Mineração
Reuters
30/11/2012 11h33
A presidente do sindicato patronal da França chamou, nesta quinta-feira, de "escandalosos" os planos do governo de assumir a siderúrgica de Florange da ArcelorMittal, levando o governo a acusá-la de ignorar as práticas da companhia.
O governo está envolvido em negociações com a ArcelorMittal sobre o destino de dois altos-fornos no local, os quais a companhia pretende fechar caso não consiga encontrar um comprador até sábado.
O caso é interpretado como um teste da promessa do presidente socialista François Hollande de evitar um acúmulo de demissões e reverter anos de declínio industrial na França.
Mas a presidente do sindicato patronal MEDEF, Laurence Parisot, disse que nacionalizar a siderúrgica vai contra o princ
...A presidente do sindicato patronal da França chamou, nesta quinta-feira, de "escandalosos" os planos do governo de assumir a siderúrgica de Florange da ArcelorMittal, levando o governo a acusá-la de ignorar as práticas da companhia.
O governo está envolvido em negociações com a ArcelorMittal sobre o destino de dois altos-fornos no local, os quais a companhia pretende fechar caso não consiga encontrar um comprador até sábado.
O caso é interpretado como um teste da promessa do presidente socialista François Hollande de evitar um acúmulo de demissões e reverter anos de declínio industrial na França.
Mas a presidente do sindicato patronal MEDEF, Laurence Parisot, disse que nacionalizar a siderúrgica vai contra o princípio da propriedade privada, após o ministro da Indústria do país, Arnaud Montebourg, dizer que o governo está pronto para uma tomada temporária de controle.
"Essa declaração é puramente e simplesmente escandalosa", disse Parisot à rádio RTL. "Minar o princípio da propriedade privada de maneira tão casual é algo muito sério, e mais, muito custoso".
O governo está estudando assumir temporariamente o controle da siderúrgica no nordeste da França, trazendo um investidor privado para operar a instalação e manter abertos os altos-fornos, que empregam 600 pessoas de um total de 2,7 mil no local.
Parisot disse que uma operação como essa seria uma "expropriação", levando o overno a acusá-la de ignorar as falhas nas práticas de negócios da ArcelorMittal.
"Eu gostaria que ela tivesse usado essa palavra ('escandalosos') quando o dono da instalação transferia uma grande parte de seus lucros de locais franceses para estabelecimentos em outros países, notavelmente para Luxemburgo", disse o ministério do Orçamento, Jérome Cahuzac.
Cahuzac disse que Parisot ignorou o que ele descreve como uma abordagem injusta sobre um local economicamente viável, buscando maximizar os lucros.
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