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O horizonte da infraestrutura em 2023

As perspectivas para o ano são positivas, com base no volume de projetos planejados ou já em execução por todo o Brasil, com destaque para as obras no estado de SP

Revista M&T

19/01/2023 10h34 | Atualizada em 17/02/2023 14h26


Após as incertezas que marcaram o período mais crítico da pandemia e impactaram o desempenho de diversos setores, a melhora na emergência sanitária veio acompanhada de uma retomada nos investimentos. Dados que demonstram esse reaquecimento foram apresentados recentemente pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), em um balanço de entregas realizado na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo a pasta, somente no 1º semestre um montante de R$ 12,5 bilhões permitiu a conclusão de 43 obras no país (34 projetos rodoviários, seis aeroportuários, dois hidroviários e um ferroviário). Os números já superam os 37 empreendimentos finalizados em 2019.

Outro exemplo de que a confiança em relação à infraestrutura voltou a crescer s

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Após as incertezas que marcaram o período mais crítico da pandemia e impactaram o desempenho de diversos setores, a melhora na emergência sanitária veio acompanhada de uma retomada nos investimentos. Dados que demonstram esse reaquecimento foram apresentados recentemente pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), em um balanço de entregas realizado na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo a pasta, somente no 1º semestre um montante de R$ 12,5 bilhões permitiu a conclusão de 43 obras no país (34 projetos rodoviários, seis aeroportuários, dois hidroviários e um ferroviário). Os números já superam os 37 empreendimentos finalizados em 2019.

Outro exemplo de que a confiança em relação à infraestrutura voltou a crescer são os investimentos em grandes obras, como é o caso do Projeto Seridó.


Obras do Projeto Seridó receberão R$ 600 milhões para levar água a cerca de 300 mil pessoas no RN

Com a chancela do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), as obras receberão R$ 600 milhões para levar água a cerca de 300 mil pessoas em 22 municípios do Rio Grande do Norte. Sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), os trabalhos já começaram em Jucurutu, onde o assentamento dos tubos teve início.

No total, serão construídos seis sistemas adutores, divididos em dois eixos (Norte e Sul), cada um separado em cinco etapas, que ocorrerão em momentos distintos. Inicialmente, devem ser construídos os trechos 1, 2, 4 e 5 do eixo Norte. Essa etapa contempla 113 km de adutoras, uma estação de bombeamento, quatro estações elevatórias e uma estação de tratamento de água.

Essa fase, que beneficiará 165 mil pessoas em 10 cidades, movimentará R$ 294 milhões em investimentos. Posteriormente, a obra avançará para o estágio seguinte, em que outros 12 municípios receberão as melhorias no abastecimento de água.

SÃO PAULO

Se as expectativas são positivas no cenário nacional, a percepção é ainda melhor no estado de São Paulo. “Temos o maior investimento em infraestrutura do país, que soma mais de R$ 50 bilhões”, destaca o secretário de Logística e Transportes João Octaviano Machado Neto. “Os valores são superiores ao montante que o MInfra disponibilizou para o Brasil inteiro”, acentua.

O volume de obras foi alavancado pelo Programa Pró SP, que viabilizou cerca de 8 mil intervenções em todo o estado — desde a recuperação de estradas vicinais e rodovias até a construção de creches, escolas e hospitais de grande porte, além da ampliação do metrô na capital, que deve receber 35 novas estações e 40 km de trilhos nos próximos quatro anos.


Machado Neto: estado de SP conta com o maior investimento em infraestrutura do país

Na área rodoviária, os trabalhos acontecem em mais de 850 estradas vicinais (totalizando 7 mil km) e em quase 300 rodovias (mais de 4 mil km). De acordo com o secretário, são R$ 14 bilhões em investimentos em 1.102 obras. “O programa é acompanhado semanalmente pelo governo para garantir prazos, cronogramas e entregas”, afirma Machado Neto, destacando a importância das privatizações. “Nos últimos quatro anos, foram 1,8 mil km de concessões em lotes como o Eixo SP (antiga Piracicaba-Panorama) – que já tem um volume interessante de obras – e o Noroeste, na região de São José do Rio Preto, onde as intervenções começarão em breve”, completa.

Além disso, já existem projetos executivos para resolver alguns dos principais gargalos do estado. Com possibilidade de serem implementados nas próximas décadas, os planos preveem melhorias como a duplicação da Rio-Santos (trecho paulista), a construção do novo Macroanel de Ribeirão Preto e o prolongamento da Rodovia Castello Branco. Ainda no cenário rodoviário, o executivo estadual concluiu recentemente a duplicação da rodovia dos Tamoios (trecho de serra) e, agora, avança com os contornos nas cidades de Caraguatatuba e São Sebastião.

As obras, que beneficiarão o turismo no litoral norte, abrirão um novo acesso ao porto de São Sebastião, reduzindo custos logísticos. “Há ainda obras em execução na hidrovia Tietê, com o objetivo de recuperar, modernizar e ampliar a capacidade de fluxo de mercadorias”, lembra o servidor, mostrando-se otimista com a continuidade dos projetos.


Alavancado pelo Programa Pró SP, governo paulista vem realizando intervenções em diferentes áreas

“O novo governo estadual tem muita afinidade com o setor de infraestrutura e, por isso, acredito que vai encarar com bons olhos esse pacote de obras e tomar as decisões do que será prioridade”, analisa. “Deixaremos um legado para que a próxima gestão assuma um estado com grau de desenvolvimento em infraestrutura bastante amplo.”

Logo ao tomar posse, o governador eleito terá pela frente o leilão do Rodoanel Norte, previsto para janeiro. “O próximo governo continuará com os estudos técnicos sobre outros lotes de concessões”, comenta Machado Neto, ressaltando que São Paulo tem uma perspectiva similar à do Governo Federal no que tange à recuperação da malha ferroviária. Inclusive, já existe uma modelagem econômico-financeira para o lançamento do edital do Trem Intercidades.

No campo das concessões, entre 2019 e 2022 foram elaborados 15 projetos. Neste período, o estado também publicou 13 editais de concessões, dos quais nove tiveram leilões bem-sucedidos. Há ainda um leilão (PPP Rodoanel Norte) marcado para janeiro.

FRENTES

Parcela considerável das obras em andamento em São Paulo está concentrada na capital do estado. Dados da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) apontam 509 intervenções espalhadas pela metrópole. “Atuamos em diversas frentes para aprimorar a infraestrutura municipal, garantindo à população, em especial das regiões periféricas, segurança e qualidade de vida”, afirma Marcos Monteiro, responsável pela pasta e presidente da SPObras (empresa pública vinculada à secretaria).


Monteiro: atuação em diversas frentes para aprimorar a infraestrutura

Entre os projetos de destaque estão melhorias na drenagem urbana, como as obras nos córregos Ipiranga (novos reservatórios, canalização e ligação entre reservatórios) e Taboão (para auxiliar no combate às enchentes na área da bacia do Aricanduva). Recentemente, também foram finalizados os trabalhos de contenção das margens da lagoa do parque ecológico Chico Mendes, que sofriam forte processo erosivo, e a recomposição de galerias.

“Na relação de obras constam, ainda, a construção de novas galerias no córrego Dois Irmãos, a canalização dos córregos Aricanduva e Ponte Rasa e os projetos de macrodrenagem no ribeirão Perus, que recebeu quatro novos reservatórios e 1,1 km de canalização”, complementa Monteiro, mencionando outra iniciativa relevante em andamento com o prolongamento da avenida Carlos Caldeira Filho, que receberá melhorias para reduzir o risco de enchentes.

Em outra frente, a prefeitura também promoveu diferentes obras viárias. Na avenida Santo Amaro, por exemplo, o trabalho de requalificação visa torná-la mais acessível, moderna e segura. O projeto, que se concentra em um trecho de 2,5 km entre as avenidas Juscelino Kubistchek e Bandeirantes, prevê novo mobiliário urbano, enterramento das redes aéreas, alargamento de calçadas (que atendam às normas de acessibilidade), reforma de corredor de ônibus, novo sistema de iluminação pública e melhorias na sinalização.

Obras semelhantes já acontecem a partir de novembro, nos calçadões do Triângulo Histórico. A intervenção, que visa resgatar o potencial urbanístico, turístico e cultural da área central da capital, deve promover a reforma de 63 mil m2 de calçadões e abranger 23 ruas. “As novas calçadas serão mais resistentes, facilitando a rede de logística que trafega na região, além de contarem com uma nova infraestrutura subterrânea de drenagem e de galerias técnicas para o ordenamento das redes de telecomunicações”, antecipa o engenheiro.

No projeto, também são contempladas obras de sinalização turística, iluminação funcional e cênica de edifícios históricos e criação de áreas de convivência. O mesmo escopo de obras deve ser licitado em 2023 para os calçadões do Quadrilátero Histórico, na região da República.

RECUPERAÇÃO

Outro projeto que fortalece a infraestrutura paulistana é o Programa de Recuperação de Pontes e Viadutos. “Uma das prioridades do município é o desenvolvimento e a perpetuação de uma cultura de manutenção e avaliação permanente sob responsabilidade da prefeitura”, conta Monteiro.

Até o final de 2024, a iniciativa pretende realizar intervenções em 160 unidades estruturais. A SPObras atua em duas frentes: vistorias e obras de recuperação estrutural, reforço e manutenção. “Na frente de obras, concluímos as intervenções em 41 unidades estruturais e, este ano, demos início aos trabalhos em outras 31 unidades”, complementa. “Além disso, temos mais 90 unidades estruturais na fase de licitação.”

Ainda para 2023, a administração municipal planeja a execução de obras nos novos reservatórios dos córregos Antonico, Riacho dos Machados, Paraguai-Éguas e Freitas. O próximo ano também deve marcar o início da pavimentação e das melhorias na drenagem na avenida Presidente Wilson, assim como a 2ª fase das intervenções no córrego Ipiranga.

No escopo da SIURB constam, ainda, as obras de microdrenagem e pavimentação do Jardim Pantanal, além da drenagem do córrego Minerva. “Também esperamos retomar os trabalhos no complexo viário Pirituba-Lapa, que interligará os dois lados da avenida Raimundo Pereira de Magalhães através de uma ponte sobre o rio Tietê”, comenta Monteiro. “Essa é uma demanda antiga dos moradores, que foi interrompida por decisão judicial em 2020.”

No setor viário, a prefeitura pretende realizar importantes licitações em 2023, com destaque para o prolongamento de 8 km na marginal Pinheiros (no trecho que se estende entre a avenida Guido Caloi e a ponte Vitorino Goulart) e as duplicações da ponte Jurubatuba e da avenida Teotônio Vilela.

Outro projeto que deve ser iniciado no próximo ano é a ligação viária Graúna-Gaivotas, que prevê uma travessia sobre a represa Billings. No radar da secretaria também estão licitações de obras de mobilidade urbana de grande magnitude, como a implantação do BRT Aricanduva e do BRT Radial Leste, assim como a requalificação de quatro corredores (Interlagos, Itapecerica, Imirim e Amador Bueno da Veiga).


Na capital, iniciativas projetam obras importantes como a implantação do BRT Aricanduva

Ainda no âmbito da mobilidade, a SPObras licitará até o fim deste ano as obras de construção do túnel da avenida Chuci Zaidan, sob a rua José Guerra, a recuperação estrutural do viaduto João Beiçola, que prevê a requalificação do entorno e a construção de uma nova unidade estrutural do viaduto, a implantação do complexo viário Santos Dumond, contemplando a construção de um novo viaduto e a eliminação do cruzamento com a avenida do Estado, e a construção da ciclopassarela jornalista Érica Sallum, que fará a transposição do rio Pinheiros.

Outro empreendimento que passará por obras é o autódromo de Interlagos, que receberá melhorias para transformar-se em uma arena com infraestrutura para grandes eventos. “Essas iniciativas representam um salto qualitativo no desenvolvimento socioeconômico da cidade, contribuindo para a redução das desigualdades, valorização urbanística e desenvolvimento dos serviços”, conclui Monteiro.

Saiba mais:
Secretaria de Logística e Transportes/SP:
www.transportes.sp.gov.br
SPObras: www.spobras.sp.gov.br

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