Energia
Agência Estado
19/01/2010 16h42
A Petrobrás fará pesquisas sobre o uso de biocombustíveis sob baixíssimas temperaturas na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), da Marinha brasileira na Antártida. O diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, explicou que a pesquisa vai testar o uso de biodiesel e etanol sob as situações de clima mais rigorosas do planeta. Os estudos serão parte de acordo de cooperação assinado nesta terça-feira, 19, entre a Petrobrás e a Marinha.
O acordo, que prevê investimentos de R$ 3 milhões da empresa, terá duração de quatro anos e tem como objetivo a implantação de um novo sistema de recebimento de combustíveis "contínuo, rápido e seguro contra vazamentos" na EACF. Em contrapartida, a empresa vai realizar no loc
A Petrobrás fará pesquisas sobre o uso de biocombustíveis sob baixíssimas temperaturas na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), da Marinha brasileira na Antártida. O diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, explicou que a pesquisa vai testar o uso de biodiesel e etanol sob as situações de clima mais rigorosas do planeta. Os estudos serão parte de acordo de cooperação assinado nesta terça-feira, 19, entre a Petrobrás e a Marinha.
O acordo, que prevê investimentos de R$ 3 milhões da empresa, terá duração de quatro anos e tem como objetivo a implantação de um novo sistema de recebimento de combustíveis "contínuo, rápido e seguro contra vazamentos" na EACF. Em contrapartida, a empresa vai realizar no local as pesquisas de combustíveis renováveis.
Costa explica que, hoje, o abastecimento da EACF é feito com a utilização de pequenas balsas, o que torna o processo muito lento. O novo sistema prevê a instalação de um carretel de cerca de mil metros, de tubo flexível retrátil, cuja extremidade será conectada ao navio em operações de descarga de combustível. O diretor observou que os combustíveis hoje fornecidos pela Petrobrás à EACF - diesel, óleo combustível e querosene de aviação - são especiais e adequados para suportar as baixas temperaturas locais.
Segundo ele, as pesquisas com combustíveis renováveis que serão realizadas na Antártida visarão, inicialmente, apenas o uso no local, mas admite que nada impede que os produtos a serem desenvolvidos possam ser deslocados para outros mercados, como para aquecimento na Europa. "Mas vamos agora apenas iniciar os testes, não há previsão de substituição dos combustíveis hoje usados lá para esses biocombustíveis", afirmou.
O acordo assinado nesta terça-feira representa o segundo convênio firmado entre a Marinha e a Petrobrás para atuação conjunta na Antártida. O acordo anterior, que levou a investimentos de R$ 10 milhões da empresa, consistiu na construção de 10 tanques de aço inoxidável e um sistema de automação da tancagem.
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