Assessoria de Imprensa
16/11/2022 08h05 | Atualizada em 16/11/2022 13h56
As regiões brasileiras têm uma enorme disparidade em relação às condições de infraestrutura e logística. Essa realidade é evidenciada por pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na semana passada, que ouviu 2.500 empresários de indústrias de médio e grande portes de todo o país.
De acordo com os dados, somente 25% dos entrevistados do Norte e do Nordeste consideram boas ou ótimas as condições de infraestrutura da região.
De outro lado, 64% dos empresários do Sudeste apontam as condições de infraestrutura regional como boas ou ótim
...As regiões brasileiras têm uma enorme disparidade em relação às condições de infraestrutura e logística. Essa realidade é evidenciada por pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na semana passada, que ouviu 2.500 empresários de indústrias de médio e grande portes de todo o país.
De acordo com os dados, somente 25% dos entrevistados do Norte e do Nordeste consideram boas ou ótimas as condições de infraestrutura da região.
De outro lado, 64% dos empresários do Sudeste apontam as condições de infraestrutura regional como boas ou ótimas. Em seguida, os empresários da região Sul também mostram satisfação alta, de 57%, seguidos pela região Centro-Oeste, com 46%. A média nacional da pesquisa ficou em 56%.
O principal gargalo de infraestrutura apontado em todas as regiões é o transporte, com média nacional de 73%. No Norte, o índice é ainda maior – de 82%. Na sequência, aparecem o Sul (81% apontam o transporte como maior gargalo), Nordeste (76%), Centro-Oeste (73%) e Sudeste (68%).
“Quando avaliamos a situação das rodovias, ferrovias e portos das regiões Norte e Nordeste fica muito evidente a disparidade na qualidade desses ativos em relação ao Sul e ao Sudeste. Isso evidencia a necessidade de mais investimentos para reduzirmos o déficit de infraestrutura e o desbalanceamento entre as regiões”, afirma o gerente de Transporte e Mobilidade Urbana da CNI, Matheus de Castro.
Gargalos – A infraestrutura das rodovias foi a maior queixa dos empresários, apontada por 88% dos respondentes do Norte e por 62% do Sudeste. Em seguida, foi mencionada a infraestrutura das ferrovias como sendo um dos maiores gargalos para o transporte de carga no país – a maior parte, 40% entre os empresários do Sudeste, e a menor, 18% do Norte.
Os dados mostram ainda que os serviços de transporte por rodovias são avaliados como bons ou ótimos por 46% dos empresários. Entre as regiões, destaca-se o Sudeste, onde 59% consideram os serviços de transporte rodoviário bons ou ótimos. Em contraste aparece o Norte, com índice de somente 9% bom ou ótimo.
Quando questionados sobre as principais obras, os industriais mencionaram a melhora a infraestrutura das estradas – resposta de 49% dos entrevistados no Norte e de 31%, do Centro-Oeste; e ampliação/duplicação de rodovias – opção de 45% dos respondentes do Sul e de 23%, do Sudeste.
Os dados nacionais mostram que 38% das indústrias mudariam operação de rodovia para outro modal, sendo que 28,5% optariam por transferir a operação para as ferrovias caso houvesse condições de infraestrutura adequadas para o escoamento dos produtos.
A substituição dos caminhões por trens é uma preferência mais intensa entre os empresários do Centro-Oeste, seguidos das regiões Sudeste e Sul. Segundo os empresários, a grande vantagem das ferrovias é a redução de custos e a agilidade. Segundo a pesquisa, 32% dos empresários industriais consideram novas autorizações ferroviárias como prioridade para o setor industrial.
A expansão da malha ferroviária foi a escolhida entre os empresários do Nordeste (34%), do Sul (34%) e do Sudeste (31%). Para os respondentes do Centro-Oeste (42%) e do Norte (28%), a conclusão das obras da Ferrovia Norte-Sul é a mais importante medida para o escoamento da produção das indústrias de suas regiões.
O modal rodoviário é indicado apenas para pequenas e médias distâncias, mas segundo a pesquisa somente 48% dos industriais escoam a produção em trajetos com média inferior a 500 quilômetros. As distâncias percorridas, conforme a pesquisa, são de 885 km em média no país. No Norte, há uma enorme distorção, o que reflete a baixa eficiência do transporte na região. Por lá, 34% das empresas dizem que suas mercadorias percorrem distâncias de mais de 2 mil km, enquanto no Sudeste só 4%.
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