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Produção do pré-sal atrai estrangeiros

Em oito anos, óleo e gás brasileiros devem receber US$ 30 bilhões de nove operadoras internacionais

O Globo

20/09/2012 09h49 | Atualizada em 20/09/2012 18h43


Menina dos olhos de corporações de todo o mundo, o Brasil se consolidou como um grande polo de atração de investimentos no setor de óleo e gás, após o advento do pré-sal. A despeito da ausência de novas licitações para exploração, diante das estimativas de bilhões de barris em camadas profundas do litoral brasileiro, 11 operadoras controladas por grupos estrangeiros estão hoje no Brasil, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A previsão da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) é de que pelo menos nove delas invistam US$ 30 bilhões no mercado nacional até 2020.

O interesse pelas reservas nacionais também passa pela conjuntura social e política do

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Menina dos olhos de corporações de todo o mundo, o Brasil se consolidou como um grande polo de atração de investimentos no setor de óleo e gás, após o advento do pré-sal. A despeito da ausência de novas licitações para exploração, diante das estimativas de bilhões de barris em camadas profundas do litoral brasileiro, 11 operadoras controladas por grupos estrangeiros estão hoje no Brasil, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A previsão da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) é de que pelo menos nove delas invistam US$ 30 bilhões no mercado nacional até 2020.

O interesse pelas reservas nacionais também passa pela conjuntura social e política do Brasil, que o deixa numa situação privilegiada frente a outros países. O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Maurício Canêdo explica que é compreensível que as empresas deem prioridade aos mercados mais seguros como o brasileiro, caracterizado por uma democracia estável e um marco regulatório mais sólido.

O grande atrativo do Brasil é o volume de produção do pré-sal em um mercado com regras regulatórias e jurídicas confiáveis afirma ele.

Segundo a ANP, dos 20 maiores campos, dois são operados por empresas com capital majoritário estrangeiro. São os campos de Peregrino, pela norueguesa Statoil; e Ostra, pela anglo-holandesa Shell, ambos na Bacia de Campos.

Atrás apenas da Petrobras, a Statoil é atualmente a segunda maior operadora em produção no país. Com atuação em 37 países, a gigante fechou o segundo trimestre com US$ 20,3 bilhões em sua receita global. Atualmente, o Brasil corresponde a 4% da produção total da companhia, um percentual ainda modesto diante de seus investimentos bilionários no país.

O mercado brasileiro é muito promissor e a Statoil está investindo no Brasil em torno de US$ 5 bilhões. Boa parte já foi destinada ao desenvolvimento do campo de Peregrino, a outra será investida em atividades de exploração — afirma o presidente da Statoil no Brasil, Kjetil Hove.

No caso da anglo-holandesa Shell, a parceria com o Brasil vem de longa data. Em 2013 ela comemora cem anos de presença no país, com investimentos de US$ 4 bilhões nos últimos 14 anos.

Outra estrangeira que também quer reforçar compromissos de longo prazo com o Brasil é a gigante britânica BP. Segundo o presidente da companhia no país, Guillermo Quintero, a próxima rodada de licitações da ANP está sendo ansiosamente esperada pelo grupo.

Em 2011, investimos cerca de US$ 5 bilhões no Brasil. Já em 2012, a BP Energy adquiriu mais quatro concessões na margem equatorial brasileira. Agora estamos interessados em participar da próxima rodada da ANP afirma Guillermo Quintero.

União de gigantes

Em um mercado tão competitivo, a espanhola Repsol e a chinesa Sinopec optaram por se unir em 2010, formando a Repsol Sinopec Brasil, uma das maiores da América Latina. O diretor-executivo do grupo, José Maria Moreno, destaca que a parceria já destinou investimentos de US$ 1 bilhão para o upstream brasileiro em 2012.

O mercado brasileiro é um dos mais valorizados pela companhia. Sem dúvida representa um desafio tecnológico, mas também uma imensa oportunidade de crescimento afirma o executivo.

 

 

 

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