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O uso de dados no mercado de materiais de construção

É possível detectar o desenvolvimento de uma cultura de decisões guiadas por dados no setor, que tende a se espalhar por toda a cadeia

Assessoria de Imprensa

18/12/2024 09h07


Por Fernando Figueiredo*

A utilização de inteligência de dados pela indústria, agentes de distribuição e grande varejo já é uma realidade no mercado brasileiro de bens de consumo.

Embora um número expressivo de empresas nesse mercado ainda não acesse as ferramentas mais atualizadas de business intelligence – em especial as de pequeno e médio porte, seja por desconhecimento, questões técnicas ou custo – é possível detectar o desenvolvimento de uma cultura de decisões guiadas por dados, que tende a se espalhar por toda a cadeia produtiva.

Se por um lado esse

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Por Fernando Figueiredo*

A utilização de inteligência de dados pela indústria, agentes de distribuição e grande varejo já é uma realidade no mercado brasileiro de bens de consumo.

Embora um número expressivo de empresas nesse mercado ainda não acesse as ferramentas mais atualizadas de business intelligence – em especial as de pequeno e médio porte, seja por desconhecimento, questões técnicas ou custo – é possível detectar o desenvolvimento de uma cultura de decisões guiadas por dados, que tende a se espalhar por toda a cadeia produtiva.

Se por um lado esse cenário se desenha com clareza entre a cadeia produtiva de bens de consumo de alto giro, por outro é possível identificar mercados que poderiam beneficiar-se dessas tecnologias, mas que, inexplicavelmente, permanecem à margem desse movimento. E, com isso, perdem oportunidades e espaço no mercado.

O segmento de materiais de construção é um bom exemplo, pois conta com importantes e sólidas empresas fabricantes e distribuidoras, mas a automação e a utilização de dados costumam ser bastante restritas aos processos internos, sem grandes interações entre os elos da cadeia – o que se traduz em perdas de eficiência e rentabilidade.

Sabemos que a utilização das soluções de inteligência de dados, hoje compreendidas e bem-recebidas nos mercados de bens de alto consumo, é resultado de um processo de adaptação e até mesmo de uma gradual mudança de cultura.

Isso porque a coleta e utilização eficaz dos dados a serem transformados em insights úteis para os gestores depende, em grande parte, da confiança e de uma postura colaborativa entre os elos da cadeia de suprimentos.


Coleta e utilização dos dados depende, em grande parte, de confiança
e postura colaborativa entre os elos da cadeia de suprimentos

É possível que muitas empresas, que desconhecem os processos e protocolos de segurança envolvidos no compartilhamento de dados, tenham receios quanto ao acesso indevido de fornecedores, clientes e concorrentes a dados sensíveis do negócio.

São temores compreensíveis, mas infundados. O compartilhamento, realizado de forma segura e inteligente, é um poderoso fator de aproximação e fortalecimento da confiança entre os parceiros, ajudando a otimizar as operações comerciais, identificar rapidamente novas oportunidades e, assim, impulsionar novos e mais rentáveis negócios.

A postura colaborativa entre as empresas e a transparência oferecida pelas melhores plataformas permitem um alinhamento estratégico muito mais eficaz, além de melhorar a comunicação, a correta alocação de recursos e a satisfação entre fornecedor e cliente.

Dessa forma, as empresas que se utilizam da inteligência de dados tomam decisões melhores e mais ágeis, aumentam a eficiência e agregam valor à sua marca.

Apenas a título de exemplo, foi feito um estudo com aproximadamente 100 clientes da Mtrix tendo como foco a utilização das soluções voltadas a vendas, subsidiando campanhas de excelência ou planos de incentivo, com resultados expressivos.

Os números indicam que as empresas que utilizaram dados para orientar seus planos de excelência cresceram 60% a mais nas vendas em receita e 30% a mais nas vendas em volume do que as que não utilizaram esses recursos. Nesse grupo, a positivação também aumentou, em 45%.

As soluções baseadas em dados beneficiam também as áreas de trade marketing e marketing, dando importantes subsídios para a elaboração de Joint Business Plans (JBP), tanto na fase de planejamento quanto na de execução.

Nesta última, a possibilidade de atualização diária de dados confere uma inédita agilidade para identificar problemas e ineficiências, que podem ser prontamente corrigidas pelos gestores.

Do nosso ponto de vista, o mercado de materiais de construção tem enorme potencial para beneficiar-se da automação de um modo que vai além dos processos internos de produção e controle, abrangendo o planejamento estratégico e todas as etapas das suas relações comerciais.

Um impulso de inovação e eficiência capaz de levar a empresa a um novo e surpreendente patamar de competitividade.


*Fernando Figueiredo é sócio-diretor de Desenvolvimento de Negócios na Mtrix

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