente.

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