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Odebrecht acelera a transformação digital nas obras

Vetores estratégicos como IA, automação e sustentabilidade impulsionam nova era da construção civil pesada no Brasil, diz executivo

Assessoria de imprensa

12/06/2025 10h52 | Atualizada em 12/06/2025 11h19


Maior construtora do país, a Odebrecht vem acelerando a transformação digital de processos, automação e uso de inteligência artificial em suas obras, com destaque para a implementação da Suíte OEC de Sustentabilidade, que – segundo a empresa – trouxe ganhos em segurança, eficiência e redução de custos.

Nesse processo, a construtora aposta em parcerias com startups, universidades e hubs de inovação para superar barreiras culturais e técnicas, além de investir na capacitação da equipe e na disseminação do Building Information Modeling (BIM).

O objetivo, acentua a em

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Maior construtora do país, a Odebrecht vem acelerando a transformação digital de processos, automação e uso de inteligência artificial em suas obras, com destaque para a implementação da Suíte OEC de Sustentabilidade, que – segundo a empresa – trouxe ganhos em segurança, eficiência e redução de custos.

Nesse processo, a construtora aposta em parcerias com startups, universidades e hubs de inovação para superar barreiras culturais e técnicas, além de investir na capacitação da equipe e na disseminação do Building Information Modeling (BIM).

O objetivo, acentua a empresa, é consolidar a cultura de inovação, impulsionar a sustentabilidade e capitalizar o crescimento esperado do setor em 2025.

Confira abaixo entrevista com o gerente de inovação da construtora, Daniel Lepikson, que traz mais detalhes desse processo.


  • Quais foram os maiores ganhos trazidos pela transição dos processos em papel para o sistema digital?

Em geral, essa transformação melhorou a eficiência e a eficácia dos processos empregados no campo, tornou as obras mais seguras e gerou ganhos financeiros para a construtora, incluindo economia de horas trabalhadas e eliminação de papel e impressões, além da maior eficiência que resulta da automação de processos.

  • Quais têm sido os principais desafios nessa transformação?

No setor de construção em geral – e na construção pesada em particular – a transformação digital ainda é incipiente. Trata-se de um mercado tradicionalmente pouco tecnológico, se comparado a outros segmentos da economia, e não somente no Brasil. Mas a digitalização, e a consequente automação de processos, é um recurso tecnológico importante, devidamente contemplado na estratégia de Inovação da Odebrecht como uma ferramenta para viabilizar o incremento de produtividade e ganho de eficiência. Foi com esse objetivo que a empresa se associou ao Inovabra, hub de inovação do Bradesco onde temos uma participação ativa e um histórico de “cases” de sucesso.

  • De que forma a companhia vem implementando a IA em seus projetos de construção pesada?

A experiência se iniciou na área de Administração Contratual, visando a criar um processo automatizado para gerir e analisar contratos complexos, considerando a imposição de precedências, interrelações entre as cláusulas e compatibilização com anexos e documentação complementar. Tivemos uma experiência interessante com uma startup do Inovabra especializada na área (Blueshift), mas optamos por desenvolver uma solução internamente. Hoje, estamos testando uma plataforma de IA denominada “Smart OEC”, que tem se mostrado muito versátil. Mas também estão em curso diversos outros pilotos na área de Propostas, Engenharia, Jurídico e Administração Contratual.

  • Há espaço para outras aplicações dessa tecnologia?

Sim. Também há aplicações por assistentes virtuais (Chatbot O.L.I.V.I.A.) e plataformas de busca de informação no acervo técnico (Busca PD – Prêmio Destaque), além do uso corrente para avaliação, classificação e análise de documentos. Chegamos ainda a criar com IA uma sistemática para avaliar as competências BIM de integrantes previamente mapeados, estabelecendo um critério lógico e preciso para a classificação do conhecimento, identificando e separando o time técnico em iniciantes, intermediários e especialistas. Trata-se de uma informação estratégica, pois permitiu monitorar a disseminação do conhecimento e planejar melhor os treinamentos.


Segundo o gestor, a digitalização torna as obras
mais seguras e gera ganhos financeiros


  • Como a construtora está se preparando para adotar máquinas e equipamentos autônomos?

Em todas as obras, há sempre a intenção de otimizar as frentes de serviço, não apenas por questões de competitividade, mas também para minimizar as chances de ocorrência de acidentes. Se existem equipamentos disponíveis que podem executar um serviço a contento, e cujo emprego seja economicamente viável, essa alternativa certamente será avaliada.

  • Como a empresa lida com o desafio de capacitação da força de trabalho para operar novas tecnologias?

Treinamentos específicos são realizados nos ambientes das obras, mas há alguns programas que ocorrem na esfera corporativa. Como um dos pilares da cultura empresarial, contamos com uma série de programas de formação no escopo da área de RH para geração dos futuros líderes e, em última análise, continuidade do negócio. No contexto dos cursos de formação, alguns são de responsabilidade dos contratos, enquanto outros são organizados por áreas específicas (TI, Segurança do Trabalho, Equipamentos). No caso específico da área de inovação, organizamos e oferecemos um programa de capacitação em BIM, com apoio de consultores e empresas parceiras.

  • Quais são as principais barreiras para a adoção mais ampla de tecnologias como BIM, IoT e IA nos projetos?

Ainda há resistência à mudança (por inércia, conforto e postura do “sempre fiz assim”), além de dificuldades decorrentes da mudança de processo. Também pesa a necessidade de investimento e recursos (mais raros em épocas de crise, justamente quando a inovação é mais necessária), com certa intolerância ao erro, dificuldade de divulgar iniciativas em diferentes contratos e falta de metas específicas, que devem ser estabelecidas pela liderança.

  • Como a empresa está utilizando dados coletados nos projetos para melhorar o planejamento e a execução de obras?

A área de Inovação chegou a desenvolver algumas ferramentas para busca inteligente de informações no acervo e há ações em curso gerenciadas por outras áreas para a gestão de dados via IA. Cada vez mais, estamos empenhados em fortalecer a cultura de dados, mas temos um bom caminho a percorrer ainda.

  • Quais inovações tecnológicas a empresa pretende priorizar para capitalizar o crescimento esperado do mercado?

Vamos priorizar o aumento de maturidade e a disseminação do BIM nos canteiros, trazendo a digitalização da engenharia para o campo em larga escala e habilitando novas tecnologias da Indústria 4.0 nas obras de infraestrutura e construção pesada. Também iremos intensificar as nossas iniciativas e aplicações de IA para gerar valor na engenharia e, com esses recursos, facilitar a gestão de dados e o acesso à informação, em parceria com a TI corporativa, pavimentando o caminho para transformar a Odebrecht em uma empresa “data driven”.

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