P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Construção Imobiliária
Voltar

Construção Imobiliária

Poucas obras públicas acentuam falta de produtividade das incorporadoras

Enquanto os lançamentos residenciais seguem fracos, e as PPPs quase inoperantes, construtoras enxergam nos projetos comerciais, como escolas e hospitais privados, chance de garantir receita

DCI

29/09/2016 09h13


Orçamentos estaduais travados, eleições municipais e mudanças do governo federal congelaram as parcerias público-privadas e licitações para construtoras de todos os portes. Com a conclusão dos projetos em andamento, a perspectiva é que um novo ciclo de obras fique para 2018.

"A demanda [por obras públicas] existe, mas de 80% a 90% estão paradas", afirma a vice-presidente de infraestrutura, PPPs e concessões do SindusCon-SP, Maristela Honda. De acordo ela, se por um lado, os contratos assinados estão sendo afetadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, as obras em execução estão próximas ao fim. "Ainda estamos sem perspectiva de novas concorrências", diz.

"O mercado está acirrado e todos estão a procura de trabalho", comple

...

Orçamentos estaduais travados, eleições municipais e mudanças do governo federal congelaram as parcerias público-privadas e licitações para construtoras de todos os portes. Com a conclusão dos projetos em andamento, a perspectiva é que um novo ciclo de obras fique para 2018.

"A demanda [por obras públicas] existe, mas de 80% a 90% estão paradas", afirma a vice-presidente de infraestrutura, PPPs e concessões do SindusCon-SP, Maristela Honda. De acordo ela, se por um lado, os contratos assinados estão sendo afetadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, as obras em execução estão próximas ao fim. "Ainda estamos sem perspectiva de novas concorrências", diz.

"O mercado está acirrado e todos estão a procura de trabalho", complementa. Para ela, de educação a saúde, todos os nichos estão parados. "As escolas municipais e estaduais estão sofrendo por conta do orçamento", aponta. Entre os projetos que podem estimular os negócios está a construção de fóruns que têm demanda. "Mas por não ser urgente não sabemos se entrará no orçamento."

Questionada sobre obras ligadas ao setor privado, como escolas e hospitais particulares, ela aponta que está em melhores condições, mas que não é saída para quem trabalha com obras públicas. "Existe demanda, mas ainda é pequena para todo o mercado. O número de escolas privadas ainda é baixo ante ao público. Dependemos do setor público e das PPPs", garante.

Com a mudança de governo no governo federal, no entanto, a executiva vê uma 'luz no fim do túnel'. Ainda assim, a recuperação para o setor fica para 2018. "Em 2017 as empresas devem colocar ordem na casa e cuidar da saúde, porque elas precisam sobreviver."

Desempenho favorável

Para quem atua com demandas de empresas privadas, a perspectiva é um pouco melhor. Tanto a construtora Baggio quanto a Thá Engenharia apontam que, apesar de estagnada, a construção de grandes obras não teve retração acentuada. "Não está acelerado como estava, mas o investimento continua, principalmente na área médica", diz a diretora comercial do Grupo Baggio, Blanca Baggio. Segundo ela, as regiões do agronegócio são as que têm maior procura. "No interior de São Paulo e do Paraná, por exemplo", explica. Segundo Blanca, no Nordeste também há uma demanda reprimida que tem aquecido o mercado na área da saúde e da educação. "Vemos uma procura que não tínhamos antes na região", indica. "Eles estão investindo em construções que ficarão prontas daqui a um ano e meio ou dois anos, com outro cenário na economia", informa. No segmento de shopping centers, a tendência é a construção de lojas a céu aberto, os chamados malls.

Atualmente, a Baggio tem 50 mil metros quadrados (m²) em construção e o objetivo é dobrar o número em cinco anos. Segundo ela, com as obras públicas em aguardo, novos construtoras devem pleitear o cercado privado. "Não só de quem fazia para o [poder] público, mas também quem estava em outras áreas", disse, acrescentando a importância de ter experiência antes de atuar nesses segmentos.

Cautela

Na Thá Engenharia, o diretor de planejamento e controle da produção da companhia, Gilberto Kaminski, aponta que tem visto as obras privadas muito represadas. "Temos recebidos muitas consultas de projetos novos, mas os investidores estão postergando a decisão e aguardando a economia", explica. Mesmo assim, ele aponta que a Thá tem conseguido manter o volume de obra, que chega a 1 milhão de m² em andamento. "Crescíamos entre 10% e 15% por ano antes e esperamos retomar o crescimento em 2017."

Segundo ele, a concorrência está muito acirrada com muitas empresas e poucas obras. "Isso é prejudicial, porque vemos preços muito baixos que podem gerar problemas na obra e até inviabilizar", explica.

Para Kaminski, entre os setores que devem voltar de forma mais rápida estão a área da saúde, projetos de infraestrutura advindos de concessões e obras industriais. "O que deve demorar um pouco mais são os shopping centers, porque hoje temos muitos com área ociosa", afirma. A tendência neste último segmento são outlets e obras menores como shopping à beira da estrada.

 

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP

Telefone (11) 3662-4159

© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade