Energia
Valor Econômico
26/11/2012 10h45
Desde o anúncio do pacote elétrico, há cerca de dois meses, que aumentou a aversão a empresas sujeitas a interferências do governo, as perdas em algumas carteiras superam os 17%, enquanto o principal índice da bolsa, o Ibovespa, recua cerca de 5,3%.
Levantamento realizado pelo economista Marcelo d"Agosto, do blog "O Consultor Financeiro", no portal do Valor, mostra que 17 dos 20 fundos de ações com o maior prejuízo desde 11 de setembro - dia em que foram detalhadas as condições para a renovação das concessões - são setoriais de energia e de Petrobras, geridos por grandes bancos. O estudo considerou todas as categorias de fundos de ações com patrimônio superior a R$ 10 milhões, mais de dez cotistas e acessíveis a todo tipo de inve
...Desde o anúncio do pacote elétrico, há cerca de dois meses, que aumentou a aversão a empresas sujeitas a interferências do governo, as perdas em algumas carteiras superam os 17%, enquanto o principal índice da bolsa, o Ibovespa, recua cerca de 5,3%.
Levantamento realizado pelo economista Marcelo d"Agosto, do blog "O Consultor Financeiro", no portal do Valor, mostra que 17 dos 20 fundos de ações com o maior prejuízo desde 11 de setembro - dia em que foram detalhadas as condições para a renovação das concessões - são setoriais de energia e de Petrobras, geridos por grandes bancos. O estudo considerou todas as categorias de fundos de ações com patrimônio superior a R$ 10 milhões, mais de dez cotistas e acessíveis a todo tipo de investidor.
Momentos de incerteza como o atual mostram que concentrar os investimentos em setores ou empresas específicas é um risco real. Desde o anúncio pelo governo do pacote de energia, há cerca de dois meses - que levou ações de elétricas a amargarem quedas no ano que superam os 60% em alguns casos -, carteiras setoriais de energia estão entre as maiores perdas no universo dos fundos de ações (de até 17%), segundo levantamento do economista Marcelo d"Agosto, do blog "O Consultor Financeiro".
Este ano, até o dia 16 de novembro, os fundos setoriais foram os que mais perderam entre todas as categorias apuradas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A queda foi de 4,34%, na média, superior ao recuo de 2,38% do Ibovespa no período.
As carteiras de Petrobras também são presença maciça na lista de perdedores. Como a empresa tem um peso importante no índice e concentra um número grande de fundos, muitos formados no início da década passada para participar da oferta de ações da companhia com recursos do FGTS, as perdas se tornam mais evidentes quando se observa o universo dos fundos.
As ações da estatal do petróleo vêm sofrendo com o risco político já há algum tempo, mas os resultados ruins da companhia, especialmente no segundo trimestre, evidenciaram, na visão do mercado, o efeito da mão forte do governo. A Petrobras pena com a defasagem nos preços dos combustíveis e a falta de previsibilidade sobre o plano de investimentos, entre outros fatores. Desde o início do ano, as ações PN da companhia recuam 8,58%, enquanto o Ibovespa sobe 1,44%. Para o investidor, especialmente o estrangeiro, fica a leitura de que não dá para entrar em empresas sujeitas à interferência do governo, diz um gestor de fundos.
Nas carteiras setoriais, contudo, a margem de manobra é pequena. No caso de fundos de Petrobras, não há como o gestor se movimentar, ressalta Carlos Massaru Takahashi, presidente da BB DTVM.
"Não oferecemos fundos setoriais para não amarrar o gestor", diz Mario Felisberto, diretor de investimentos HSBC Global Asset. O fundo de Petrobras é exceção por conta da forte demanda do investidor na ocasião da oferta.
Para Takahashi, os fundos setoriais têm uma vantagem em relação à compra direta de ações, porque permitem uma diversificação quando há boas perspectivas para um segmento. "Mas a alocação tem que ser diversificada. Não dá para apostar em um único setor."
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