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Nova alta da Selic impacta mercado imobiliário

Além disso, a alta dos juros encarece o crédito, desestimula o consumo e reduz a competitividade do setor produtivo, contribuindo para o fechamento de empresas e postos de trabalho

CRECI-PB

09/05/2025 01h01 | Atualizada em 09/05/2025 01h02


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, em 7 de maio de 2025, um novo aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 14,75% ao ano - o maior patamar desde 2006. A medida visa conter a inflação persistente, mas já provoca efeitos significativos na economia e, especialmente, no mercado imobiliário brasileiro.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou preocupação com os impactos da política monetária contracionista. A entidade projeta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 2,3% em 2025, abaixo dos 3,4% registrados em 2024, e estima que a indústria crescer&aacu

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, em 7 de maio de 2025, um novo aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 14,75% ao ano - o maior patamar desde 2006. A medida visa conter a inflação persistente, mas já provoca efeitos significativos na economia e, especialmente, no mercado imobiliário brasileiro.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou preocupação com os impactos da política monetária contracionista. A entidade projeta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 2,3% em 2025, abaixo dos 3,4% registrados em 2024, e estima que a indústria crescerá somente 2% ante os 3,3% do ano anterior.

Segundo a CNI, “a elevação da Selic traz riscos significativos à economia, que está em processo de desaceleração mais acentuado do que esperávamos no final de 2024”.

Além disso, a alta dos juros encarece o crédito, desestimula o consumo e reduz a competitividade do setor produtivo, contribuindo para o fechamento de empresas e postos de trabalho.

Financiamento imobiliário mais caro - O aumento da Selic impacta diretamente o custo dos financiamentos imobiliários. Como os bancos ajustam suas taxas com base na Selic, os compradores passam a pagar parcelas mais altas ao financiar um imóvel. Segundo especialistas, uma elevação de 1 ponto percentual na Selic resulta, em média, em um aumento de 0,43 ponto percentual nas taxas de financiamento imobiliário.

Para os consumidores, isso significa a necessidade de reavaliar orçamentos ou até mesmo adiar planos de aquisição. A classe média, que depende fortemente de financiamentos para aquisição da casa própria, é particularmente afetada.

Pressão no mercado de aluguéis - Com o encarecimento dos financiamentos, muitas famílias optam por alugar imóveis, aumentando a demanda por locação.

Esse movimento pressiona os preços dos aluguéis, tornando o aluguel a única alternativa viável para muitas famílias. Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas que incentivem a construção de moradias destinadas à locação.

Perspectivas para o setor imobiliário - Apesar dos desafios, o mercado imobiliário brasileiro tem mostrado resiliência. Em 2024, o setor registrou um crescimento superior a 20%, consolidando-se como um dos principais investimentos de longo prazo no país .

No entanto, a expectativa para 2025 é de um ambiente mais restritivo, devido à elevação dos juros, à redução dos recursos da poupança disponíveis para crédito e ao cenário de instabilidade fiscal e política no país.

Em resposta, incorporadoras e construtoras têm adotado estratégias como promoções e incentivos para contornar a baixa demanda. Além disso, alternativas de financiamento, como o crowdfunding imobiliário e parcerias privadas, emergem como opções para viabilizar projetos .

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