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Portos expandem movimentação de cargas

Navegantes e São Francisco do Sul investem em produtividade, e Itajaí vive indefinições

Valor Econômico

04/07/2023 10h45 | Atualizada em 05/07/2023 13h58


Os portos de Santa Catarina registram expansão significativa na movimentação de cargas em 2023 e programam investimentos capazes de melhorar a infraestrutura e a produtividade portuária.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os portos catarinenses movimentaram 19,3 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre do ano, m crescimento de 6,35% em relação ao mesmo período de 2022, enquanto a expansão média nacional foi de 1,47%. O Estado passou a movimentar 5,11% de todas as cargas portuárias nacionais. No final de 2022, respondia por 4,7% das cargas dos portos brasileiros.

Os terminais de uso privado (TUPs) Porto de Navegantes (Portonave) e Porto Itapoá tiveram, respectivamente, a segunda e a terceira maiores movimentações de contêineres do país nos primeiros quatro meses deste ano, 4,75 milhões de toneladas e 3,21 milhões de toneladas - atrás apenas de Santos (SP), que lidera com 10,3 milhões de toneladas.

O porto público de São Francisco do Sul (SFS), maior do Estado e de múltiplo uso, bateu recorde entre janeiro e maio, com 6,3 milhões de tonelad

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Os portos de Santa Catarina registram expansão significativa na movimentação de cargas em 2023 e programam investimentos capazes de melhorar a infraestrutura e a produtividade portuária.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os portos catarinenses movimentaram 19,3 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre do ano, m crescimento de 6,35% em relação ao mesmo período de 2022, enquanto a expansão média nacional foi de 1,47%. O Estado passou a movimentar 5,11% de todas as cargas portuárias nacionais. No final de 2022, respondia por 4,7% das cargas dos portos brasileiros.

Os terminais de uso privado (TUPs) Porto de Navegantes (Portonave) e Porto Itapoá tiveram, respectivamente, a segunda e a terceira maiores movimentações de contêineres do país nos primeiros quatro meses deste ano, 4,75 milhões de toneladas e 3,21 milhões de toneladas - atrás apenas de Santos (SP), que lidera com 10,3 milhões de toneladas.

O porto público de São Francisco do Sul (SFS), maior do Estado e de múltiplo uso, bateu recorde entre janeiro e maio, com 6,3 milhões de toneladas, alta 26% na comparação anual. Soja, milho, fertilizantes, produtos siderúrgicos, madeira e celulose são os principais itens movimentados.

A expectativa no SFS é movimentar 13,5 milhões de toneladas no ano, alta de 7%. Contribui para a expansão a abertura de três novas balanças controladas pela Receita Federal, que vão agilizar o acesso terrestre na área portuária. Hoje há duas, que permitem a entrada e saída de 500 caminhões diários, número que deverá triplicar com os novos equipamentos.

“O maior fluxo de caminhões agilizará a carga e descarga dos navios e reduzirá o tempo de atracação”, afirma Cleverton Vieira, presidente do SFS. A medida tem potencial de permitir expansão de 2 milhões de toneladas por ano no movimento do porto. O investimento é de R$ 4 milhões. Outra prioridade para 2023 são as obras de derrocagem de uma pedra nas proximidades do Berço 101, prevista para ocorrer até o início de 2024.

“Vai gerar mais eficiência e segurança na manobra dos navios graneleiros, com ganho de produtividade em 20%”, afirma Vieira. O canal de acesso aquífero também deverá passar por aprofundamento, passando de 14 metros para 16 metros de profundidade.

O desempenho dos portos catarinenses em 2023 só não é melhor devido à crise vivida no Porto de Itajaí, iniciada com a indefinição sobre o modelo de gestão. Só em junho o governo federal sinalizou ao município de Itajaí, atual responsável pela administração, que vai assinar um novo convênio de delegação do porto para a gestão municipal por mais 25 anos, afastando a hipótese de nacionalização da gestão ou privatização, que chegou a ser anunciada pela administração federal anterior.

A renovação contratual com o município será acompanhada de um novo arrendamento dos berços portuários, que será válido por 35 anos, ato que só é esperado para 2024.

A APM Terminal, empresa responsável por operar os dois principais berços de atracação do porto, tem contrato de arrendamento vencendo em 30 de junho. A companhia informou que as indefinições sobre o arrendamento afetaram sua capacidade em renovar contratos com companhias de navegação, o que levou a uma queda de 95% na movimentação de contêineres no local. Com isso, optou por encerrar suas atividades no porto a partir de julho

No Complexo Portuário de Itajaí, mas na outra margem do rio Itajaí Açu, está o Porto de Navegantes, o Portonave, terminal que movimentou 1,2 milhão de TEUs (contêineres de 20 pés) em 2022, e que está expandindo sua infraestrutura. No final de janeiro, a companhia recebeu licença ambiental para realizar obras no cais do terminal a partir do segundo semestre.

A obra, que deve ser concluída em 2025, prevê o investimento de R$ 1 bilhão para permitir ao terminal o recebimento de navios de até 400 metros. Hoje, o porto opera com navios de até 350 metros. Nenhum porto brasileiro recebe navios de contêineres de nova geração, que medem 366 metros.

“A geração, seguinte, que já está sendo construída nos estaleiros, será de navios de contêineres de 400 metros. Precisamos estar preparados”, afirma Osmari de Castilho Ribas, diretor superintendente do Portonave. Para receber essas embarcações, será necessário alargar a bacia de evolução, área de manobra dos navios, e aprofundar o canal de acesso, com o berço de atracação passando de 14 metros de profundidade para 17 metros.

As obras dependem do governo federal, que ainda não definiu se fará os investimentos necessários ou se repassará a obrigação para os próximos arrendatários dos terminais.

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