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Paranapanema tem plano de recuperação aprovado

Maior produtora de cobre do país, companhia abre caminho para reequilibrar operações e garantir abastecimento do mercado

Assessoria de Imprensa

30/08/2023 15h34 | Atualizada em 31/08/2023 09h15


Apresentado em novembro de 2022, o plano de recuperação judicial da Paranapanema e suas controladas CDPC (Centro de Distribuição de Produtos de Cobre) e Paraibuna Agropecuária foi aprovado na semana passada (24) em assembleia geral de credores.

A empresa é a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e ligas.

A proposta foi validada por todas as classes de credores. “Demos um grande passo para avançar na retomada da empresa”, disse Marcelo Milliet, o CEO da companhia, que assumiu o posto para conduzir a RJ.

A companhia tem dívidas de R$ 479,

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Apresentado em novembro de 2022, o plano de recuperação judicial da Paranapanema e suas controladas CDPC (Centro de Distribuição de Produtos de Cobre) e Paraibuna Agropecuária foi aprovado na semana passada (24) em assembleia geral de credores.

A empresa é a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e ligas.

A proposta foi validada por todas as classes de credores. “Demos um grande passo para avançar na retomada da empresa”, disse Marcelo Milliet, o CEO da companhia, que assumiu o posto para conduzir a RJ.

A companhia tem dívidas de R$ 479,8 milhões, sendo R$ 199 milhões em créditos classe I (trabalhistas, escritórios de advocacia e assemelhados), R$ 9,4 de créditos Classe II (credores com garantia real), R$ 265 milhões em créditos Classe III (quirografários: créditos sem garantia) e R$ 5,2 milhões em créditos Classe IV (pequenas e micro empresas).

Os créditos classe I até 150 salários-mínimos serão liquidados em até um ano a partir da homologação.

A parcela dos créditos trabalhistas que superarem 150 salários-mínimos será paga em 48 parcelas a partir do 25º mês da homologação do plano, com deságio de 50%.

O plano prevê pagamento dos credores de garantias reais em até 72 parcelas a partir do 25º mês da homologação do plano.

Já no caso dos credores quirografários, as dívidas até R$ 15 mil serão pagas em três parcelas ao longo de 21 meses, sendo que a parcela que ultrapassar esse valor será paga em 48 parcelas a partir do 25º mês da homologação, com deságio de 50%.

Já dívidas de pequenas e microempresas até R$ 11 mil serão pagas em até 12 meses.

O plano aprovado cria vantagens para empresas que continuam a fornecer produtos e serviços para a Paranapanema.

Os credores de todas as classes poderão também converter as dívidas em ações da companhia.

O plano prevê ainda a criação de UPIs para a venda da Eluma, unidade industrial especializada na produção de produtos acabados de cobre (tubos e conexões), sendo que o Banco BTG já foi contratado para assessorar na venda dessas UPIs.

Além das UPIs da Eluma, estão previstas a criação de UPIS com créditos presentes na carteira da Paranapanema e de ativos imobiliários não operacionais da companhia.

Os recursos apurados nos processos de alienação serão destinados à liquidação de dívidas junto aos credores da empresa que detém garantias fiduciárias sobre esses ativos.

Atualmente, a Paranapanema tem uma dívida de aproximadamente US$ 500 milhões com garantia de cessões e alienação fiduciárias junto a um grupo de 11 credores, a qual não é sujeita à recuperação judicial e cuja negociação está em curso.

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