Folha de S.Paulo
03/06/2021 11h00 | Atualizada em 03/06/2021 14h51
Um evento em Portugal na terça-feira (dia 1º) inaugurou um cabo submarino de fibra ótica cujo investimento foi de mais de 150 milhões de euros (cerca de R$ 1 bilhão) e que promete conexão de alta velocidade entre o Brasil e a Europa.
A maior parte desse montante vem de investimentos privados, embora haja um significativo aporte de dinheiro público. Cerca de 25 milhões de euros são financiados pelos chamados clientes-âncora, que investiram ainda antes de o projeto começar a sair do papel.
Batizado de Ellalink (mesmo nome da empresa que o construiu), o cabo submarino se estende por 6.000 km, saindo de Fortaleza e chegando até Sines, no lito
...Um evento em Portugal na terça-feira (dia 1º) inaugurou um cabo submarino de fibra ótica cujo investimento foi de mais de 150 milhões de euros (cerca de R$ 1 bilhão) e que promete conexão de alta velocidade entre o Brasil e a Europa.
A maior parte desse montante vem de investimentos privados, embora haja um significativo aporte de dinheiro público. Cerca de 25 milhões de euros são financiados pelos chamados clientes-âncora, que investiram ainda antes de o projeto começar a sair do papel.
Batizado de Ellalink (mesmo nome da empresa que o construiu), o cabo submarino se estende por 6.000 km, saindo de Fortaleza e chegando até Sines, no litoral português, a 160 km de Lisboa.
Idealizado há quase uma década, o projeto começou a ser construído em 2018 e, segundo o presidente da EllaLink, Philippe Dumont, o cabo foi desenhado para ter uma vida útil de 25 anos.
A ligação direta com o continente europeu tem como vantagem a redução da chamada latência – o tempo entre a solicitação de um comando e sua execução. Com a mudança, há diminuição de 60 milissegundos em relação à rota atual, em que os dados passam primeiro pelos EUA para só então chegarem à Europa.
O projeto representa um salto para transações financeiras, transmissão de cirurgias remotas e mesmo desempenho de jogos online. A ligação entre a América do Sul e a Europa, sem passar pelos EUA, era também um antigo desejo de setores europeus mais preocupados com a privacidade de dados, já que as leis do continente para armazenamento e compartilhamento de informações são bem mais restritivas do que as americanas.
“A nossa posição geográfica fez de nós no passado, faz de nós hoje e fará de nós, no futuro, uma ponte entre a Europa e outros continentes”, afirmou o premiê português, António Costa, destacando a importância estratégica de seu país, que ocupa a presidência rotativa da União Europeia.
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