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Prefeitura prevê R$ 4,6 bi em obras de mobilidade em SP até 2024

Com o caixa atual de R$ 32,6 bilhões, a Prefeitura conta com ampla disponibilidade fiscal e prevê também incrementar a arrecadação com a venda de títulos imobiliários

O Estado de S.Paulo

16/11/2022 13h56


O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), projeta executar um pacote viário avaliado em mais de R$ 4,6 bilhões até 2024. Além de trazer melhorias para a cidade, a ideia de transformar a capital paulista em um canteiro de obras até o fim do mandato.

Com o caixa atual de R$ 32,6 bilhões, a Prefeitura conta com ampla disponibilidade fiscal e prevê também incrementar a arrecadação com a venda de títulos imobiliários.

A ideia é tirar do papel projetos como a ampliação da Marginal do Pinheiros e a construção de corredores rápidos de ônibus, além de pontes, viadutos e tú

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), projeta executar um pacote viário avaliado em mais de R$ 4,6 bilhões até 2024. Além de trazer melhorias para a cidade, a ideia de transformar a capital paulista em um canteiro de obras até o fim do mandato.

Com o caixa atual de R$ 32,6 bilhões, a Prefeitura conta com ampla disponibilidade fiscal e prevê também incrementar a arrecadação com a venda de títulos imobiliários.

A ideia é tirar do papel projetos como a ampliação da Marginal do Pinheiros e a construção de corredores rápidos de ônibus, além de pontes, viadutos e túneis para desafogar o trânsito.

São 20 ações diversas de mobilidade. Duas delas propõem soluções para focos históricos de congestionamento na cidade: os cruzamentos das avenidas do Estado com a Santos Dumont e da Avenida Domingos de Morais com a Rua Sena Madureira. A eliminação de ambos os gargalos se daria por meio de viaduto e túnel, respectivamente. Mas a lista também prevê reforma de calçadões no centro e de um total de 125 pontes e viadutos.

Se for de fato executado, o pacote tende a favorecer especialmente a zona sul de São Paulo.

A extensão da Marginal do Pinheiros, por exemplo, é promessa antiga para os mais de 2,3 milhões de moradores das subprefeituras de Campo Limpo, Capela do Socorro, Cidade Ademar, M’Boi Mirim e Parelheiros, já no extremo da zona sul. No caminho, a Prefeitura ainda projeta a duplicação de 825 metros da Avenida Senador Teotônio Vilela.

Impacto – Conforme previsão da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, obtida pelo jornal O Estado de S.Paulo, 12 dos 20 projetos terão seus editais lançados até o fim do ano. O conjunto contém BRTs (corredor de ônibus rápido) da Radial Leste e da Avenida Aricanduva, ambos na zona leste, e o prometido túnel na Avenida Chucri Zaidan, na zona sul. Juntos, eles devem custar R$ 1,7 bilhão.

O pacote de obras previsto pela Prefeitura tem como base fiscal, além do caixa de R$ 32,6 bilhões, uma previsão otimista de arrecadação para os próximos anos no mercado imobiliário. Com possibilidade de ser votado ainda neste ano na Câmara Municipal, só o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Arco Jurubatuba deve render ao menos R$ 8 bilhões com a venda de títulos imobiliários.

A proposta, que já foi aprovada em primeira votação, prevê a requalificação de uma área de aproximadamente 20 milhões de metros quadrados que vai da Vila Andrade à região do Autódromo de Interlagos, na zona sul. É quase o mesmo trecho que receberá as obras de ampliação da Marginal do Pinheiros.

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Marcos Monteiro, a intenção é construir mais 8,2 quilômetros de pistas entre as pontes João Dias e Vitorino Goulart. Orçada inicialmente em R$ 850 milhões, a obra abrange áreas públicas, evitando a necessidade de desapropriações.

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