CNI
26/08/2024 08h42 | Atualizada em 28/08/2024 10h40
A aprovação do marco legal do hidrogênio de baixo carbono (Lei 14.948) estabeleceu um momento histórico para a indústria brasileira.
A lei marca o início do desenvolvimento da cadeia do hidrogênio e reforça o comprometimento do país com a descarbonização da economia.
Já existem investimentos anunciados para mais de 20 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis no Brasil que somam R$ 188,7 bilhões.
O baixo custo e alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável colocam o país em condição de vantagem competitiva.
Por essa razã
...A aprovação do marco legal do hidrogênio de baixo carbono (Lei 14.948) estabeleceu um momento histórico para a indústria brasileira.
A lei marca o início do desenvolvimento da cadeia do hidrogênio e reforça o comprometimento do país com a descarbonização da economia.
Já existem investimentos anunciados para mais de 20 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis no Brasil que somam R$ 188,7 bilhões.
O baixo custo e alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável colocam o país em condição de vantagem competitiva.
Por essa razão, existe a expectativa que o Brasil produza hidrogênio com um dos menores custos do mundo em 2030.
Os dados constam do estudo Hidrogênio Sustentável: Perspectivas para o Desenvolvimento e Potencial para a Indústria Brasileira, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta segunda-feira (26).
“A CNI tem um papel catalisador no engajamento do setor industrial nesse processo. Por meio do Comitê da Indústria para o Hidrogênio Sustentável, atuamos em parceria com empresas e stakeholders para difundir conhecimento, monitorar e debater as políticas públicas”, comenta o presidente da CNI, Ricardo Alban.
“Uma das principais iniciativas foi a criação da Plataforma da Indústria para o Hidrogênio Sustentável, que permite acompanhar as iniciativas empresariais e de política pública na área do hidrogênio sustentável”, detalha.
O hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis ou de fontes fósseis associadas à captura e estocagem do dióxido de carbono (CO2) tem sido visto como uma estratégia para a descarbonização dos segmentos “hard to abate”.
É o caso dos setores industriais que precisam de calor em alta temperatura, em indústrias como aço, vidro, química, alumínio e fertilizantes.
Diversos portos brasileiros estão desenvolvendo projetos para se posicionar como hubs de hidrogênio de baixo carbono – centros geográficos que envolvem uma cadeia de atividades de produção, transporte, entrega e uso final dessa fonte de energia.
Entre os investimentos identificados, o Porto de Pecém (CE) se destaca como destino que deve receber mais aportes financeiros – cerca de R$ 110,6 bilhões.
O hub do Ceará foi lançado em fevereiro de 2021 pelo governo do estado, em parceria com Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Complexo do Pecém (CIPP S/A).
Desde então, foram assinados 34 memorandos de entendimento que evoluíram para quatro pré-contratos com empresas nacionais e internacionais.
De acordo com o levantamento da CNI, destacam-se também os portos de Parnaíba (PI), com R$ 20,4 bilhões, Suape (PE), com R$ 19,6 bilhões, e Açu (RJ), com R$ 16,5 bilhões.
Segundo o levantamento da CNI, o projeto com maior capacidade de eletrólise ficará localizado no Porto de Parnaíba, com 10 GW de potência.
Essa energia seria suficiente para abastecer cerca de 15 milhões de pessoas – número superior à quantidade de habitantes da cidade de São Paulo.
Quando se olha para os estados, no entanto, o Ceará é que o tem a maior capacidade instalada com cerca de 15,9 GW, enquanto o Piauí possui 15,6 GW.
O terceiro estado brasileiro com maior capacidade de eletrólise é o Rio de Janeiro, com 2,1 GW.
A íntegra do estudo pode ser acessada neste link.
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