A desaceleração imobiliária fará a construtora paranaense Plaenge diminuir em 20% seus investimentos neste ano. Em 2014, foram aportados cerca de R$ 540 milhões em novos projetos. Em 2015, deverão ser R$ 430 milhões.

Apesar do recuo, a empresa está sofrendo menos os efeitos da crise do que os grupos de São Paulo e Rio, segundo o sócio Alexandre Fabian.

"As cidades em que atuamos são fortes no agronegócio, e o agronegócio não está sendo tão prejudicado. O dólar elevado ajuda o setor."

A construtora está em nove cidades brasileiras, no Sul e no Centro-Oeste. "A crise ajudará a aparecer oportunidades em novos municípios. Estudamos áreas do interior dessas regiões e de São Paulo."

A companhia também trabalho no exterior, em três cidades do Sul do Chile, e analisa a entrada na capital do país, Santiago.

Com a crise econômica brasileira, a participação do Chile no faturamento da Plaenge deve avançar dos 7% registrados em 2014 para 15% neste ano.

"Uma das ideias de ir para outro país era justamente esta: pegar diferentes ciclos econômicos. Em 2008 e 2009, o Chile sentiu mais que o Brasil. Agora, houve uma retomada lá", afirma.

Fabian diz que 2016 também deverá ser um ano de ajustes no Brasil e prevê uma melhora apenas em 2017.

"No médio prazo, a demografia do país é favorável. Nos próximos 20 anos, muitas pessoas estarão se casando e começando a carreira."