P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
CENÁRIO
Voltar

PIB da Construção deve fechar o ano com crescimento de 1,80%

SindusCon-SP apresentou balanço do desempenho da construção civil em 2025 e projeções econômicas para o setor em 2026

Assessoria de Imprensa

11/12/2025 09h58


O SindusCon-SP realizou uma coletiva de imprensa para apresentar uma análise completa do desempenho da construção civil em 2025 e as perspectivas econômicas para 2026.

Participaram da apresentação o presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan; o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan; e a coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), Ana Maria Castelo.

Durante a abertura, o presidente Yorki Estefan destacou que a análise anual da Área Econômica do SindusCon-SP reúne os principais indicadores que influenciaram o desempenho do setor ao long

...

O SindusCon-SP realizou uma coletiva de imprensa para apresentar uma análise completa do desempenho da construção civil em 2025 e as perspectivas econômicas para 2026.

Participaram da apresentação o presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan; o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan; e a coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), Ana Maria Castelo.

Durante a abertura, o presidente Yorki Estefan destacou que a análise anual da Área Econômica do SindusCon-SP reúne os principais indicadores que influenciaram o desempenho do setor ao longo de 2025.

Ele enfatizou que, apesar de ter sido um ano desafiador, o setor segue gerando empregos, ainda que em um ritmo menor, e contribuindo para o crescimento da indústria brasileira.

Também lembrou que a velocidade de vendas de empreendimentos imobiliários no médio padrão diminuiu diante da dificuldade de acesso ao crédito pela população, reforçando que a construção civil responde diretamente ao comportamento da economia: quando os juros caem, o setor acelera; quando os juros permanecem elevados, o ritmo de crescimento diminui.

“O ano de 2025 foi marcado pela desaceleração da atividade econômica, movimento que também alcançou o setor da construção. Observamos um crescimento moderado, abaixo do potencial, mas sem caracterizar recessão. Foi um período importante, com avanços institucionais relevantes, como as reformas tributária e do Imposto de Renda da Pessoa Física. Para 2026, mantenho a expectativa de um cenário mais favorável, tanto para a construção civil quanto para o país”, afirma Zaidan.

PIB da construção - O PIB da construção deve encerrar 2025 com crescimento de 1,80%, segundo estimativas do FGV Ibre com base em dados do IBGE, confirmando a perda de ritmo em relação a 2024.

Para a coordenadora Ana Castelo, “a construção diminuiu o ritmo e a confiança, a percepção dos negócios, ficou mais pessimista”. Entre os indicadores de atividade, o consumo de cimento avançou 3,6% no acumulado do ano até outubro. No mesmo período, a indústria e o comércio de materiais de construção registraram quedas de 0,7% e 0,1%, respectivamente. Do total produzido pela indústria de materiais, 47% têm como destino direto as famílias.

Mercado de trabalho da construção - No mercado de trabalho, a construção manteve saldo positivo de contratações formais. Nos últimos 12 meses até outubro, o emprego com carteira no setor cresceu 2,84%. A escassez de mão de obra qualificada e a demanda insuficiente continuaram entre os principais entraves apontados pelas empresas. Até outubro, o setor empregava mais de 3 milhões de trabalhadores no Brasil e cerca de 365 mil no estado de São Paulo.

INCC-M - A pressão dos custos também continuou elevada, principalmente pelo encarecimento da mão de obra. O INCC-M, calculado pela FGV, registrou alta de 6,41% em 12 meses até novembro, enquanto o acumulado do ano até novembro chegou a 5,88%. São Paulo apresentou a maior variação entre as capitais, com acumulado no ano até novembro de 6,91%, seguida de Porto Alegre e Recife.

Mercado imobiliário em 2025 - O mercado imobiliário mostrou desempenho dinâmico, sustentado especialmente pelas contratações do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que ajudaram a manter as vendas em patamar elevado. Na cidade de São Paulo, segundo o Sindicato da Habitação, Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis do Estado de São Paulo (Secovi-SP), os lançamentos de imóveis residenciais cresceram 41% e as vendas avançaram 10% no acumulado de 12 meses até outubro, comparado ao mesmo período imediatamente anterior.

Crédito habitacional - Em contrapartida, o crédito habitacional voltado à classe média sofreu forte retração. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que as contratações de financiamento de unidades habitacionais com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) caíram 48,9% na modalidade construção e 7,4% na modalidade aquisição, na comparação dos primeiros dez meses de 2025 com o mesmo período de 2024, resultando em queda de 21,4% no total do ano.

Recorde em investimentos de infraestrutura - No campo da infraestrutura, o Brasil deve encerrar 2025 com aproximadamente 280 bilhões de reais de recursos públicos e privados investidos, em valores nominais, o que representa crescimento de 3,9% em relação ao ano anterior, segundo estimativas da Inter.B Consultoria.

Para 2026, as projeções da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) apontam que os investimentos devem alcançar 300 bilhões de reais, estabelecendo um novo recorde. As sondagens empresariais conduzidas pela FGV mostram que a confiança da construção segue moderadamente pessimista.

Perspectivas para 2026 - Em um cenário-base (nem pessimista, nem otimista), o FGV/Ibre estima que o PIB da construção deva crescer 2,7% em 2026. De acordo com Ana Castelo, as perspectivas para o próximo ano dependerão do comportamento de variáveis como o cenário eleitoral, a conjuntura geopolítica e a atividade econômica interna.

A combinação de juros ainda elevados, situação fiscal e menor dinamismo econômico pode impactar negativamente investimentos e mercado de trabalho.

Em contrapartida, fatores como a queda gradual dos juros, o aumento dos gastos estaduais com obras, novas intervenções do MCMV, o novo modelo de financiamento habitacional, o ciclo de investimentos em infraestrutura e o Programa Reforma Casa Brasil podem impulsionar a atividade da construção ao longo do próximo ano.

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP

Telefone (11) 3662-4159

© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade