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Os impactos da COP27 no setor imobiliário

Hoje o setor de imóveis responde por 40% da emissão global de carbono, sendo que 28% são de energia usada para aquecer, resfriar e levar eletricidade aos edifícios

Assessoria de Imprensa

27/02/2023 11h17 | Atualizada em 01/03/2023 14h05


Bruno Malvezi*

A COP27, Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática, realizada em novembro do ano passado, em Sharm El Sheich, no Egito, tem o potencial de impactar de modo significativo o mercado imobiliário.

Isso porque as metas estabelecidas na conferência visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a energia limpa, o que pode levar a mudanças nos padrões de construção e no uso de energia em edifícios, mudando em caráter definitivo a estratégia de desenvolvimento de novos projetos nas empresas do segmento.

Hoje o setor de imóveis responde por 40% da emissão global de

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Bruno Malvezi*

A COP27, Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática, realizada em novembro do ano passado, em Sharm El Sheich, no Egito, tem o potencial de impactar de modo significativo o mercado imobiliário.

Isso porque as metas estabelecidas na conferência visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a energia limpa, o que pode levar a mudanças nos padrões de construção e no uso de energia em edifícios, mudando em caráter definitivo a estratégia de desenvolvimento de novos projetos nas empresas do segmento.

Hoje o setor de imóveis responde por 40% da emissão global de carbono, sendo que 28% são de energia usada para aquecer, resfriar e levar eletricidade aos edifícios, e 11% são geradas a partir de matéria prima.

Evidentemente, uma das principais áreas de impacto será na construção de novos edifícios. A COP27 pode levar a exigências mais rigorosas para a utilização de materiais e métodos mais eficientes em termos energéticos, sendo ambientalmente menos danosos que os edifícios ordinários atuais.

Isso pode incluir técnicas de construção passiva, com forte influência da nova arquitetura biofílica, que busca conectar os espaços com a natureza, promovendo bem-estar e conforto para seus ocupantes, como a construção de edifícios voltados para maximizar a luz solar natural e reduzir a necessidade de iluminação artificial, e a instalação de sistemas de captação de energia solar, água de chuva e até mesmo microestações de tratamento de resíduos.

Além disso, a COP27 tem grande potencial para direcionar reformas em edifícios existentes, impondo exigências e melhorias para tornarem-se, de fato, eficientes e menos negativamente impactantes nas estruturas naturais em que são construídos.

Outra forma pela qual a COP27 pode afetar o mercado imobiliário é através da criação de novos incentivos para desenvolvimento de projetos imobiliários que promovam a energia limpa e a redução de emissões de gases de efeito estufa.

Seguindo esta tendência, alguns agentes financeiros já estão elaborando programas de financiamento, créditos fiscais e outros estímulos para a construção de edifícios “limpos”. Em geral, a COP27 tem condições de mudar significativamente a forma como os edifícios são projetados, construídos e operados, influenciando todo o longo ciclo do mercado imobiliário.

No entanto, é importante observar que ainda é cedo para saber exatamente como serão implementadas as metas estabelecidas na conferência, o que não afasta a necessidade das empresas do segmento se prepararem para uma nova jornada em que a natureza também deverá ser entendida como um verdadeiro cliente.

*Bruno Malvezi, CEO do Grupo Impper, grupo formado pela Impper Empreendimentos, Impper Vendas e ImpperTech

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