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Obra do túnel Santos-Guarujá recebe duas propostas

Empresas espanhola Acciona e portuguesa Mota-Engil entregaram nesta segunda os envelopes contendo seus lances; vencerá quem der maior desconto na contrapartida pública que o poder público pagará durante a concessão

O Globo

01/09/2025 15h08


Duas empresas fizeram propostas para construir e gerir o túnel que vai ligar Santos a Guarujá, no litoral de São Paulo. O jornal O Globo apurou que os lances foram dados pela espanhola Acciona e pela portuguesa Mota-Engil.

O leilão está marcado para sexta-feira (5), quando serão conhecidas as propostas e o valor que elas apresentaram nesta segunda-feira (1), na entrega de envelopes de oficialização do interesse no projeto.

Projeto - Este será o primeiro túnel submerso da América Latina, e será feito com recursos do governo estadual e do federal. A empresa que vencer o certame será responsável pela constru

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Duas empresas fizeram propostas para construir e gerir o túnel que vai ligar Santos a Guarujá, no litoral de São Paulo. O jornal O Globo apurou que os lances foram dados pela espanhola Acciona e pela portuguesa Mota-Engil.

O leilão está marcado para sexta-feira (5), quando serão conhecidas as propostas e o valor que elas apresentaram nesta segunda-feira (1), na entrega de envelopes de oficialização do interesse no projeto.

Projeto - Este será o primeiro túnel submerso da América Latina, e será feito com recursos do governo estadual e do federal. A empresa que vencer o certame será responsável pela construção e pela administração do túnel, por 30 anos.

No leilão, ganhará a proposta que apresentar o maior desconto sobre a parcela que o poder público terá que pagar mensalmente durante a concessão.

Prometida há cem anos, esta é a maior obra do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), do governo federal, e exigiu meses de conversa entre representantes dos governos Lula (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), até que se decidiu que o edital e o projeto do túnel seriam feitos pelo governo paulista.

O trajeto total terá 1,5 quilômetros de extensão, saindo da região de Vicente de Carvalho, no Guarujá, até o bairro Macuco, em Santos, próximo ao porto. São 870 metros de túnel submerso, por onde vão trafegar carros, motos, caminhões, bicicletas (haverá ciclovia) e pedestres. Serão três faixas de rolamento por sentido, sendo uma adaptável para receber o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

A ideia é desafogar a Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055) e garantir uma maior capacidade de escoamento do Porto de Santos, que hoje enfrenta congestionamentos frequentes com o entra e sai de caminhões.

Quando a obra ficar pronta, a concessionária vai cobrar pedágio dos veículos, mas ciclistas e pedestres deverão ser isentos. A empresa também poderá fazer receitas acessórias, como exploração de publicidade, por exemplo.

A obra é orçada em R$ 6,8 bilhões. O valor de R$ 5,14 bilhões será dividido igualmente entre governo federal e estadual, e o restante será custeado pela iniciativa privada. Além do aporte inicial para a obra, o poder público vai pagar uma contraprestação para a empresa operadora assim que o túnel ficar pronto, de cerca de R$ 270 milhões por ano.

O desafio para construir o túnel submerso é grande: serão seis módulos pré-moldados com concreto armado, a uma profundidade mínima de 21 metros. Eles serão construídos em uma doca seca e transportados por flutuação até o local onde o leito do canal será preparado. Os módulos serão então imersos, encaixados e fixados para concluir a estrutura, sem interromper o tráfego de navios no canal.

Como o contrato só deve ser assinado no fim deste ano, a previsão é que as obras comecem a partir do ano que vem e durem cerca de três anos — portanto, a inauguração é prevista para 2029.

O valor da tarifa de pedágio previsto pelo governo em 2024 era de R$ 6,15 por travessia para os veículos mais simples, aumentando gradativamente de acordo com o tipo de veículo.

Entretanto, esse preço foi calculado no ano passado e como a obra só deve ficar pronta daqui a muitos anos, o valor deve aumentar considerando a inflação.

A concessionária poderá cobrar preços mais altos para veículos mais pesados, e o valor do pedágio poderá ser aumentado anualmente. O governo estima que a concessionária vai arrecadar R$ 3,16 bilhões com pedágio. Pedestres e ciclistas não pagarão.

Por conta da obra, será necessário desapropriar famílias nas duas cidades, mas a maioria é no lado do Guarujá. Ao todo, 776 famílias devem ser desapropriadas, além de 645 casas irregulares que ficam em Vicente de Carvalho (Guarujá). Neste caso, prefeitura e governo estadual devem fazer obras de reurbanização para realojar essas pessoas.

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